quarta-feira, 30 de setembro de 2020
FIRST COW (2020) - "Kelly Reichardt
terça-feira, 29 de setembro de 2020
ESCOLHIDA (2020) - "Antebellum" de "Gerard Bush" & "Christopher Renz"
"Um filme que deveria ser um entretenimento provocativo e inteligente se perde em uma condução pífia e cansativa"
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
POSSESSOR (2020) - "Brandon Cronenberg"
Na trama, Andrea Risenborough é Tasya Vos, ela trabalha em uma empresa secreta que criou uma tecnologia de implante cerebral. Por meio desse controle, os alvos escolhidos são assassinados. As consequências desse trabalho causam drásticas mudanças na personalidade de Tasya, logo percebidas por sua chefe Girder (Jennifer Jason Leigh). Mesmo estando mentalmente afetada, Tasya aceita uma nova missão que pode por em risco sua própria vida, ao tentar invadir o corpo de Collin Tate (Christopher Abbott), ela trava com ele uma batalha grotesca e alucinante pelo controle e para definir o que separa a indentidade dos personagens. O filme se inspira naquelas clássicas histórias de gênero Cyberpunk movida para um mundo semi-futurista mas também próximo da atualidade.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Hype TBT - A GAROTA DA FÁBRICA DE CAIXAS DE FÓSFOROS (1990) - "The Match Factory Girl" de "Aki Kaurismack"
O mundo de Iris, com sua família, seus colegas de trabalho ou com um grupo de estranhos em um bar, é um lugar frio, solitário e alienado. O diretor joga isso como uma provocação a essa vida urbana muitas vezes sem qualquer sentido ou propósito, a sensação é como se todos tivessem mais ou menos esgotados e a maioria das conversas são apenas um meio de reforçar as limitações sociais observadas principalmente por meio de um código rígido e implacável de silêncio inquestionável, mas que provoca angústia. São diversos os caminhos de reflexão nessa parábola da vida de Iris e do que pode acontecer quando alguém acorda de uma inércia produzida por uma sociedade cheia de manipulações vazias e cínicas sobre a felicidade. O reflexo brutal de nossa sociedade é apresentado em um filme amargo, frígido e irônico que precisa ser descoberto. OLHAR PRECIOSO.
O filme foi lançado no Brasil pela Lume Filmes.
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
O DIABO DE CADA DIA (2020) - "The Devil All The Time" de "Antônio Campos"
O filme tem trama violenta e intensa adaptada de um livro com bastante nuances e moderamente difícil de compensar em pouco mais de 2 horas, esse tempo é mal utilizado abandonando detalhes importantes dos personagens. Abordar as consequências do exagero da fé em um período antigo se mostra um tema complexo em exaltar a urgência em repensar valores desgastados e o atraso causado pela loucura "cristã" que afeta as pessoas. O público padrão que consume Netflix tem a oportunidade de se aproximar de uma obra que mesmo com os diálogos massivos e didáticos, tem um propósito bem definido beirando o sombrio e pouco confortável. A narração da história é um detalhe negativo e pouco marcante, só ajuda ao filme a se conectar com o senso comum que precisa de um direcionamento e requer um certo esforço para o real impacto de um drama carregado de acidez. Embora sua estrutura nem sempre funcione em seu máximo, o cenário obscuro fica envolvente à medida que se desenvolve, muito também pelo seu bom elenco. O tema "crença religiosa" se torna uma meditação bastante violenta, angustiante e com uma concepção aterrorizante sobre o fanatismo que isso envolve. A principal reflexão que surge é a necessidade da evolução intelectual, que se faz necessária no implacável mundo de uma fé mal utilizada e datada, porém ainda muito presente na sociedade de hoje disfarçado de hipocrisia.
A história acompanha a vida de um grupo de pessoas em duas pequenas comunidades nos estados de Ohio e Virginia, leste dos Estados Unidos no final dos anos 50. Ambas comunidades muito religiosas, com famílias que definem e norteiam sua vida e seus fatos pela “vontade de Deus”. Temos a apresentação de Willard Russell (Bill Skarsgård), um veterano da segunda guerra, que devido as atrocidades vistas e cometidas, não se considera mais um homem de fé. Essa situação muda após sua esposa Charlotte (Haley Bennett) contrair câncer. Para Willard, a única forma de salvá-la é pedindo ao criador para fazê-lo. O que o faz obrigar também seu filho Arvin Russell (Tom Holland) para que reze – mesmo sem vontade – pela vida de sua mãe, além de realizar outros sacrifícios. O filme nos mostra que – geralmente, a não ser que você seja ateu – as pessoas tendem a buscar refúgio ou a fazer pedidos a algo superior sempre que os recursos do mundo não lhes favoreçam. A época abrange o pós-guerra ao conflito no Vietnã, refletindo um momento de desesperança e angústia na vida das pessoas. A história segue outros personagens em uma jornada de impulsos hostis em relação ao mundo ao mesmo tempo que certas escolhas sejam baseadas em culpa e desesperança.