terça-feira, 31 de janeiro de 2017

CINEMA - JACKIE


SINOPSE: Jacqueline Kennedy (Natalie Portman), inesperadamente viúva, lida com o trauma nos quatro dias posteriores ao assassinato de seu marido, o então presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy.

HYPE: MÉDIO

Filmes biográficos podem ser uma cilada se a cargo do personagem em si abordado não for interpretado de forma similar a real. Talvez Natalie Portman nem precise muito se parecer com a esposa de Jonh F. Kennedy pois rapidamente ela segura ás rédeas do filme com uma atuação bem precisa e sendo o ponto alto do filme, além do fator histórico desse acontecimento que o mundo todo acompanhou. O diretor Chileno Pablo Larraín conduz bem sua estréia em solo americano com um tom documental e toda carga dramática sobre Natalie. O mais interessante do longa é tentar entender como essa figura pública lidou com essa tragédia em sua vida O ponto fraco do longa é a falta de novidade na história, tudo abordado já foi visto, já foi dito e divulgado. Poucas surpresas. A câmera em foco na personagem principal em tom confessional pode incomodar um pouco mas nos deixa muito próximo de tudo que se passa ali. Fotografia impecável e roteiro espremendo o máximo de emoção possível, dessa forma não podia ser diferente, brilha a atuação de Natalie Portman e a história em si fica em segundo plano.   


CINEMA - O APARTAMENTO


SINOPSE: Emad (Shahab Hosseini) e Rana (Taraneh Alidoosti) são casados e encenam a montagem da peça teatral "A Morte de um Caixeiro Viajante", de Arthur Miller. Um dia, eles são surpreendidos com o alerta para que eles e todos os moradores do prédio em que vivem deixem o local imediatamente. O problema é que, devido a uma obra próxima, todo o prédio corre o risco de desabamento. Diante deste problema, Emad e Rana passam a morar, provisoriamente, em um apartamento emprestado. É lá que Rana é surpreendida com a entrada de um estranho no banheiro, justamente quando está tomando banho. O susto faz com que ela se machuque seriamente e vá parar no hospital. Entretanto, é o trauma do ocorrido que afeta, cada vez mais, suas vidas.

HYPE: FRACO

O Hypado diretor Ashgar Farhadi, queridinho da crítica mundial entrega uma obra que mesmo sem ser brilhante é recebida com bastante burburinho. Indicado ao Oscar de 2017 de Melhor Filme Estrangeiro, O Apartamento decepciona por não levar a lugar nenhum. Sem colocar em cheque a cultura do país do longa, o Irã, o filme se esquiva de sua própria origem para globalizar suas relações abordadas, é interessante mas ao mesmo tempo tira a diferenciação necessária de uma obra estrangeira. Não é mais nenhuma novidade a americanização do cinema em todo mundo, até pela qualidade que se faz cinema em Hollywood, somente isso, explica todo Hype em cima desse filme. Com um enredo básico e bem contado, falta algum atrativo a trama arrastada e lenta. Todos os embates do filme são mostrados passo á passo sem pressa, desenvolvendo bem seus personagens, suas convicções e toda problemática que envolve o tal acontecimento no apartamento. Isso é muito pouco para sustentar um filme de 2hs de duração, não tem história, não acontece nada. As coisas interessantes que acontecem estão sempre em segundo plano. Acaba sendo uma experiência voyeur de como essas pessoas agiriam naquele cenário e sem muito se apegar a nada, inclusive aos personagens. Para piorar a situação em nenhum momento temos as soluções que buscamos a essa problemática e suas consequência deixando ainda mais em aberto toda essa situação abordada e deixando tudo superficial. Esquecível.  





CINEMA - BELEZA OCULTA


SINOPSE: Howard entra em depressão após uma tragédia pessoal e passa a escrever cartas para a Morte, o Tempo e o Amor, algo que preocupa seus amigos. Mas o que parece impossível, se torna realidade quando essas três partes do universo decidem responder. Morte, Tempo e Amor vão tentar ensinar o valor da vida para Howard.

HYPE: MÉDIO

Chegando atrasado no Brasil, Beleza Oculta que traz uma narrativa interessante mas se passa na época do Natal e chega ao Brasil datado. O filme foi um fracasso por onde passou e a crítica especializada odiou o filme. Provando mais uma vez que enquanto Hollywood continuar usando essas fórmulas de sucesso vai ver público e crítica minguar nos cinemas. O filme conta com um elenco grandioso, tem uma história pesada e mensagem de auto ajuda a lá "A Procura da Felicidade". O drama do filme é carregado e forçado com o claro objetivo da emoção e do choro. As atuações decepcionam um pouco, o elenco está no automático, Kate Winslet, Edward Norton e Michael Penã até se esforçam mas parecem superficiais o tempo todo, culpa do roteiro e novamente Will Smith não convence e não consegue carregar o principal personagem da trama dando expressões preguiçosas ao personagem. A história é bastante comovente e a grande sacada realmente são os coadjuvantes de luxo, a Morte (Helen Mirren), o Tempo (Jacob Latimore) e o Amor (Keira Knightley) e como eles lidam com a depressão de Howard (Will Smith). A premissa auto-ajuda do filme funciona mas é tudo muito previsível, encaixado, limpo e forçado para emocionar. Tinha tudo para dar certo mas a ousadia passou longe e o que poderia ser um belo drama com uma mensagem otimista é só mais uma história das milhares que nem conseguimos diferenciar de tão parecidas e cafonas que são exibidas no cinema ou na TV. Vale o ingresso mas decepciona pelo mais do mesmo e mal aproveitar um elenco tão bom. 


CINEMA - QUATRO VIDAS DE UM CACHORRO


SINOPSE: Um cachorro morre e reencarna várias vezes na Terra. Embora encontre novas pessoas e viva muitas aventuras, ele mantém sempre o sonho de reencontrar o seu primeiro dono, Ethan, seu maior amigo e o grande amor de sua vida.

HYPE: MÉDIO

Envolto a polêmica de maus tratos de cachorros durante as filmagens que vazaram na internet e que provocou uma onda de boicote ao filme, Quatro Vidas de Um Cachorro deve sim ser visto pois é uma história bonita e que exalta esse animal tão espetacular que nos encanta a gerações. Sem algum tipo de novidade na narrativa, vamos ao encontro do fofo cachorro Bailey e suas questões existenciais sobre qual o sentido da vida. O diretor Lasse Hallstrom que já emocionou o público com o filme Sempre ao Seu Lado, desta vez usa o livro de grande sucesso de mesmo nome como inspiração no roteiro. O grande elo entre Bailey e seu dono Ethan é o grande foco do filme tomando grande parte do tempo em tela, as outras vidas são espremidas mas bem executadas. O principal defeito da história é querer que o cachorro conserte as falhas humanas e na maior parte que isso acontece tira todo o efeito emotivo do filme deixando a história meio torta. O filme é emocionante do começo ao fim e a abordagem como ponto de vista do cachorro é interessante porém abandonada ao longo do filme. Mesmo sendo uma história previsível, em nenhum momento se perde a inocência ou força a emoção apelativa, tudo na medida certa. As ambientações são bonitas, os cães em todas as reencarnações são uma atração a parte e a única coisa que falha é o elenco humano bem burocrático e sem nenhum atrativo, até Dennis Quaid atua no automático. Outra falha é ter suas principais cenas já constantemente divulgadas na internet e nos trailer. Sem ser inovador e abusar do "Arroz com feijão" é um filme bonito, emocionante e bem inofensivo a todo esse ódio gerado na internet e redes sociais. Sessão da tarde define o tipo do filme.


CINEMA - TERRA DE MINAS (LAND OF MINE)


SINOPSE: Um grupo de soldados alemães, outrora combatentes nazistas, recebem uma nova tarefa ao fim da Segunda Guerra Mundial: precisam escavar e remover com as próprias mãos 2 milhões de minas terrestres em "terras inimigas", mesmo que alguns deles não tivessem sequer experiência na guerra, para compensar sua contribuição com o regime de Hitler.

HYPE: FORTE

Indicado ao Oscar 2017 na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, Terra de Minas, que ainda não é o titulo oficial confirmado de lançamento no Brasil, afinal até o momento não temos previsão de lançamento do filme no país. É uma pena, diferente de Até o último Homem, filme extremamente exaltado pela crítica e também indicado ao Oscar, Terra de Minas além de ser uma reflexão bela sobre a guerra e sua consequências mostra um cinema sem a obsessão de mostrar heroísmos ou até mesmo dizer quem venceu, quem tem culpa ou exaltar sofrimento. No filme fica claro que ninguém sabe ao certo como lidar com todos os problemas gerados pela guerra, isso reflete principalmente naquelas pessoas que diretamente ou indiretamente foram considerados os causadores de milhares de mortes e destruição. Independente do que a guerra prega, somos humanos, mesmo com a frieza dinamarquesa que transforma crianças em soldados, temos o contraponto aonde esses alemães que são considerados malvados, cruéis e movido pelo ódio e discriminação são só garotos como qualquer outro, com medo, dores, sonhos e esperança, não são culpados de toda problemática de seu país. Com um elenco jovem bem conduzido e uma fotografia simplista e bonita, o filme flerta a poesia com a tensão intensa que o filme emite. Como não gelar a espinha vendo aqueles garotos desarmar as minas ou até mesmo não se chocar com o final do longa. Um filme que ficará por muito tempo sendo uma eterna reflexão, o ser humano jamais será singular e o ódio pode inverter os papéis. 
 




CINEMA - RESIDENT EVIL 6 - O CAPÍTULO FINAL


SINOPSE: Começando exatamente após os eventos de Resident Evil: Retribuição, Alice (Milla Jovovich) é a única sobrevivente do que era pra ser a última fortaleza da humanidade contra os mortos-vivos. Agora, ela precisa retornar para o local que deu inicio a esse pesadelo, a colméia em Raccon City, onde a corporação Umbrella está reunindo suas forças para atacar os últimos sobreviventes do apocalipse.

HYPE: MÉDIO

Chegamos ao último filme da franquia Resident Evil, por enquanto, sabemos que em Hollywood o fim não tem fim. Herdado dos videogames, Resident Evil sobreviveu nos cinemas entre altos e baixos, sendo amado e odiado sempre na mesma medida. Neste sexto filme temos um "pseudo" final a altura de toda conjuntura e principalmente após um quinto filme confuso e destoado dos demais. Inicialmente além da tradicional retrospectiva já somos transportados a ação frenética sem muito tempo pra respirar. As tomadas de Washington em ruínas pelo vírus zumbi ganha ainda mais ares grandiosos com os efeitos em 3D muito bem alocados. A história fica constantemente em segundo plano frustando quem procura um pouco mais de conteúdo ou até mesmo um desenvolvimento melhor da trama. Temos boas revelações sobre a contaminação e como elimina-la, coisas que sempre faltam nos filmes e logo sabemos qual é a missão e até aonde ela vai sem muitos mistérios. As cenas de ação são espetaculares, os zumbis e monstros estão realmente assustadores e sem dúvidas é o ponto alto do filme. Com uma abordagem simplista, bastante suja e obscura temos um dos melhores filmes da franquia. O ponto fraco e diferencial é a escuridão do filme, incomoda um pouco mas também dá um toque extremamente realista as cenas. O diretor Paul W.S Anderson toma decisões corajosas como de colocar Alice em mais de 20 minutos sem nenhum dialogo no total silêncio apenas focalizando a ação. Na verdade a lógica é essa, o conteúdo vai do que cada pessoa espera e recebe da premissa do filme e da franquia. Se for realmente o fim fechou muito bem!


sábado, 28 de janeiro de 2017

CINEMA - A QUALQUER CUSTO


SINOPSE: Dois irmãos, um ex-presidiário e um pai divorciado com dois filhos, perderam a fazenda da família em West Texas e decidem assaltar um banco como uma chance de se restabelecerem financeiramente. Só que no caminho, a dupla se cruza com um delegado, que fará de tudo para capturá-los.

HYPE: MÉDIO

Indicado á 4 estatuetas do Oscar 2017 (Melhor Filme, Ator Coadjuvante, Roteiro Original e Edição) e bastante elogiado pela imprensa especializada, o filme pode ser facilmente enquadrado como um faroeste moderno. Inclusive até meio semelhante á Onde Fracos não tem vez, grande vencedor do Oscar em 2008. Na verdade estamos diante de um filme bem simples e ao mesmo tempo poético. O ponto alto é justamente essas nuances exploradas no filme, fotografia bonita, trilha sonora apurada, simpatia com a dupla principal do filme (Chris Pine e Ben Foster), os "bandidos" do filme. Interessante que assistindo o filme acabamos torcendo contra os mocinhos, entre eles o policial interpretado por Jeff Bridges, atuação essa que lhe rendeu a indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. A torcida a favor dos bandidos é devido a todo contexto vivido por esses personagens e o cenário conturbado em que vive aquela região americana. A crise, a falta de dinheiro e as incertezas do futuro. Perseguições, tiros e uma pequena amostra de como o Western pode voltar a ser a nova menina dos olhos de Hollywood se for bem explorada como em A Qualquer Custo. Porém a premissa batida e a obviedade da trama pouco acrescentam em tantas outras histórias já contadas. O Hype em volta do filme é enorme e talvez decepcione quem procure realmente a essência de todo esse burburinho. O Filme é correto e nada mais que isso.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

CINEMA - ATÉ O ÚLTIMO HOMEM


SINOPSE: Acompanha a história de Desmond T. Doss, um médico do exército que durante a Segunda Guerra Mundial se recusa a pegar em uma arma e matar pessoas. Porém, durante a Batalha de Okinawa ele trabalhou na ala médica e salvou mais de 75 homens, sendo condecorado, fazendo de Doss o primeiro Opositor Consciente da história norte-americana a receber a Medalha de Honra do Congresso.

HYPE: MÉDIO

Mel Gibson está de volta a direção e em mais um projeto bastante pessoal. Indicado em 6 categorias no Oscar 2017 (Melhor Filme, Ator, Diretor, Edição, Edição de Som e Mixagem de Som) não há dúvidas que o Ator/Diretor busca sua redenção após vários fracassos no cinema e repercussões negativas em sua vida pessoal. Com uma obra bastante redonda e com muitos elementos de outros longas dirigidos por ele, o filme chegou a ser comparado com o emblemático filme A Paixão de Cristo pelo seu retrato cru e violento da guerra. O filme não inova em praticamente nada em relação a outros retratos sobre a guerra, ao contrário, sempre vai ao lugar comum e dando muita enfâse a religiosidade do personagem e como a guerra é banal, superficial e muito violenta. A primeira metade conhecemos o personagem e sua luta e na segunda metade a vivência na guerra. Estrutura já muito usado em outros filmes como no clássico Nascido para Matar de Kubrick. A filmagem de Gibson é intensa com uma edição ágil e as batalhas assustam de verdade mesmo sendo modestas devido ao baixo orçamento. O personagem de Desmond ganha uma atuação coesa e digna nas mãos de Andrew Garfield, indicado ao Oscar pela atuação no longa. Fazia algum tempo que os filmes de guerra tinham sido esquecidos dos grandes estúdios até pelo fato do tema já ter se esgotado no cinema. Em tempos que qualquer sub-celebridade ganha biografia temos aqui uma história realmente bonita e comovente e digna de um grande filme. Só faltou um pouco de coragem de sair do lugar comum e buscar uma narrativa diferente mas no geral é um bom filme de guerra e com uma mensagem bastante edificante de superação e fé.
  


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

CINEMA - ESTRELAS ALÉM DO TEMPO


SINOPSE: Em plena Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma profunda cisão racial, entre brancos e negros. Tal situação é refletida também na NASA, onde um grupo de funcionárias negras é obrigada a trabalhar a parte. Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), grandes amigas que, além de provar sua competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que consigam ascender na hierarquia da NASA.

HYPE: MÉDIO

Uma das grandes surpresas das Indicações do Oscar 2017, Estrelas além do Tempo (Hidden Figures) vai concorrer nas categorias (Melhor Filme, Atriz Coadjuvante e Roteiro Adaptado) e conta uma história verídica e pouco conhecida de três mulheres negras que se destacaram na Nasa em um período aonde o preconceito racial e o machismo ainda era extremamente forte. Filmes com esse tipo de discurso afirmativo tende geralmente a ser artificial e pouco atrativo. Porém em Estrelas além do tempo temos uma abordagem sem vitimismo e bastante inspiradora de suas personagens. Sem um teor dramático forte é um filme leve de se ver e ao mesmo tempo muito importante para todas essa lutas que ainda hoje em dia são travadas por negros e mulheres. O grande destaque é o trio feminino em atuações inspiradas e a atuação acima da média de Octavia Spencer, indicada ao Oscar. Além disso os personagens coadjuvantes também são interessantes e a trama leve se contrapõe ao tema pesado de ser abordado e discutido. Um bom passatempo e com uma mensagem super pra cima de superação.



CINEMA - UM LIMITE ENTRE NÓS



SINOPSE: Baseado na aclamada e premiada peça teatral homônima, um jogador de beisebol aposentado (Denzel Washington), que sonhava em se tornar um grande jogador durante sua infância, agora trabalha como coletor de lixo para sobreviver. Ele terá de navegar pelas complicadas águas de seu relacionamento com a esposa (Viola Davis), o filho e os amigos.

HYPE: MÉDIO

Denzel Washington e Viola Davis por si só já são grandes chamarizes para o longa Um Limite entre Nós e a grande verdade é que somente a atuação deles é o que vale o filme. Indicado a 4 prêmios ao Oscar 2017 (Melhor Filme, Ator, Atriz e Roteiro Adaptado) o filme é pesado e extremamente dependente de Denzel e Viola. Com variados clichés do gênero a adaptação da Peça teatral de mesmo nome não foge muito das histórias de abuso e dramas familiares do teatro. Sem muitos cenários e externas a sensação é que estamos realmente presos a tal "Cerca" que é o lar da família e somos bombardeados com todos os problemas vividos por eles. Muitos diálogos regados a cenas arrastadas que de certa forma aprisiona o expectador a viver aquela história sendo uma das virtudes do longa mas também o torna cansativo e repetitivo. Viola Davis desponta e rouba a cena em praticamente todas as cenas e sem vitimismo faz um dos grandes papéis de sua talentosa carreira. Denzel Washington surpreende em atuação acima da média e torna seu personagem em um grande vilão humano, difícil não sentir raiva dele em suas cenas e odiar todos as atitudes de seu personagem. Ele ficou também a cargo da direção do longa e o desempenhou de forma mediana sem grande destaque. História simples e sem nenhum atrativo além das performances grandiosas de seus protagonistas. 


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

CINEMA - TONI ERDMANN


SINOPSE: Winfried (Peter Simonischek) é um senhor que gosta de levar a vida com bom humor, fazendo brincadeiras que proporcionem o riso nas pessoas. Seu jeito extrovertido fez com que se afastasse de sua filha, Ines (Sandra Hüller), sempre sisuda e extremamente dedicada ao trabalho. Percebendo o afastameto, Winfried decide visitar a filha na cidade em que ela mora, Budapeste. A iniciativa não dá certo, resultando em vários enfrentamentos entre pai e filha, o que faz com que ele volte para casa. Tempos depois, Winfried ressurge na vida de Ines sob o alter-ego de Toni Erdmann, especialista em contar mentiras bem-intencionadas a todos que ela conhece.

HYPE: FORTE 

O ano de 2016 acabou se tornando um dos anos mais exóticos em matéria de Cinema com filmes idealistas e que fogem da temática comum. Uma prova evidente é Toni Erdmann, um filme de drama austro-alemão de 2016 dirigido e escrito por Maren Ade, o qual estreou no Festival de Cannes do mesmo ano e foi selecionado como representante da Alemanha ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2017. O filme conta uma história muito simples porém muito fora do comum na maneira como é posta em tela. A cada tensão temos um alivio e o personagem criado por Winfried para se aproximar da filha "Erdmann" é a perfeita maneira de explicar como muitas vezes precisamos sair de nós mesmos. Ainda que um pouco longo demais, mais de 2h30 de filme, em nenhum momento deixamos de nos importar com o desenrolar da trama e seus personagens muito bem conduzidos. As poucos as situações bizarras do filme entram em choque com o ideal, levamos a vida a sério demais. As coisas simples da vida sempre serão as mais divertidas e com certeza a fuga de todas essas "Obrigações" que temos no dia dia e muitas vezes se esquecendo de quem realmente somos, das nossas verdadeiras vontades e principalmente de Viver o agora. Recomendo.


sábado, 21 de janeiro de 2017

CINEMA - XXX - REATIVADO


SINOPSE: Xander Cage (Agente XXX) entra em conflito com o guerreiro Xiang e seu grupo. Os dois se enfrentam em uma corrida desenfreada para recuperar uma poderosa arma, conhecida como Caixa de Pandora. Após recrutar um novo grupo de soldados em busca de emoção, Xander se envolve em um plano mortal que aponta para uma conspiração nos mais altos níveis dos governos mundiais.

HYPE: FRACO 

Estamos diante do terceiro longa da franquia XXX que foi restabelecida pela Paramount com intuito de pegar carona no sucesso de Velozes e Furiosos e outros agregados do gênero. Após um segundo filme sem seu principal personagem, Xander Cage interpretado por Vin Diesel ele retorna a trama. Aliás, como de costume, roteiro é o que pouco importa para esse tipo de filme, tudo é uma mera desculpa para cenas de ação inacreditáveis para não dizer absurdas. A caricatura toma conta do filme, difícil levar a sério e o que sobra é entrar na brincadeira divertida e previsível. Alguns acertos devem ser ressaltados como o elenco feminino muito bem escalado e longe de serem apenas figurantes. Uma pena o filme despencar tanto para a comédia aonde muitos outros filmes de ação conseguem tal feito de forma mais coerente com a trama. Sem qualquer surpresa em suas reviravoltas pelo menos temos um Vin Diesel à vontade e no automático desempenhando seu mesmo papel de todos os outros filmes de sua carreira. O filme também conta com a constrangedora porém simpática participação do jogador brasileiro Neymar e claro muitas brechas sem fim para continuações. Me pergunto até quando o público vai consumir essa fórmula sem qualquer tipo de inovação? No fim das contas é um filme ruim porém divertido.



sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

CINEMA - CAPITÃO FANTÁSTICO


SINOPSE: Pai de seis crianças, Ben decide deixar a cidade e educar os filhos nas florestas selvagens do Pacífico Norte, longe da civilização. As crianças aprendem a praticar esportes e combater inimigos até que Ben e sua família são obrigados a voltar à vida urbana. Agora é ele quem precisa aprender a se acostumar novamente à vida moderna.

HYPE: FORTE

Uma premissa bastante simples como essa de Capitão Fantástico, "família que educa as crianças na natureza precisa lidar com a vida moderna" poderia se tornar uma armadinha para o filme cair no lugar comum. Diferente disso o filme foge totalmente dos patrões e traz uma vitalidade impressionante, seja no teor cômico ou nas partes mais dramáticas, sem contar a acidez de como é tratado os assuntos pesados e a doçura de como tudo pode ser contornado. Por trás desse simples choque de realidade temos uma história cativante e que se eleva ainda mais com a atuação vigorosa de Viggo Mortensen e o elenco infanto-juvenil muito bem escolhido. Com um ritmo acelerado logo temos o primeiro conflito e a primeira convicção, o ser humano chegou ao ponto de se acomodar em seus princípios e seu poder de questionamento está cada vez menos qualificado e muito mais baseado nos achismos. Muitas vezes vivemos com diferentes opiniões e ideologias diferentes, até mesmo da própria família e o filme vai muito além de impor o que é certo ou errado e simplesmente nos faz refletir que muitas vezes a falta de compreensão do modo de vida de outra pessoa pode gerar um enorme ruído na compreensão de nós mesmos. Em uma época aonde pessoas formadoras de opiniões e com cargos nos maiores escalões do mundo julgam que a globalização e a diversidade é algo ruim talvez o pior de tudo isso é essa tal certeza que nosso modo de vida é o melhor e o mais certo, além da falta de respeito ao que é diferente do que conhecemos. Um filme divertido e que faz pensar.


CINEMA - EU, DANIEL BLAKE


SINOPSE: O filme conta a história de um carpinteiro de 59 anos que está se recuperando de um ataque do coração e precisa de ajuda do Estado para se manter. Ele conhece a mãe solteira Katie e seus dois filhos, Daisy e Dylan, e eles acabam apoiando um ao outro.

HYPE: FORTE

O grande vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2017 já pode ser visto no Brasil nos cinemas. Com certo atraso mas nunca deixando de ser um tema atual a ser debatido em qualquer parte do mundo. Depender do estado é uma triste realidade que na época atual em que vivemos, com a crise e a corrupção podem desfavorecer um cidadão e fazer de sua vida uma eterna odisseia burocrática. Os acontecimentos relatados em Eu, Daniel Blake podem facilmente se encaixar em qualquer lugar, em qualquer país e com qualquer pessoa que ás vezes busca um direito que lhe é negado sem nenhum critério ou rigor. O filme é basicamente o dia dia desse cidadão em busca da ajuda de um sistema que falha em a todo custo dificultar o acesso de quem precisa de ajuda, essa que quando ocorre é feita da maneira mais complicada possível. Sua vida ganha contornos épicos e sua batalha em prol do seu direto comove e nos faz refletir em todas as mentiras que escutamos de quem nos representa lá no poder, em algum momento eles já se colocaram no nosso lugar para pelo menos serem menos ambiciosos e mais humanos. Talvez todos nós em algum momento da vida seremos Daniel Blake. O filme consegue em seu tempo de tela passar sua mensagem e tem cenas dramáticas que fogem um pouco do cliché habitual desse tipo de história. O ponto negativo vai para o fato de ser um pouco previsível seu final, sem muita ousadia, só assistimos a queda de um homem bom sem muita coragem de ir além na abordagem da luta dos direitos e o excesso de dosagem da carga emotiva criando um filme meio frio e calculista, como o próprio sistema abordado por ele.


CINEMA - A TARTARUGA VERMELHA


SINOPSE: Homem sobrevive a um naufrágio e se vê em uma ilha completamente deserta. Ele consegue se manter, através da pesca, e tenta construir uma jangada que lhe permita deixar o local. Só que, sempre que ele parte com a embarcação, ela é destruída por um ser misterioso. Logo, descobre que a causa é uma imensa tartaruga vermelha, com quem manterá uma relação inusitada.

HYPE: FORTE

Depois de encantar expectadores em vários festivais pelo mundo, A Tartaruga Vermelha ganhou uma forte expectativa do público para sua exibição nos cinemas. O longa animado tem a co-produção do Studio Ghibli bastante conhecido por integrar grandes diretores da animação japonesa e agora mundial que fizeram produções de sucesso de crítica e público no mundo todo. Diferente dos desenhos anteriores do Studio Ghibli, O Conto da Princesa Kaguya e O Segredo de Marnie que são visualmente impressionantes e com roteiro complexo e até meio confuso, o longa tem traços simples e bonitos e história simples. A trama sobre um homem perdido em uma ilha deserta nunca será uma novidade mas aqui ganha um toque especial, o longa é mudo. Desta forma o som é substituído pelo barulho do mar e o foco é a expressão do personagem, o silêncio perturbador da solidão e as grandes surpresas da natureza. A animação é triste mas tem uma sensibilidade bonita de se ver além de ser curto, sem muita enrolação, direto ao ponto em sua mensagem. O único defeito talvez seja justamente o que faltou do Studio Ghibli que é inovar e diversificar de tantas outras animações que bombardeiam os cinemas pelo mundo e isso o desenho pouco oferece sendo somente mais um bom e correto exemplar do gênero.  



quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

CINEMA - MANCHESTER À BEIRA MAR


SINOPSE: Lee Chandler (Casey Affleck) é forçado a retornar para sua cidade natal com o objetivo de tomar conta de seu sobrinho adolescente após o pai (Kyle Chandler) do rapaz, seu irmão, falecer precocemente. Este retorno ficará ainda mais complicado quando Lee precisar enfrentar as razões que o fizeram ir embora e deixar sua família para trás, anos antes.

HYPE: FORTE

Temos aqui mais um filme extremamente elogiado e aclamado pela critica em 2016  que chega aos cinemas do Brasil. Aliás, um drama pesado e carregado de muita tensão e angústia. Primeiramente o que se deve ressaltar é que mesmo se tratando de um filme muito profundo e que depende de muita emoção de seus protagonistas nada é entregue mastigado e demora bastante tempo até entendermos todo contexto de Lee Chandler (Casey Affleck) e sua personalidade fria e perdida diante de todos acontecimentos de sua vida. Não é um filme fácil, abordar traumas e consequências, requer bastante cuidado e talvez esse é o maior mérito do filme, ser cuidadoso em tratar todas suas problemáticas e em nenhum momento transformar isso em um drama carregado e sim focar em toda a agonia de Lee e explorar um lado reprimido e ao mesmo tempo perigoso de toda situação que o envolve. Estamos diante de poucas expressões mesmo sendo uma história de amor dolorida e que dificilmente não irá despertar apreensão no espectador. O filme é sobre transformações e como acontecimentos do passado nem sempre ficam no passado tornando a vida mais difícil no presente. Destaque para a pequena mas brilhante atuação de Michelle Williams e a fotografia bonita. Só faltou ao longa dinamismo, são 2h17m de filme e com muitos momentos arrastados e sonolentos. Não acaba nunca, uma edição seria muito favorável. Outro ponto fraco é ser um tipo de filme difícil para o grande público, crú e bastante frio. O final é decepcionante e encontramos poucas soluções a tudo abordado em tela. O filme é ver uma história muito triste que dificilmente você terá interesse em vive-lá novamente.


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

CINEMA - MOONLIGHT - SOB A LUZ DO LUAR


SINOPSE: Black (Trevante Rhodes) trilha uma jornada de autoconhecimento enquanto tenta escapar do caminho fácil da criminalidade e do mundo das drogas de Miami. Encontrando amor em locais surpreendentes, ele sonha com um futuro maravilhoso. 

HYPE: FORTE

Já estamos em 2017 mas nunca é tarde para assistir grandes filmes do ano passado e que demoram uma eternidade para chegar ao Brasil. Em matéria de visão crítica sem dúvidas Moonlight foi o filme mais comentado e elogiado de 2016 chegando a figurar nas principais listas de Melhores do Ano. Recentemente Moonlight ganhou o prêmio de Melhor Filme de Drama no Globo de Ouro e provavelmente estará presente entre os indicados ao Oscar 2017. O filme deve ser exaltado pela sua sensibilidade e coragem de tratar assuntos tão banalizados com soluções inteligentes, acompanhando a vida do garoto passo a passo para entender seus caminhos e seu futuro. Todos personagens por mais marginalizados que sejam são humanizados e o que vemos é um filme sobre a solidão de nós mesmos. O silêncio, as expressões, a fuga dos clichês de vitimismo, tudo com soluções criativas e atuações acima da média. Mesmo com tantas coisas positivas e um filme bonito de se ver, não deixa de ser apenas um filme correto. Como espectador senti uma falta de apego aos personagens, o final do filme é a prova maior disso, depois de viver toda a história de Black a sensação que fica é a falta de algo que desse ao filme o próprio propósito que é mostrado em tela. Acaba andando em círculos e não diz nada do que deveria falar sobre todos os assuntos tratados ali, o bullying, os problemas familiares, as drogas, a sexualidade, as relações afetivas. Todos esses assuntos são tratados de forma superficial e isso incomoda. Sinceramente, qual objetivo de viver uma história tão triste só como espectador e não ter uma mensagem de otimismo ou apenas uma demonstração verdadeira dos sentimentos ali expostos sem ser sub-entendido. Talvez de tanto querer fugir do vitimismo o filme se tornou frio demais tirando todo potencial de relevância sentimental. Para um filme independente, com pouco recursos, um diretor e elenco de novatos o filme alcançou uma repercussão surpreendente e merecida mas longe de ser uma obra prima como muitos pregam. 



domingo, 15 de janeiro de 2017

CINEMA - ASSASSIN'S CREED


SINOPSE: Callum Lynch (Michael Fassbender) descobre que é descendente de um membro da Ordem dos Assassinos e, via memória genética, revive as aventuras do guerreiro Aguilar, seu ancestral espanhol do século XV. Dotado de novos conhecimentos e incríveis habilidades, ele volta aos dias de hoje pronto para enfrentar os Templários. 

HYPE: FRACO 

Versão para as telonas do game Assassin's Creed já chega no Brasil atrasado e sendo bastante odiado por onde passou. Adaptações de games para o cinema geralmente deixam a desejar pela falta de "feeling" de seus idealizadores e até hoje não encontraram um caminho, com filmes esquecíveis e sem o interesse do público que é diferente, quem vai ao cinema não é exatamente quem joga os games. E nessa falta de visão dos executivos de Hollywood temos mais um filme de game que dificilmente agradará quem não conhece e quem nunca jogou o game que o originou. É um filme difícil de assistir, demorado, arrastado, muitas escolhas ruins de abordagem e o pior de tudo, não nos importamos com nada que acontece em tela, seja os personagens como a trama. A tal maça, ponto central do filme fica totalmente sem uma explicação plausível tirando ainda mais o peso de tudo que acontece ali. Claro que o filme tem suas qualidades também, Michael Fassbender muito bem em cena como sempre carrega o filme nas costas, a ambientação do cenário principal que é a Inquisição Espanhola é muito bem executado e as cenas de ação muito bem filmadas. Mas fica evidente o pouco recurso do filme além de uma execução muito confiante que o público irá se integrar rapidamente com toda temática do filme, o que não acontece sendo assim recomendado somente para os fãs dos jogos, esses sim vão vibrar a cada fã service e verá uma adaptação elegante e superior a Warcraft e outras bombas que já foram adaptadas ao cinema. 



MÚSICA - THE XX - I SEE YOU


Raio X: The XX é uma banda Indie britânica do sudoeste de Londres, Inglaterra. Formada originalmente por Romy Madley, Jamie Smith e Baria Qureshi, em 2005.

Álbuns Anteriores: XX (2009), Coexist (2012)

MEU HYPE: FORTE - #####

Uau! O ano começa eletrizante, La La Land, Desventuras em Série e agora essa maravilha chamada I see You, da banda The XX. Após um primeiro álbum perfeito que agradou crítica e público a banda optou por minimizar a ousadia no segundo álbum Coexist. Após a incursão solo do integrante Jamie no bom álbum In Colour já era indício que a banda estava se preparando para criar. Desta vez as baladas emocionais tem um lado menos melancólico e um pouco mais elétrico. Prova disso são as batidas já na primeira faixa Dangerous. Um push que sozinho já eleva qualquer expectativa sobre o que está por vim a seguir. Say Something Loving já havia sido divulgada antes do lançamento do álbum, encanta com harmonia e a leveza já habitual da banda. Lips muda o tom seguida da batida noturna de A Violent Noise. O minimalismo do albúm anterior se repete só que bem mais realizado em Performance, Replica e Brave For You. E o melhor vem na sequência, On Hold já divulgada anteriormente e que em um tom bem festivo dá impulso a faixa I Dare You, super pra cima. E o final surpreende com a uma música bem diferente do que estamos habitualmente acostumados a escutar da banda com Test Me. Passado e Futuro se misturam e mostram que o The XX tem ainda muito o que mostrar com melodias maravilhosas e talentosas experimentações. Imperdível. Lembrando que a banda participará do Festival Lollapalloza 2017 em São Paulo no mês de Março.

TOP 5 - MÚSICAS OBRIGATÓRIAS

1.Dangerous
2.Say Something Loving
3.A Violent Noise
4.On Hold
5.I Dare You




SÉRIE - DESVENTURAS EM SÉRIE


SINOPSE: A série se trata das aventuras de três crianças, os órfãos Baudelaire, após a morte de seus pais em um incêndio.

MEU HYPE: FORTE - #####

Chega a Netflix a primeira grande novidade do ano. A adaptação dos livros "A Series of Unfortunate Events" que no Brasil ganhou o nome de Desventuras em Série. São 13 livros lançados e uma adaptação para o cinema realizada em 2004 e estrelada por Jim Carrey, que não agradou muito ficando no meio termo e interrompendo a conclusão da adaptação. Ainda bem, pois neste formato de série a saga ganhou um excelente gás. Dividindo cada livro em 2 episódios, nesta primeira temporada temos 4 livros abordados: Mau começo, A Sala dos Répteis, O Lago das Sanguessugas e Serraria Baixo Astral. O grande destaque sempre foram as crianças e na série elas estão muito bem interpretadas criando o apego e comoção necessária para esse tipo de série. O vilão Conde Olaf desta vez é interpretado pelo ator Neil Patrick Harris (How I Met Your Mother) de boa execução nas histórias e roubando a cena com seu experiente talento em comédia. Constantemente somos lembrados "Você não deve assistir esta série" isso porquê não é uma história infantil comum, inclusive é bastante trágica e isso explica um pouco o tom caricato das interpretações aliviando um pouco a dureza que os órfãos Baudelaire passam diante os acontecimentos. O mais interessante é que o experiente diretor Barry Sonnenfeld (A Familia Adams e MIB) assim como os outros diretores, são três no total, conseguem mesmo em uma história infantil dosar a comédia e o suspense de uma forma muito prazerosa de se assistir, gerando aquela vontade de continuar vendo os episódios. A fotografia lembra muito os filmes de Wes Anderson, cores e formas que impressionam e ao mesmo tempo pode chocar pela execução simples e até mal feita. Com elementos marcantes, difícil não se empolgar com as crianças principalmente o bebê Sunny que emite os sons de bebê mais fofos do mundo e são traduzidos de forma magistral além dos disfarces de Conde Olaf que passam longe de enganar as crianças e são extremamente divertidos. Outro destaque vai para o narrador (Lemony Snicket) que desta vez está muito mais presente e consegue muito bem estimular nossa curiosidade. Um ótimo começo e que venha a Temporada 2.



quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

CINEMA - LA LA LAND - CANTANDO ESTAÇÕES


SINOPSE: O pianista Sebastian conhece a atriz iniciante Mia e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso.

MEU HYPE: FORTE - #####

Ufa, depois de tanta espera finalmente chega ao Brasil o filme mais comentado, elogiado, premiado e Hypado de 2016. E acredite, todo esse esse fuzuê é muito, mas muito merecido. Brilhante do começo ao fim, bem executado, vibrante, emocionante, tudo isso equilibrado corretamente de forma impressionante. Claro que por ser um musical o destaque vem da trilha sonora que complementa o roteiro e nos presenteia com os números musicais mais belos que se podem ser feitos na atualidade, destaque para a bela canção que move toda trama do filme "City of Stars". Méritos também de Emma Stone e Ryan Goslin que nem deixam espaço para coadjuvantes pois brilham sejam nos números musicais ou nas cenas mais dramáticas. O número musical da canção "A Lovely Night" sem dúvidas será lembrado como uma das cenas mais marcantes do cinema atual. Aliás a beleza do filme é contar uma história contemporânea sem deixar o saudosismo de lado, a todo momento seja com imagens ou apenas cenários nos remetem a grandes clássicos do cinema. Passado e Presente constantemente juntos e um futuro que para ser construido depende de todas decisões que serão tomadas e elas nunca são fáceis e definem nossa história. O diretor Damien Chazelle, jovem de 31 anos mostra vigor e ao mesmo tempo uma maturidade de entender que se pode fazer um filme atual sem jamais esquecer o passado e suas fontes de inspirações. Os números musicais são espetaculares com destaque a abertura muito bem filmada e coreografada que inclusive foi fonte de inspiração para a abertura da cerimônia de premiação do Globo de Ouro deste ano, este que La La Land concorreu a sete prêmios e ganhou todos. Que venha muitos outros prêmios como o Bafta, o Oscar mas o maior prêmio que filme pode ganhar é nosso coração e a certeza que marcará uma geração como tantos outros clássicos do cinema. Cante seus sonhos, viva um musical e toda essa essência bela e pura. Ame, seja feliz enquanto pode os sentimentos não morrem mas as direções podem mudar.



domingo, 8 de janeiro de 2017

CINEMA - MOANA


SINOPSE: Uma jovem decide velejar através do Oceano Pacífico, com a ajuda de um semi-deus, em uma viagem que pode mudar a vida de todos.

MEU HYPE: MÉDIO ###


Finalmente chega ao Brasil a comentada animação da Disney Studios, Moana. Após o sucesso exorbitante de Zootopia no inicio de 2016, tanto a crítica quanto ao público aguardava ansiosamente a nova princesa Disney "Fora dos padrões". E o resultado é bom mas longe do "padrão excelente" estabelecido por Zootopia que trouxe uma roupagem moderna, inclusive muito usada pela Pixar Studios de ser atrativo para as crianças e ao mesmo tempo ter uma mensagem equivalente ao que é mostrado em tela. Moana tem muitas falhas que até atrapalham o andamento do desenho, em alguns momentos parece que não flui e fica preso no mesmo ponto de partida, em resumo, parece como andar em círculos. O destaque é a linda música tema "How Far I'II go"que é repetida a exaustão, talvez até com intuito de fabricar um novo Hit como "Let it go" do sucesso Frozen. O desenho é intenso e não dá tempo para se apegar aos personagens, o porquinho que aparece no poster por exemplo podia ter um espaço maior e o alivio cômico acaba sendo o Galo de estimação de Moana, talvez um dos melhores personagens coadjuvantes de desenhos da Disney. A história é boa mas chega a ser irritante de tão repetitiva mesmo com a ousadia de não ter um "príncipe" ou mesmo com o tom feminista contado de forma sutil. Muito carisma e emoção e o desenho beira a perfeição de bem feito em todos os detalhes. Faltou substância e momentos memoráveis, praticamente todos números musicais são repetitivos e pouco atraentes e toda essa fofura padrão Disney não é nenhuma novidade mas indica que é hora de buscar outros meios de cativar o público. Destaque para o curta "Trabalho Interno" que abre o desenho, lindo!