domingo, 31 de março de 2019

O TRADUTOR (2018) "Un Traductor" de "Rodrigo Barriuso" e "Sebastian Barriuso"



Novo filme de Rodrigo Santoro é um drama interessante, envolvente e emocionante sobre as lições importantes que temos diante aos tempos difíceis e ressalta que podemos contribuir com afeto e humanidade. 

A co-produção cubana e canadense foi bastante elogiada no Festival de Sundance de 2018 ressaltando a atuação do ator brasileiro que tem o papel-título da produção e precisou interpretar em espanhol e russo. O longa é inspirado na história real do pai dos diretores Rodrigo Barriuso e Sebastián Barriuso, que viveu a experiência de ser convocado para atuar como tradutor em um hospital mesmo tendo repulsa àquele ambiente. A trajetória do personagem que se vê numa situação maior que si mesmo fornece conflitos bem explorados pelo filme. Mesmo evitando o sentimentalismo fácil, o fato da história entrar em paralelo com acontecimentos reais importantes da época só comprovam a força do filme. A história se passa no final dos anos 80, um pouco antes da queda do Muro de Berlim quando o intercâmbio entre Cuba e União Soviética aconteciam em diversos setores econômicos e sociais. Com o alto padrão de qualidade da medicina cubana, o país foi escolhido para abrigar os pacientes da tragédia, em muitos casos ainda crianças, em grande maioria para receber tratamento de câncer devido a radiação do lugar acidentado. A história acompanha "Malin", um professor cubano, universitário de literatura russa, que possui uma vida pacata ao lado da esposa e filho e vê sua vida mudar ao ser convocado a trabalhar na ala infantil de um hospital em Havana que recebeu algumas vítimas do acidente nuclear de Chernobyl. Ele auxilia a comunicação entre os médicos e os pacientes. O fato de serem crianças deixa o professor abalado e relutante a princípio, porém Malin passará por uma profunda mudança durante esse processo e o difícil trabalho de acolher crianças em quase um leito de morte. No tempo livre ele realiza leitura para aliviar a tristeza das mesmas porém dentro de casa ele irá enfrentar as consequências do seu descuido com o filho e  a esposa. A dura realidade das crianças russas irá abalar gravemente seu bem estar. O filme não joga fácil toda problemática e possui uma certa frieza a contar também pelo personagem pouco carismático, racional e fechado, com o passar da história ele vai ganhando o expectador ressaltando todo talento de Santoro em levar adiante os desafios na construção desse personagem. O ator revelou em entrevistas que foram quatro semanas intensas de aulas até poder pronunciar suas falas em espanhol e russo, mantendo a pronúncia e sotaque típicos de Cuba. Além disso ele precisou trabalhar as expressões e trejeitos físicos. Todo esforço valeu a pena, o ator está muito bem no papel com maturidade de quem já conquistou o mundo com seu talento. O filme dos Barriuso é um drama interessante sobre Cuba do final dos anos 80 e da jornada do professor Malin, uma lição de que sempre podemos fazer um pouco mais que nossas obrigações para ajudar ao próximo, com afeto e humanidade. TRISTE JORNADA.


O filme é distribuído pela Galeria Distribuidora.

Hype: BOM - Nota: 7,5

Filme visto na Pré-Estréia oficial do Filme em Brasília




sábado, 30 de março de 2019

SANTA CLARITA DIET - Terceira Temporada (2019)



Hype: BOM

"Sitcom em sua nova temporada se sustenta e evolui na mesma piada, a história cômica que beira o absurdo é uma "farofa" Trash que diverte com elementos bizarros e com um texto nem tão apurado mas esperto e com um "feeling" impressionante para prender a atenção. Com episódios em estilo sitcom, de 30 minutos, é difícil parar de ver e rapidamente se "devora" os episódios dessa divertida e bizarra comédia. Obviamente, se você entrar na brincadeira é uma ótima opção. Em resumo, na Primeira Temporada conhecemos o casal de corretores que são surpreendidos com as atitudes estranhas de Sheila e em seguida, são surpreendidos com sua transformação em uma zumbi. A Segunda Temporada, na mesma linha do bom começo, amplia o universo com as explicações necessárias para o entendimento do que ocorre na vida dos personagens. Nesta Terceira Temporada a série continua ganhando novas situações de perigo para seus personagens, logo no início temos a entrada dos sérvios misteriosos, quase o ponto central da temporada. O universo da série também continua a ser cada vez mais expandido, estabelecendo uma mitologia mas sempre resgatando o ar cotidiano de seus personagens. Algo incrível está acontecendo porém suas rotinas, medos e angústias são mantidas. Entre as principais problemáticas está na obsessão de Anne por Sheila (encarando-a como uma “enviada de Deus”), as repercussões do ato “terrorista” de Abby e Eric com a chegada do FBI, e uma nova aparição de Gary (Nathan Fillion). A série mantém seu desenvolvimento a conta gotas (apenas um mês se passou desde o começo da trama), isso não chega a atrapalhar, joga a favor do potencial do futuro da série e deixa toda dinâmica fluida. A abordagem pastelão é a carta na manga da série além do bom elenco com os esforçados Joel (Timothy Olyphant) e Sheila (Drew Barrymore) sua filha, Abby (Liv Hewson) e seu melhor amigo Eric (Skyler Gisondo) todos envolvidos no grande problema de Sheila e sua jornada como "morta-viva". Fica cada vez mais difícil esconder seu "segredo" e a busca por tentar viver uma vida comum são os bons momentos. Os fãs de “zumbis” que se aventuraram na produção ganham cada vez mais bons momentos como a ordem de cavaleiros/caçadores de zumbis em meio ao ambiente urbano na América, temos também a misteriosa criatura que surge durante a transformação dos mortos-vivos além de momentos onde a ação cômica se mistura ao gore e mantém o espectador integrado a realidade zumbi. É uma série que evolui a cada temporada, diferente do tradicional e em especial pela sua coragem em ser aquela opção escatologicamente divertida. Indicada para quem ri de si mesmo e quem quer fugir da realidade. RISADAS BIZARRAS



10 Episódios disponíveis na NETFLIX

#TV #Series #HypeNetflix #HypeBom👌 #HypeSérie 📺 #SantaClaritaDiet

sexta-feira, 29 de março de 2019

DUMBO (2019) de "Tim Burton"


Hype: ÓTIMO


"Filme inspirado do clássico desenho Disney de 1941 é uma obra que tem elementos do original com uma nova essência ao abordar questões que não devem ser deixadas de lado, perde-se um pouco na magia e no encantamento da obra original e ganha em empoderamento e na defesa dos animais pela sua libertação da prisão causada pelo ser humano. A história de Dumbo sempre foi triste, de um elefante diferente dos outros em virtude de suas grandes orelhas e ridicularizado pelos outros animais e pelos humanos também. É uma história forte sobre "Bullying" que no desenho é fantasiada com animais falantes, música e a magia do circo. O incrível longa animado clássico possui uma atmosfera difícil de transportar para um "live action". Foram realizadas mudanças e elas são consideráveis. No desenho o foco é bem claro nos animais, na submissão e no rigoroso trabalho no circo com o simpático ratinho falante que ajuda Dumbo no processo de desenvolvimento e aceitação do mesmo. No filme acompanhamos a jornada do elefante por meio de uma família que vivem uma restruturação em suas vidas e dentro de um circo com bastante foco nesses personagens e suas questões a serem resolvidas. Dumbo é a oportunidade de exergar um futuro e sonhar com uma superação dos momentos difíceis. O diretor Tim Burton conseguiu um equilíbrio no seu estilo gótico e na escolha do tom do filme, que vai a encontro de uma tensa sensação de incômodo ao abordar os animais e seu sofrimento em prol do espetáculo. O visual é espetacular assim como tudo que rodeia a história, talvez o principal defeito do diretor, que possui uma assinatura definida em suas obras, é no exagero nas excentricidades com a história e se esquecendo do seu personagem, tudo parece muito forçado, não é espontâneo e atrapalha talvez a assimilação das mensagens que acabam sendo didáticas. Nada que atrapalhe gravemente a experiência, o tom sombrio do diretor combinou com a temática e é justamente nos elementos que fogem da história original que o filme se destaca. A trama do filme conta a história de Holt (Colin Farrell) um ex-astro de circo que tem sua vida totalmente alterada quando volta da guerra para encontrar sua família, tudo está diferente e o dono do circo Max Médici (Danny DeVito) o coloca para cuidar de um elefante recém-nascido cujas orelhas gigantes chamam a atenção. Quando os filhos de Host descobrem que o elefante consegue voar ele vira alvo de curiosos e também dos interesseiros, Vandevere (Michael Keaton) e sua companheira Collete (Eva Green) que querem transformar Dumbo em uma estrela e gerar bastante dinheiro com o exótico elefante. O filme é a releitura do quarto longa metragem animado da Disney baseado no livro de "Helen Aberson" e do ilustrador "Harold Pearl" contando a história da vida de um elefante antropomórfico que é ridicularizado por suas grandes orelhas e depois descobre que pode voar. O desenho de 1941 tinha uma doçura e inocência necessária para a época do lançamento, em tempos de guerras e mudanças tecnológicas com um discurso extremamente focado na ridicularização de Dumbo ( que seria o diferente) de uma forma bela e acessível. Tim Burton reinventa a mensagem da história a sua maneira com mais acertos do que erros e cheio de mensagens esperança. Outro destaque é a linda canção "Baby Mine" interpretada pela banda Arcade Fire. Não há como desprezar uma história que nos lembra que o fato de ser diferente não indica que você precisa buscar a aceitação dos outros e sim ressaltar que o diferente pode se tornar especial e Dumbo se torna uma forma de mostrar isso ao mundo atual. LÚDICO E BONITO."



O filme está em cartaz nos Cinemas pela Disney


 #HypeÓTIMO👌 #EmCartaz #MeuHype #Cinema2019

quinta-feira, 28 de março de 2019

GLORIA BELL (2018) de "Sebastian Lelio"


 Hype: ÓTIMO


"Julianne Moore é o foco central de remake fiel e vibrante do premiado filme chileno de 2013 realizado pelo mesmo diretor Sebastian Lelio. A história repete o original, quase quadro a quadro mas com uma construção que enaltece a obra adaptada e com bons elementos que tiram todo questionamento de ameaça ao impacto do longa original. Os americanos já possuem essa tradição de refilmar filmes estrangeiros que obteram êxito mais raramente convidando o mesmo diretor para tal função. Isso fez uma grande diferença nas escolhas e no tom do longa. O maior atrativo é Moore que transforma “Gloria Bell” em uma nova experiência sem desmerecer o trabalho da atriz chilena "Paulina Garcia" e sua aclamada atuação no original, "Glória", onde interpretou uma divorciada de 58 anos que, em sua maioria, aproveita a vida, combinando passeios noturnos com um trabalho estável e um momento familiar aconchegante, até que um romance equivocado perturba esse equilíbrio. Mais uma vez, a história é contada com Gloria ritmando em uma pista de dança e aproveitando da melhor forma possível sua maturidade em um ritmo confortável como mulher independente. A história exalta momentos da vida de Gloria, desde seus cuidados pessoais á relações interpessoais que formam seu cotidiano, seu equilíbrio e também sua rotina. São camadas de personalidade e momentos que fazem de "Glória Bell" uma história positivista. Um dos maiores destaques nessa versão é uma playlist atualizada com clássicos da música disco e pop que estabelecem uma identidade própria na trama. O elenco coadjuvante traz a filha hippie de Glória (Caren Pistorius), seu filho (Michael Cera), que recentemente se tornou pai e Arnold (John Turturro, substituindo o original Sergio Hernandez), um sedutor divorciado que ela conhece em um bar e se envolve. Essa relação emocional desequilibra sua zona de conforto. Como no original a maior parte do seu apelo gira em torno de um punhado de sequências absorventes e contemplativas dando corpo as vivências da personagem. Lelio e sua diretora de fotografia Natasha Braier ("O Demônio de Neon") fazem um trabalho visualmente atrativo, com tom em Neon e maravilhas visuais quase como uma fantasia dos tempos atuais. O filme é uma jornada envolvente que conta com um desempenho emocional efetivo e gratificante. IMPERDÍVEL! 




O filme entra em cartaz nos Cinemas hoje (28/03) pela Sony Pictures


Filme visto na Cabine de Imprensa oficial do filme em Brasília! 

#HypeÓTIMO👌 #EmCartaz #MeuHype #Cinema2019

THE DIRT - CONFISSÕES DO MÖTLEY CRÜE (2019) de Jeff Tremaine


Hype: REGULAR


"Biografia da Netflix tenta montar a história da banda Mötley Crüe em filme que usa praticamente a mesma logística de qualquer filme que tenta vender uma banda a qualquer público, isso talvez seja o pior que se pode fazer a um artista de atitude como uma banda conhecida pelas insanidades. O filme não consegue ser efetivo e vira uma novela que busca romantizar toda rebeldia do rock sem qualquer essência, propósito ou mesmo homenagear o artista que é o foco do longa. O pseudo documentário parece usar o Mötley Crüe apenas para contar uma fraca história de trajetória de uma banda sem nenhum cuidado em ser antes de tudo, um filme fiel para os fãs. Um defeito grave é ditar regra do que é bom ou ruim estabelecendo limites do que pode ou não ser facilmente assimilado ou aceito pelo público. A verdade é que a Cultura Pop atual tenta resgatar atos musicais do século 20 para compor material para essa geração "gourmet" de artistas sem nenhum "defeito" porém se perde em uma representação equivocada, clichê e meio cafona de uma banda excêntrica de drogados e viciados em sexo. Um exemplo foi justamente o que fizeram com o Queen e o Freddie Mercury em Bohemian Raphasody, que ainda conseguiu extrair algum material interessante, esse filme da Netflix é tao preguiçoso que talvez nem o fã mais alucinado vai se contentar. The Dirt narra a ascensão, queda e ressurreição da banda formado pelos rapazes inconsequentes Nikki Sixx (Douglas Booth), Vince Neil (Daniel Webber), Mick Mars (Iwan Rheon) e Tommy Lee (Machine Gun Kelly), eles narram com seus pontos de vista os acontecimentos de suas vidas. O filme poderia ser sobre qualquer outra banda abusando de todo comportamento rebelde. A década de 1980: A pior década da história humana ” como é dito no começo do filme biográfico, tenta parecer que os anos 80 é uma festa com uma atitude "demoníaca" que permite que a história resuma as partes difíceis em uma abordagem genérica que transforma em pesadelo os excessos dos integrantes. O elenco é carismático e tem alguns momentos que se destacam, logo no começo em coloca o expectador no meio de uma orgia visceral, há também uma interessante "tour" em um dia na pele de Tommy Lee ou mesmo acompanhando Ozzy Osbourne (Tony Cavalero) cheirando formigas e lambendo sua própria urina em um hotel. A única graça do filme é essa energia anárquica que o diretor Jeff Tremaine transforma depois em idiotices sem dar o foco em criar substância a essas atitudes e se perdendo completamente na segunda metade do longa. A reflexão de um tempo diferente é um retrato que poderia gerar uma boa discussão sobre a misoginia, drogas ou mesmo do sexo inconsequente. A história é adaptada de “The Dirt: Confessions of Most Notorious Rock Band” de Neil Strauss - que foi co-autoria de toda a banda - e tudo termina com as famosas desculpas para justificar excessos, o momento "rehab" e a turnê de despedida. Um filme de Rock que termina caricato para uma banda pesada em todos aspectos. O ROCK RESPIRA COM AJUDA DE APARELHOS SE DEPENDER DA NETFLIX!"




 A produção está disponível na Netflix

#HypeREGULAR👌 #MeuHype #Biografia

terça-feira, 26 de março de 2019

COISA MAIS LINDA (2019) - Temporada 1


Hype: BOM 

"Nova série original da Netflix produzida no Brasil é cheia de boas intenções investindo em uma trama deliciosa de empoderamento feminino e música. A história situada em um Brasil ensolarado e contagiado pela Bossa Nova da década de 50 é uma série de mulheres com romance e drama na medida certa para ser um passatempo agradável. Uma pena essa primeira temporada não investir pesado no impacto cultural de sua história, algo que transforma a trama em algo bem próximo de "Marvelous Mrs Maisel" da concorrente Amazon ou mesmo da hispânica "As Tefonistas" da própria Netflix, nada que prejudica a experiência porém se o streaming investir no potencial e originalidade da história pode facilmente virar um Hit! Embrulhado na beleza hedonista do Brasil no final dos anos 50 a trama consegue envolver o expectador mesmo que toda trama produzida no Brasil sofra de amarras culturais que aos poucos são despreendidas. Existe uma certa universalização de história que é importante para quebrar a barreira regionalista de produtos brasileiros, a própria Rede Globo, referência em produção de conteúdo nacional tem se destacado nesse quesito com produções que inclusive concorrem a prêmios importantes como o Emmy e são elogiadas no mercado internacional pela sagacidade e ousadia. A HBO também faz um bom trabalho e a Netflix aos poucos vai ganhando terreno conseguindo entrar no mercado nacional de forma consistente com produções que mesmo sem terem forte apelo popular prezam por incorporar de alguma forma a brasilidade, mostrando isso de forma mais universal, o exemplo claro é a boa produção de "3%" que conseguiu ir muito bem no mercado internacional e possuir uma "alma brasileira". "Coisa mais Linda" possui melodrama, romance, pitadas de humor e música, equilibrando perfeitamente seus elementos para manter o expectador assistindo até o final da curta temporada. A história começa com a esperançosa e leal dona de casa Maria Luiza (Maria Casadevall) chegando ao Rio de Janeiro para encontrar o marido. Infelizmente tudo dá errado para ela, ozinha e frustrada ela encontra uma esperança através da música que emana de todas as facetas da cidade. O que se segue é uma história que vê Maria se levantar contra seu pai e decidir ir sozinha, com a ajuda de alguns conhecidos a seguir seu sonho e abrir um clube de música. Surge Adélia (Pathy Dejesus), que trabalha no prédio de seu marido; Lígia (Fernanda Vasconcellos), uma antiga amiga que abriu mão do sonho de cantar para casar; e Thereza (Mel Lisboa), cunhada de Lígia que morou em Paris e é o exemplo de uma mulher à frente de seu tempo. É claro que é mais fácil falar do que fazer e o que se segue em toda a amplitude da série é uma combinação de dificuldades de fazer tudo acontecer. Essa captura do estilo da época é crível e esteticamente bonita, com cores saturadas, belas paisagens e uma sensação solar e tropical com a cara do Brasil. As personagens ganham histórias que se utiliza de temas sobre o poder feminino e o poder da música nisso tudo. Sao 7 episódios em torno de 45 minutos aonde a trama tem bom ritmo e pode ganhar continuidade e encontrar o tom perfeito para cair no gosto popular e ainda ressaltar a Bossa Nova a uma nova geração. Vale a pena conferir mesmo terminando como uma série para estrangeiro ver e todo o esforço resulta meio frio ao público brasileiro precisando ser revisto para sua continuidade. BOÊMIA DE BOUTIQUE




 07 Episódios! Disponível na NETFLIX!

#MostBeautifulThing #Prodigo #MeuHype #TV #Series #HypeNetflix #Season1 #Drama #Musical 

segunda-feira, 25 de março de 2019

LINIKER E OS CARAMELOWS - "Goela Abaixo" (2019)



Hype: ÓTIMO

"Novo trabalho mostra a maturidade de Liniker e seu grupo em uma coleção de canções que traduz a música "black" e o "soul" misturando uma deliciosa linguagem contemporânea em composições criativas que trazem temas atuais e importantes como as relações pessoais e a interferência do mundo em nossos sentimentos. É um excelente trabalho em praticamente todos aspectos. A interessante história da banda também é um ponto positivo para os ouvintes. Tudo começou com cartas escritas por "Liniker Barros" e que nunca foram endereçadas e que saíram do papel após o encontro entre a cantora e os músicos Rafael Barone (baixo), Péricles Zuanon (bateria), William Zaharanszki (guitarra) e Márcio Botoloti (trompete), além das cantoras Renata Éssis e Bárbara Rosa (in memoriam). Juntos formaram em 2015 a banda "Liniker e os Caramelows". Aquelas cartas antes guardadas a sete chaves ganharam a internet por meio do video "Zero" e o país por meio do EP "Cru" e em seguida pelo álbum de estréia "Remonta" (2016) gravado no "Red Bull Studios" produzido por "Márcio Arantes" e com participações de Tássia Reis, As Bahias e a Cozinha Mineira, Xênia França e Tulipa Ruiz. A banda criou seu estilo próprio apelidado de "Funzy" para definir o seu som e sua musicalidade (ora bem-humorada, ora emocionalmente triste) em uma mistura de música "Afro-Brasileira", com "Soul" e "R&B". Algo também marcante na banda é a sua mistura de brasilidades nas canções, se tornando destaque na música contemporânea brasileira mesmo com pouco tempo de estrada. Esse novo trabalho merece muito ser apreciado e reverenciado. Veja nossa avaliação faixa a faixa. "Brechoque" abre o trabalho com uma breve reflexão e introdução do que "Goela Abaixo" prepara ao ouvinte. "Lava" é uma canção com uma sonoridade composta pela voz marcante de Liniker misturando instrumentos e uma batida elegante que flerta entre o reggae e a MPB. "Beau" brinca com uma melodia acessível e que esbanja um charme soul com toda atitude necessária para se achar uma canção curta mais deliciosa que mistura inglês com português em seu refrão. "De Ontem" traz uma balada incessante provando o quanto Liniker conseguiu nesse trabalho um equilíbrio estonteante de vocal e sonoridade. "Boca" expõe a melancolia da letra em forma de uma rima perfeita aliada a um instrumental de combinação irresistível. "Bem Bom" tem uma pegada acessível e romântica na medida certa. "Calmô", lançada como single, traz uma linda letra digna de calmaria e contemplação. "Textão" é uma triste poesia sobre o sexo em forma de palavras. "Claridades" complementa textão com uma explosiva canção de amor. "Amarela Paixão" é um sopro sobre a paixão em um simples verso de sentimentos e que se complementa com a musicalidade da banda. "Intimidade" é a mais linda canção do trabalho expondo o álbum como uma obra prima da MPB atual. Irresistível. "Gota" é quase um complemento de "Bem Bom" mas possui sua beleza individual principalmente pelo vocal marcante de Liniker. "Goela" encerra um trabalho com uma poesia super pra cima concretizando um trabalho bem atual que fala de amor, paixão, tristeza em reflexo a atualidade. Com produção caprichada, "Goela Abaixo" é um manifesto sobre entender e absolver o outro e usa toda representação artística do afeto para trazer belas canções de um trabalho imperdível que mostra o quanto precisamos de mais "Carinho" entre as pessoas. MARCANTE" 



 FAVORITA DO ÁLBUM: Intimidade. 

São 13 músicas inéditas disponíveis nas principais plataformas digitais de Música! 

domingo, 24 de março de 2019

KAREN O & DANGER MOUSE - "Lux Prima" (2019)


Hype: ÓTIMO

"Novo disco solo da cantora e integrante do "Yeah Yeah Yeahs" ressalta o melhor de sua voz aliado a melodia expandida de seu som com variados toques de modernização além do bom acréscimo da colaboração do artista "Danger Mouse" em uma viagem cheia de boas experimentações musicais em canções muito bem realizadas. Desde que sua carreira começou, Karen O consistentemente provou ser uma das artistas mais diversas, influentes e transformadoras da música. Como vocalista do Yeah Yeah Yeahs, ela inspirou uma geração e desempenhou um papel fundamental no que é comumente considerado como uma era de renascimento no rock. Ela colaborou com vários artistas como The Flaming Lips, Santigold e Trent Reznor do NIN. Ela também contribuiu com várias composições para filmes aclamados pela crítica. Entre elas, estavam composições originais de 2009 do longa "Onde Vivem os Monstros" e em 2013 no longa "Ela" (pelo qual ela recebeu indicações ao Grammy na categoria de Melhor Canção Escrita para Cinema, Televisão ou Outras Mídias Visuais, e indicações para um "Oscar" e "Globo de Ouro"). Em 2014, ela lançou seu primeiro álbum solo, o mediano "Crush Songs" e agora se junta ao experiente artista Danger Mouse, um DJ, músico e produtor americano que possui uma carreira reconhecida na produção e ganhou notoriedade internacional como integrante do Gnarls Barkley, junto a seu amigo Cee Lo Green, além de fazer parte também do Broken Bells, com James Mercer. Entre os discos produzidos por ele estão "Demon Days", do grupo Gorillaz e "Modern Guilt", do cantor Beck. Entre os projetos futuros incluem ainda o próximo álbum do rapper Snoop Dogg e o da banda U2. Juntos lançam esse trabalho interessante e que vale muito a pena ouvir. Veja nossa avaliação faixa a faixa. "Lux Prima" é uma transcendental introdução do trabalho com várias mudanças durante a faixa, começa com uma leve introdução do vocal de Karen juntamente com um instrumental e durante seus 9 minutos ela muda, a segunda parte é uma gostosa balada já comprovando que essa junção Karen O + Danger Mouse traz um quê de frescor a ambos artistas. A terceira parte volta ao instrumental finalizando com uma balada obscura e deliciosa. Um bom e corajoso começo para o trabalho. "Ministry" já hipnotiza pelos efeitos agradáveis e ressalta como Karen está incrivelmente concentrada na canção, como se explodisse sentimento na letra. "Turn The Light" surge aumentando o volume e trazendo um delicioso e grudento refrão. "Woman" traz toda aquela pegada rock and roll da cantora muito bem estabelecido em sua banda. Poderia facilmente ser uma música do Yeah Yeah Yeahs. Difícil não se contagiar por seu vocal cheio de "punch". "Redeemer" flerta com o indie rock com uma batida moderna e ao mesmo tempo graciosa fugindo dos clichês, sua voz novamente se destaca nessa música, afinada e super equilibrada com o som. "Drown" não tem medo de abaixar o tom e acrescentar melancolia em uma canção que ainda brinca com falsetes. Uma canção para aquela tristeza bela que sentimos. "Leopard"s Tongue" tem uma pegada interessante, radiofônica e ao mesmo tempo expõe o quanto a produção desse trabalho se prima pela elegância da composição, melodia + letra, agradável e viciante! "Reveries" é doce, triste e melancólica sem ser desgastante. A despedida perfeita vem com "Nox Lumina" que mesmo sem ser efetiva como "Lux Prima" serve como um desfecho idêntico ao começo, sem decepcionar e entregando um trabalho bem acima da média em um misto de doçura e mansidão. Em muitos aspectos a junção da bela voz de "Karen O" com o tempero técnico de Danger Mouse tornam as melodias atrativas para a audição. Não é preciso muito esforço para se identificar com as canções mesmo que seja um rock diferenciado e que a experiente Karen consiga dominar o ouvinte perfeitamente com criatividade se desprendendo um pouco das amarras de atravessar a barreira do segundo trabalho solo de sua carreira. ÓTIMO TRABALHO





FAVORITA DO ÁLBUM: "Redeemer". 

São 09 músicas inéditas disponíveis nas principais plataformas digitais de Música! 

sexta-feira, 22 de março de 2019

O RETORNO DE BEN (2018) - "Ben is Back" de "Peter Hedges"


Hype: BOM


"Drama simples porém emocionante destaca boa atuação de Julia Roberts em papel delicado e muito bem realizado pela experiente atriz. O filme faz um reflexo sobre a culpa de um jovem ex-viciado e vai de encontro nas graves atitudes cometidas por ele. A mãe, em paralelo, sente-se culpada por não conseguir interromper o vício do filho. Esse drama tem algo importante, é comedido sem ser forçado. Ben Burns (Lucas Hedges) é um problemático jovem rapaz que volta para a casa de sua família na noite de Natal. Sua mãe preocupada, Holly (Julia Roberts), o recebe com todo amor, porém logo percebe que ele ainda pode trazer perigo para seu lar. Durante 24 horas ela faz um acordo de acolher o jovem foragido de um centro de reabilitação, as horas podem mudar sua vida para sempre, Holly deve fazer de tudo para impedir que sua família seja destruída pela ameaça de uma recaída do jovem. Será um Natal tenso para essa família. O diretor Peter Hedges consegue um bom equilíbrio entre o realismo da problemática dos personagens com um drama sério e com características de uma obra independente, sem se apegar a fórmulas porém as usando de forma satisfatória. O reflexo entre esses dois mundos opostos, do filho buscando a redenção e da mãe sofrendo e buscando o que ela acha melhor ao filho é ponto forte da história. Por um lado, se aposta no “filme de personagens” de vertente realista, com a câmera focada em Ben ou na mãe durante a quase totalidade das cenas. A imagem visceral se move por todos os lados, instável como o garoto. Por outro lado, o roteiro investe num caminho simbólico, artificial: desde o momento em que o jovem reaparece, ele se confronta a inúmeros indícios de sua conduta repreensível. Onde quer que ande, encontra o passado que lhe machucou porém é um caminho que não tem retorno deixando tudo cada vez mais dramático. Uma boa história mesmo que se acomode na concepção das drogas na sociedade e nas pessoas. UM BOM DRAMA



Em cartaz nos Cinemas pela Diamond

#BenIsBack #Cinema2019 #CircuitoDeArte #MeuHype #Drama

quinta-feira, 21 de março de 2019

CHORAR DE RIR (2019) de "Toniko Melo"


Hype: RUIM  


"Fazer rir é uma arte e quando o filme é classificado como Comédia e não consegue ser efetivo, infelizmente não funciona como tal. O caso desse filme é exatamente isso, o próprio nome já gera uma expectativa sobre seu conteúdo e quando não se cumpre essa expectativa tudo se torna decepcionante. O bom elenco e o cuidado nas piadas não é suficiente para tornar a experiência satisfatória. E olha que "Leandro Hassum" se tornou um dos principais comediantes do Brasil, seja na #TV como no cinema em filmes de sucesso como Até Que a Sorte nos Separe e Candidato Honesto. Porém a história do longa envolve uma problemática que talvez tenha retirado a possibilidade de virar uma comédia escrachada e despretensiosa. Talvez seja a pressão da produção de um grande estúdio ou mesmo a necessidade de se reinventar diante as milhares de comédias nacionais que infestam os cinemas. O filme percorre vários caminhos, tem momentos de esquete (a parte do Fama News, um tabloide de fofocas comandado por Caito Mainier é o melhor do filme), tem convidados alinhados a seus personagens como o comediante Rafael Portugal, o ator Otávio Muller e a atriz Natalia Lage. A parte dramática envolve Hassum e Monique Alfradique mas não foge de clichês e é superficial. A lista de convidados é extensa é ainda possui Sidney Magal. Infelizmente nada disso é suficiente para salvar o conjunto da obra. Na trama a estrela do programa de TV "Chorar de Rir” , Nilo Perequê ( Leandro Hassum ) é um grande nome da comédia no país. Quando ganha o prêmio de melhor comediante do ano, o humorista decide mudar radicalmente sua carreira e se dedicar totalmente ao drama, deixando sua família e seu empresário desesperados." O diretor Toniko Melo parece perdido nessas mudanças drásticas de tom, parece que estamos diante de vários filmes diferentes entre si. No fim das contas o filme não cativa e toda a estrutura é confusa e perdida, o principal foco que seria a diversão vira um peso ao acompanhar um humorista em crise existencial desafiando a respirar novos ares, mas esta é uma premissa que nunca parece engrenar. CHORAR DE RUIM!" 



 O longa estréia HOJE, 21/03 nos Cinemas pela Warner Bros.

Filme visto na Cabine de Imprensa realizada em Brasília!

 #Comédia #CinemaNacional

quarta-feira, 20 de março de 2019

NÓS (2019) - "Us" de "Jordan Peele"


 Hype: OBRA PRIMA! 


"Segundo filme do realizador Jordan Peele, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original pelo filme Corra! (suspense racial sensação da crítica em 2017), certamente é uma das obras mais interessantes do ano e deixará o expectador estarrecido diante a uma experiência assustadora e reflexiva. "Nós” conta a história de uma família que viaja para uma praia nas férias e é atormentada por seus sósias monstruosos. Antes, um flashback: em 1986, no mesmo balnerário, mostra a protagonista vivida por Lupita Nyongo vivendo uma experiência em uma sala de espelhos de um parque de diversões. Esse é o estopim da história, "Lupita" interpreta as duas personagens principais: Adelaide e seu lado obscuro, Red. A atriz vencedora do Oscar por 12 Anos de Escravidão é sem dúvidas o grande destaque com sua atuação acima da média, nunca perde o tom em cena. O filme também tem o “alívio cômico” do ator Winston Duke (o rei M’Baku do filme Pantera Negra), o pai da família. Seu personagem é um charme e em nada atrapalha a experiência aterrorizante da trama. As crianças também estão bem em cena assim como a participação de Elisabeth Moss de Haindmaids Tale. O filme consegue criar uma tensão também graças a sua trilha sonora com destaque a viciante e impactante versão de "I Got 5 on It" de Michael Abels, o poder dessa música se iguala a outras trilhas sonoras icônicas do cinema de terror. O longa é uma ponte para diversas reflexões interessantes e seu grande foco é trabalhar a dualidade do ser humano, e se todos "Nós" tivéssemos um outro eu malvado. Parece algo simples mas não é. A partir daí, o diretor cria uma história de horror tipicamente americana com diversas simbologias, pode ser até difícil pegar de primeira. O título original em inglês, “US”, é também a sigla de United States. Os sósias são os outros, que não passam de reflexos do que somos nós, e tudo o que há de aterrorizante dentro de cada um. Essa visão sobre a "comunidade" e o medo que podemos ter um do outro é justamente o fator central da trama, somos nosso pior inimigo. Cada expectador poderá tirar suas conclusões mediante a sua bagagem de vivência sobre o "American Way Of Life", o sonho americano que todos compramos globalmente. E ele é construído sobre privilégio e conforto, geralmente construído sobre as costas dos outros. O filme é como um quebra-cabeça com metáforas, com um ritmo desacelerado, interessante montagem e bem diferente do que esperamos. Essa hipnotizante narrativa não é um filme de fácil assimilação e seu potencial é justamente em ser uma obra que vai além do simples ato de assistir, é preciso pensar. No geral é um filme elegante, artístico e que flerta com o cinema de arte mesmo acessível ao grande público mas obrigando o mesmo a sair de sua zona de conforto. EMBLEMÁTICO



 O filme entra em cartaz nos Cinemas nesta Quinta 21/03 pela Universal Pictures 

Filme visto na Cabine de Imprensa realizada em Brasília!


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terça-feira, 19 de março de 2019

CINE HOLLIÚDY 2 - A Chibata Sideral (2019) de Helder Gomes

Hype: BOM

"​Comédia praticamente repete personagens e fórmulas de sucesso do primeiro filme nesta continuação divertida e simples sobre o amor pela arte, pela comédia e pelo cinema. O longa completa uma trilogia involuntária sobre o cinema popular do Nordeste brasileiro. O humor singelo permanece como um dos destaques, o filme mesmo em nosso idioma é apresentado com legendas devido ao grande número de gírias usadas na história. O primeiro filme abordou o fechamento dos cinemas do interior do Ceará nos "Anos 70" após a chegada da TV. #OShaolinDoSertão retrata a chegada do Vídeo Cassete (VHS) nos "Anos 80" como salvação dos órfãos aficionados pelas sessões de Cinema de Artes Marciais (Kung-Fu). “Cine Holliúdy 2” fecha a trilogia onde faz uma grande homenagem aos cineastas como diretores, produtores e artistas independentes. Tem até uma engraçada referência a #StevenSpielberg. Na trama em Pacatuba (CE), na década de 80 com a popularidade da TV, Francisgleydisson (#EdmilsonFilho) apaixonado pela sétima arte se vê obrigado a fechar o #CineHolliúdy, ele decide produzir um filme que mostra "Lampião" enfrentando #extraterrestresusando como atores e equipe do filme seus amigos e habitantes da cidade. Para conseguir recursos ao filme recorre ao duvidoso Prefeito Olegário (#RobertoBomtempo) e a primeira-dama Justina Ambrósio (#SamanthaSchmütz). No divertido elenco estão também #AriclenesBarroso#MilhemCortaz#ChicoDiaz#RainerCadete#SophiaAbrahão#SergioMalheiros#Bolachinha#Falcão#GoreteMilagres entre outros. "Cine Holliúdy 2 - A Chibata Sideral” é uma comédia simples porém sofisticada, que além de ser um bonito projeto pessoal do diretor #HalderGomes e sua paixão pelo cinema representa um pedaço do interior do Brasil misturado com os clichês da comédia nacional com inteligência e carisma nas referência e piadas. DIVERTIDO E POPULAR



O longa estreia Quinta-Feira, 21/03 nos #Cinemas do #Nordeste e #Brasília pela trinca #ParisFilmes#DTFilmes e #GloboFilmes.

Filme visto na #CabineDeImprensa realizada em Brasília!