Segundo álbum da cantora inglesa transita na vibe oitentista e retrô-futurista em trabalho dançante e divertido na medida certa.
Dua Lipa tem só 24 anos mas já é uma popstar global. Logo após decidir em ser cantora lançou em 2017 seu primeiro álbum repleto de hits como "Be The One", "Blow Your Mind" e "New Rules". Seu diferencial das outras milhares de cantoras pop é certamente sua energia contagiante . Nesse novo trabalho ela não perde o foco e ainda incrementa estilos para mostrar que comanda atualmente o mainstream do pop com propriedade. Como uma ação emergencial para lançamento desse álbum, ela adiantou em uma semana sua disponibilização, citando apenas um motivo: queria dar um pouco de alegria para os fãs de sons dançantes em tempos de isolamento social. Deu muito certo, o sucesso em todas plataformas musicais é o reflexo de sua energia vibrante, principalmente em um momento tão delicado e sensível. A produção das músicas estão impecáveis e deliciosas de ouvir, ainda mais quando ela evoca uma espécie de música disco moderna simpáticamente batizada de dance crying ou quando se inspira em Lady Gaga em um dark pop apetitoso. No geral, um trabalho que já nasceu bem-sucedido desde os primeiros singles divulgados. Atual e emotiva, com uma energia gostosa dos anos 80. Um álbum a ser batido esse ano no meio pop. E olha que o ano tá só começando. Nossas impressões Faixa a Faixa. "Future Nostalgia" abre o álbum com aura misteriosa mas dançante e com pegada esperta aos anos 80 que transita por todo álbum. É um bom tira gosto para começar. "Don"t Start Now" é um hit contagiante e dançando que mistura batidas e tem melodia viciante. Em tempos de isolamento social a letra ainda tem a sacada: "Não apareça aqui / Não saia". "Cool" mostra que Dua Lipa consegue realmente ser legal, rótulo quem nem sempre cabe a quem quer, com uma melodia leve e batidas suaves que explode modernidade. "Physical" foi o segundo single lançado do trabalho, tem uma pegada retrô empolgante e mesmo segurando no refrão consegue ser dançante e original mesmo carregada de referências musicais new wave. Cresce a cada audição. "Levitating" é uma canção simplista que serve como uma balada involuntária por segurar o ritmo e deixar tudo em um movimento controlável. Tudo funciona perfeitamente nessa música, inclusive quando muda sua direção vocal, mais um potencial hit desse álbum. "Pretty Please" mesmo com uma pegada inocente e levemente movimentada, não chega a empolgar sendo uma possível trilha sonora de loja de departamento, justamente por não ser agitada e manter o ambiente agradável. No máximo uma leve dancinha, não cresce. "Hallucinate" tem todos os clichês da música pop moderna, difícil até saber quem começou essa onda. Uma canção bastante zona de conforto, pronta pra gostar de graça. "Love Again" é o respiro, com 30 segundos de intro, a batida começa e volta a contagiar. O álbum não para até mesmo quando ela quer espressar sentimentos, uma canção irresistível tanto para os apaixonados quanto a quem está com o coração partido. "Break my Heart" tem toda pegada de discoteca com sampler de "Need you Tonight", do INXS, mas parece muito com Queen. Não tem uma explosão mas cumpre bem seu papel de homenagear os anos 80 sem fazer nada de novo. É suficiente para essa geração saber o que está perdendo ao não conhecer os anos 80. "Good in Bed" é divertida e bobinha. Agrada quem não quer sair do senso comum sem fugir da melodia cliclete e cheia de maneirismos. Anuncia o fim de festa tranquilamente. "Boys Will Be Boys" é a derradeira do álbum e a única música que não se encaixa no trabalho sendo também a mais lenta com toques melancólicos dignos de um fim de festa. Funciona por ser um encerramento dramático mas destoa do álbum completamente."Future Nostalgia" é o título perfeito para o trabalho de Dua Lipa. São onze músicas que se comunicam com o pop dos anos 70 e 80 sem se esquecer do que acontece no cenário pop agora. IMPERDÍVEL.
O Álbum possui 11 músicas nas principais plataformas de streaming pela Warner Music.
Hype: ÓTIMO - Nota: 8,5
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