quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

MATRIX RESURRECTIONS (2021) de "Lana Wachowski"

 

"Novo Matrix busca novos caminhos e se perde em um rumo sem brilho"

      O primeiro Matrix foi lançado no final da década de 90 e revolucionou a indústria Hollywoodiana com efeitos especiais inovadores e com bastante filosofia em sua história, o filme estremeceu a cultura pop da época ao mostrar uma realidade onde poderíamos ser manipulados pelas máquinas, isso deixou de ser algo do futuro e se provou uma grande realidade nos dias de hoje. Tanto tempo depois o desafio de trazer esse universo de volta tentar ser relevante para os tempos atuais. Infelizmente a trajetória de Matrix já se mostra problemática dentro de sua trilogia clássica, Matrix Revolutions que fechou a trilogia não foi unânime, deixou tudo muito confuso e não passou nem perto do original. A nova produção entra na onda recente de Hollywood em reciclar franquias antigas, seja através de sequências, de remakes ou de reboots. Sem qualquer elemento "fenomenal" que justifique sua existência a produção não se conecta visualmente com a trilogia original visto que a fotografia é bastante diferente e inferior ao que já foi feito e sobra aos flashbacks tentar tal conexão com a trilogia original. O filtro esverdeado que marcou a simbologia original dá espaço para um tom azulado meio cafona. O filme surge com uma narrativa cômica e uma escala bem mais intimista que os filmes anteriores, até devido a pandemia do Covid-19 que afetou sua pós produção. Ainda que a história traga boas discussões, o uso de uma metalinguagem esquisita não funciona como deveria e representa alguns erros nas escolhas que fazem a experiência ser inferior as expectativas.


Ao final de Matrix Revolutions, Neo acaba morrendo para salvar a humanidade e dar fim à guerra contra as máquinas. Logo, o novo filme da franquia se passa alguns anos após os eventos conclusivos do terceiro longa. Para descobrir se sua realidade é uma construção física ou mental, o Sr. Anderson, também conhecido como Neo, terá que escolher seguir o coelho branco mais uma vez. Se ele aprendeu alguma coisa, é que a escolha, embora seja uma ilusão, ainda é a única maneira de sair - ou entrar - na Matrix. Neo já sabe o que deve fazer, mas o que ainda não sabe é que a Matrix está mais forte, mais segura e muito mais perigosa do que nunca. Keanu Reeves retorna ao papel de Neo e Carrie-Anne Moss assume novamente o papel de Trinity. As novidades incluem Yahya Abdul-Mateen II, como Morpheus, Neil Patrick Harris, de How I Met Your Mother e diversos atores de Sense 8, série da Netflix criada pelas irmãs Wachowski. Quase 20 anos depois do terceiro filme, a diretora Lana Wachowski retorna para a Matrix. O motivo por trás dessa volta à franquia está ligado a uma tragédia pessoal dela. Lana revelou que o filme foi inspirado por três perdas na vida dela, do pai, de um amigo e da mãe dela. Com isso, a mente da diretora voltou-se à Matrix. Ainda que o relato de Lana faça sentido o filme mostra outras nuances desse retorno da franquia.


Nos primeiros 45 minutos ou mais, Matrix Resurrections segue com uma metalinguagem onde Neo confunde as linhas que separam a realidade, a ficção e os sonhos. Essa dimensão pode até ser aprimorada mas quando a história começa, Neo (Reeves) está mais uma vez vivendo a vida inútil e sem alma de “Thomas Anderson”, tendo sido conectado de volta à simulação algum tempo depois dos eventos de RevolutionsNeste programa específico, Thomas Anderson é um desenvolvedor de jogos de renome mundial, aclamado por seu trabalho visionário em uma trilogia de videogames. Presumindo que teve um surto psicótico depois de completar a trilogia Matrix, Thomas toma seus comprimidos azuis todas as manhãs e visita um terapeuta (Neil Patrick Harris), que explica que às vezes os criativos ficam tão imersos em seu trabalho e que perdem a capacidade para discernir a imaginação da memória. Então, o parceiro de negócios de Anderson, Smith (Jonathan Groff), o chama em seu escritório e anuncia que “ a controladora do negócio, Warner Bros. decidiu fazer uma sequência de Matrix. Assim começa a jornada mais gratificante do filme, quando Wachowski coloca todo o seu ressentimento sobre a existência de Matrix Resurrections. Lana e sua irmã Lilly declararam várias vezes que não tinham interesse em continuar Matrix como uma série de filmes. Resurrections se mostra que a única razão pela qual Lana voltou para um quarto filme foi porque a Warner Bros. o teria feito com ou sem sua participação. Matrix Resurrections é um compromisso calculado e nem sempre divertido. Falha na encenação da ação com coreografias menos legíveis e um olhar minimalista ao seu universo e pode ser um sinal de esperança. Uma esperança confusa e vulnerável, que ainda deve cativar algumas pessoas mas em sua totalidade deixa de ser atrativo como deveria. GENÉRICO.


O filme entra em cartaz exclusivamente nos cinemas hoje 22/12! Em breve no HBO MAX.

O Meu Hype conferiu o filme em sua sessão de imprensa realizado pela Warner Bros. e Espaço Z.

Hype: REGULAR / BOM (🌟🌟🌟) (Nota: 6,0)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

AMOR SUBLIME AMOR (2021) "West Side Story" de "Steven Spielberg"


 Revisitação da história por Spielberg é impecável em quase todos aspectos ainda que seja um programa direcionado a amantes de musicais.

        AMOR, SUBLIME AMOR é uma adaptação cinematográfica de um musical da Broadway baseado em "Romeu e Julieta" e explora as consequências de um amor avassalador e proibido entre jovens representantes de gangues inimigas, os brancos (Jets) e os porto-riquenhos (Sharks), na Nova York da década de 1950. A história já ganhou vida nos cinemas no filme 1961 dirigido por Jerome Robbins e Robert Wise, exaltado na época do lançamento, o filme ganhou dez Oscars em 1962, incluindo o de Melhor Filme e se tornou um clássico do cinema. Esse tipo de projeto de atualizar obras definitivas sempre é muito questionável, ainda que Amor Sublime Amor encontre-se meio datado para essa geração atual, nesse ponto é bem-vinda diferença na retratação da comunidade latina por Spielberg abandonando os estereótipos e com uma rotina mais presente e viva na tela, o bairro de imigrantes ganha contornos mais reais. Muito ajuda também a escalação de um elenco realmente latino para os papéis necessários, alguns outros detalhes obviamente seriam uma missão bastante complicada e objeto de comparações. Mesmo com as mudanças necessárias, alguns expectadores ainda devem ter dificuldades para engolir a paixão avassaladora de poucas horas entre o casal de protagonistas e momentos clássicos para uma geração pouco  acostumada a passos de balé e ao ritmo do jazz. Com mais de duas horas e meia, "Amor, sublime amor" não é um exatamente um filme fácil para quem não está acostumado às grandes montagens da Broadway.



      Dirigida pelo vencedor do Oscar,  Steven Spielberg, a partir de um roteiro do vencedor do prêmio Pulitzer e de um Tony, Tony Kushner e adaptado de um musical da Broadway, Amor, Sublime Amor, conta a clássica história de rivalidade e amor juvenil na cidade de Nova York em 1957. As gangues Jets, estadunidenses brancos, e os Sharks, descendentes e/ou porto-riquenhos, são rivais que tentam controlar o bairro de Upper West Side. Maria (Rachel Zegler) acaba de chegar à cidade para seu casamento arranjado com Chino (Josh Andrés Rivera), algo ao qual ela não está muito animada. Quando em uma festa a jovem se apaixona por Tony (Ansel Elgort), ela precisará enfrentar um grande problema, pois ambos fazem parte de gangues rivais; Maria dos Sharks e Tony dos Jets. Nesta história inspirada por Romeu e Julieta, os dois pombinhos precisarão enfrentar a tudo e todos se quiserem celebrar este romance proibido. A nova adaptação do cativante musical ainda é protagonizada por: Ariana DeBose (Anita), David Alvarez (Bernardo), Mike Faist (Riff), Ana Isabelle (Rosalía), Corey Stoll (Tenente Schrank), Brian d’Arcy James (Oficial Krupke) e Rita Moreno (como Valentina, a dona da loja da esquina onde Tony trabalha).


        A nova versão não é perfeita. A partir do relacionamento complicado entre o casal de protagonistas, ainda há personagens menos interessantes da trama, o enredo está mais interessado em explorar as complexidades da rivalidade desnecessária entre os grupos marginalizados jogados uns contra os outros por aqueles que detém o poder. O caráter histórico respeitado por Spielberg corre poucos riscos dentro da complexidade dos assuntos atuais de nossa sociedade. Algo positivo são as nuances do novo elenco, mais dinâmico, sendo brilhantemente fotografado com um  visual deslumbrante. Nesse sentido, é possível dizer que a nova versão supera em muito a original, com seu olhar mais delicado e distanciado pelo tempo e pelas convenções sociais atuais, sobre as delicadas dinâmicas da época. Ainda assim falta uma firmeza consistente no discurso da real rivalidade das gangues e de todo propósito da guerra entre os personagens. Assistir a nova versão da emblemática história de amor musical, 60 anos após a estreia da versão original se torna uma experiência muito interessante e cinematográfica. Steven Spielberg se sai bem ao deixar sua zona de conforto e enfrentar, pela primeira vez, o desafio de produzir e dirigir um musical. Esta revitalização é pouco atualizada, o filme reproduz o ambiente original do período com impressionantes manipulações digitais de Nova York do final dos anos 50, cujos detalhes autênticos coexistem com uma teatralidade descarada. Falta um pouco de Cultura Pop e as músicas são adultas demais, pode se tornar cansativo e não muito divertido em alguns momentos, ainda assim é um espetáculo muito recomendado para qualquer fã de musical. VÍVIDO E LINDO.


O filme entra em cartaz exclusivamente nos cinemas hoje 09/12!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Disney e Espaço Z

Hype: MUITO BOM (🌟🌟🌟🌟) (Nota: 8,0)



quinta-feira, 18 de novembro de 2021

GHOSTBUSTERS - MAIS ALÉM (2021) "Ghostbusters - Afterlife" de "Jason Reitman"


"Novo filme aposta na nostalgia para o renascimento, o resultado é bem empolgante"

       O novo Ghostbusters realmente parece ser uma mudança de direção exigida pelo estúdio para apaziguar uma minoria de "haters", rabugentos e queixosos que se sentiram mal com os caminhos do filme anterior de 2016 onde os caça fantasmas originais foram substituídos por mulheres. O filme mesmo divertido foi um fracasso com os fãs da franquia. Ao contrário do filme anterior focado na comédia, este é feito com atenção aos detalhes, abusa da nostalgia, apresenta novos e interessantes personagens e ainda consegue entreter na maior parte e do tempo. O diretor Jason Reitman corajosamente assume o lugar de seu pai, Ivan Reitman e faz o possível para levar a franquia em uma direção divertida. Embora esteja longe da sua filmografia "séria" com obras como TullyJuno ou Jovens Adultos, o cineasta mostra um talento e sustentação para um grande orçamento. Ele sabe como fundamentar seus personagens no mundo real, tornando-os muito mais intrigantes do que se espera. O suporte de Ivan Reitman e Gil Kenan na produção amadurecem consideravelmente a mitologia propositalmente tola idealizada por  Dan Aykroyd e Ramis há quase quatro décadas, dando a essa nova história um peso emocional perceptível. 


        Na trama, depois de serem despejados de sua casa, dois filhos e sua mãe solteira se mudaram para uma fazenda em Summerville, Oklahoma, herdada de seu falecido avô. Quando a cidade experimenta uma série de terremotos inexplicáveis, as crianças descobrem um vínculo de sua família com os Caça-Fantasmas originais, que se tornaram um mito, já que muitos se esqueceram dos eventos do "Manhattan Crossrop de 1984" e do legado secreto que seu avô deixou para trás. No entanto, a misteriosa morte do avô desperta a curiosidade e não demora muito para que a família investigue as esquisitas pistas e descubra que os fantasmas estão de volta para assombrar a população. O novo elenco de "Mais Além" dá um frescor à franquia, que agora conta com Paul Rudd (Homem-Formiga), Finn Wolfhard (Stranger Things), Carrie Coon (The Sinner) e Mckenna Grace (Capitã Marvel). No entanto, o filme usa e abusa da nostalgia do público, trazendo os quatro grandes Caça-Fantasmas para as telonas de novo.


      Mesmo com todas as alusões aos filmes anteriores, a primeira metade desta sequência é bem única com destaque a Grace e Wolfhard, O'Connor e Kim oferecem um apoio sólido. Coon também tem vários momentos fortes preparando muito bem a atmosfera do filme. O novo Ghostbusters possui uma atmosfera muito mais sombria e assustadora que os outros filmes, com efeitos visuais e sonoros bastante atrativos. O novo enredo faz conexão com um dos personagens da franquia original. Conhecemos a família do Caça-Fantasma Egon Spengler, que acabou de falecer, deixando uma casa abandonada repleta de mistérios para trás numa cidadezinha e com muitos mistérios a serem revelados. Os personagens novos agregam bastante e as participações especiais dos atores originais e alguns outros elementos que surgem servindo como uma ótima homenagem a franquia. A experiência é emocionante para os fãs dos Caça-Fantasmas e divertida para quem for ao cinema sem ter assistido a um filme sequer. VALE O INGRESSO!


O filme estreia exclusivamente nos cinemas nesta Quinta-feira 18/11!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Sony e Espaço Z

Hype: BOM (🌟🌟🌟) (Nota: 7,5)

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

ETERNOS (2021) "Eternals" de "Chloé Zhao"

"Inovando em sua franquia de super-heróis, Marvel Studios investe na ambição construindo drama épico interessante"

     A Marvel Studios permanece interessada em mudar completamente o tom de sua nova fase, desta vez investe no drama, na inclusão da diversidade e na profundidade dos personagens se afastando do tom agridoce e juvenil do que geralmente se espera de um filme do estúdio. Eternos adiciona a seu universo cinematográfico um time com dez novos heróis criados por um dos maiores nomes das HQs, Jack Kirby nos anos 70. Com publicações intermitentes ao longo dos anos, sua existência é interligada com a mitologia inteira dos quadrinhos da editora, mas os personagens tiveram poucos papéis de destaque na linha do tempo principal. Uma exceção é Thanos, que acabou virando um dos principais vilões das HQs e dos cinemas. Sem questionar a relevância ou popularidade do grupo, ainda é uma incógnita algumas decisões tomadas  sobre o filme, uma delas e a escolha surpreendente da diretora Chloé Zhao (Nomadland), minimalista e extremamente talentosa em dramas, a repercussão da escolha gerou a pressão em entregar um filme com um "algo mais" deixando uma sensação pouco confortável em toda atmosfera. Talvez seja o filme menos divertido da Marvel mas nem por isso o pior. Outro grande problema é a longa duração  de 2h37 e ainda duas cenas pós créditos. A metragem de Eternos e também do primeiro filme dessa fase, Shang Chi, os tornam cansativos e pecam pela falta de uma edição ágil. Eternos é visualmente lindo e impecável, o elenco dentro das expectativas e ainda que seja imperfeito nas ambições e concepções, apresenta um rumo totalmente novo e válido para a Marvel.


    Os Eternos são formados por Sersi (
Gemma Chan), Ikaris (Richard Madden), Giglamesh (Don Lee), Duende (Lia McHugh), Phastos (Brian Tyree Henry), Kingo (Kumail Nanjiani), Thena (Angelina Jolie), Makkari (Lauren Ridloff), Druig (Barry Keoghan) e a líder do grupo, Ajak (Selma Hayek), eles são uma raça de seres quase divinos criados por deuses cósmicos gigantescos, os Celestiais. Eles foram enviados à Terra para proteger os humanos de uma espécie destruidora, os Deviantes. No filme acompanhamos flashbacks com os feitos dos Eternos na antiga Mesopotâmia, Babilônia e outros locais de significância histórica, o filme abraça a ideia de questões filosóficas, de debates pessoais com consequências para toda a sociedade. As decisões destes seres têm grande peso para os humanos em cenas nos quais debatem seus feitos e a natureza da humanidade. Na verdade, por meio da visão de Chloe Zhao e do incrível conjunto, podemos nos conectar e ver a história e os relacionamentos de todos. Isso pode fazer o filme parecer um pouco lento às vezes porque leva a muita exposição, especialmente no início.


  Os Eternos tem uma história linda e convincente sobre a complexidade, vulnerabilidade e a força da humanidade, enquanto desafia os limites da moralidade. O excesso de exposição ainda que cansativa é necessária para estabelecer a base. Zhao e a equipe de roteiristas receberam uma história bastante difícil de contar e eles enfrentaram esse desafio com coragem. Apesar de todas as escolhas incidentais que parecem prometer que a Marvel encontrou a ousadia necessária para quebrar o molde do Blockbuster padrão, o filme de Zhao ainda se rende a fórmula e confunde um pouco o expectador. Na prática, ainda significa várias horas assistindo heróis salvando o mundo, enquanto diferenças filosóficas surgem em uma batalha real que se torna "sem peso" enquanto a própria civilização está em risco, com o filme a Marvel ilustra de forma eficaz por que mesmo os cineastas mais independentes são impotentes para desenvolver algo novo em um modelo de franquia que ainda atende a massa. Eternos é um texto denso e pesado de fantasia que pede ao público para se desprender de uma logística instaurada no modelo dos filmes anteriores, isso pode abrir sim portas para a reinvenção da Marvel ainda que seja muito difícil caso o seu público alvo não permita essa desconstrução. Não é o pior e nem o melhor filme do estúdio. ESTRANHO NO NINHO.


O filme estreia exclusivamente nos cinemas nesta Quinta-feira 04/11 e terá sessões de pré-estréia nesta Quarta-feira 03/11!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Disney e Espaço Z!

Hype: BOM (🌟🌟🌟) (Nota: 7,0)

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

VENOM - TEMPO DE CARNIFICINA (2021) "Venom - Let There Be Carnage" de "Andy Serkis"

"Novo filme do Venom reforça o desgaste das produções adaptadas de HQ"s, repetindo fórmulas e abusando da falta de senso"

       O primeiro filme da franquia Venom foi uma das produções de maior bilheteria dos últimos anos apesar das críticas negativas da imprensa especializada, o projeto encerrou sua jornada nos cinemas com o acúmulo de US$ 856,1 milhões. Uma renda invejável para um primeiro filme de um personagem específico do universo do herói Homem Aranha, de propriedade da Sony Pictures. Era questão de tempo para surgir uma sequência, independente da sua real necessidade. Venom - Tempo de Carnificina tenta repetir ou superar o feito do primeiro filme com uma simplicidade preguiçosa além de uma terrível falta de originalidade. Todos os clichês do gênero estão presentes e tudo parece feito mesmo para irritar quem espera algo mais. Os realizadores se arriscam para a comédia não intencional na interação entre Eddie Brock e “Venom”, o resultado em vários momentos chega a ser constrangedor e bagunçado. O filme é tão apaixonado por seu próprio mau gosto que fica voltando às mesmas piadas indefinidamente. Há uma piada recorrente sobre galinhas e outra envolvendo uma balconista de uma loja de conveniência que são usadas a exaustão. Fora isso, os efeitos visuais são bons ainda que sejam limitados, o vilão é legal, o clímax funciona e os créditos finais podem ser um gás necessário ao personagem tentando alcançar algo novo além da mediocridade.


     Inspirado nos quadrinhos do Homem-Aranha, a trama acompanha a evolução do relacionamento entre Eddie Brock (Tom Hardy) e Venom. O jornalista investigativo ainda está lutando com o conhecimento que ele tem de um alienígena demoníaco comedor de humanos vivendo dentro dele. Eddie geralmente pode controlar Venom, decidindo quando ele pode aparecer fora do corpo. No entanto, quando o simbionte fica com muita fome ou muito zangado (o que acontece muito), ele pode agir por sua própria vontade, o que geralmente envolve a destruição de coisas ou pessoas. Nesse meio tempo Eddie está fazendo uma história sobre Cletus Kasady (interpretado por Woody Harrelson), um serial killer condenado que aguarda sua sentença enquanto está na prisão. Os policiais acham que Cletus matou mais pessoas do que foi provado no tribunal e querem que Cletus diga onde estão os corpos antes de ser condenado. Em uma das entrevistas Cletus morde Eddie com força suficiente para tirar sangue. Cletus imediatamente percebe que o sangue de Eddie não tem gosto completamente humano. Cletus foi infectado com o mesmo DNA de Venom surgindo um alienígena demoníaco vermelho dentro dele. Essa criatura se tornará o Carnificina. O filme ainda passa alguns momentos mostrando o desenrolar da vida amorosa de Eddie com Anne Weying (interpretada por Michelle Williams) e depois é praticamente a luta final entre Venom e Carnificina.


      A boa notícia é que “Venom: Tempo de Carnificina” não é tão desigual quanto seu antecessor de 2018. Ele se desenrola exatamente como você espera, porque faz exatamente o que muitos outros filmes já fizeram em seu arco principal. O ritmo não se arrasta como no primeiro filme, mas também não há suspense real, a sensação de já ter visto esse filme antes é a pura representação da falta de novidade. Venom não tem uma história interessante a ser contada e acompanhamos um desenrolar pobre digno de um episódio piloto de uma série ruim de herói. É por essa baixa qualidade que a franquia de filmes Venom presta um desserviço aos outros filmes baseados na Marvel Comics. Certamente, de todos os personagens da Marvel destinados a ter sua própria série de filmes, ninguém esperava que Venom se tornasse o mais rentável e excêntrico do grupo. Embora possa não funcionar para todos os fãs de quadrinhos, os 97 minutos de Venom - Tempo de Carnificina não demora a passar. Venom aparece muito em tela e Carnificina também. Quem se aventurar em ver o filme devem aproveitar as batalhas entre os personagens favoritos e nada mais. BOBO E PREVISÍVEL.


 O filme estreia Exclusivamente nos cinemas nesta Quinta-feira 07/10 e terá sessões de pré-estreia nesta Quarta-feira 06/10!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Sony Pictures e Espaço Z

Hype: REGULAR (🌟🌟) - (Nota: 5,5)


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

007 - SEM TEMPO PARA MORRER (2021) "No Time to Die" de "Cary Joji Fukunaga"

                                       

"Conclusão da era Daniel Craig como 007  tem bons momentos e abre espaço para novos caminhos"

        Os filmes de James Bond são uma das mais antigas e populares franquias da história do cinema, chegando ao seu vigésimo quinto filme e ainda muito relevante e popular. O último filme, “007 Contra Spectre” foi um sucesso global de bilheteria e o anterior “007 – Operação Skyfall” arrecadou mais de 1 bilhão de dólares em escala mundial, sendo o primeiro filme de Bond a atingir essa marca. O sucesso de James Bond se tornou cobiça dos principais estúdios de cinema, a MGM, que possui os direitos do personagem vive processo de venda para a Amazon Studios em um negócio milionário, essa provavelmente será a próxima casa de Bond no futuro. "Sem Tempo Para Morrer" ou carinhosamente apelidado de Bond 25 é notícia desde 2019 e esbarrou na Pandemia do Covid-19 com vários adiamentos e incertezas sobre seu lançamento nos cinemas. A Netflix tentou lançar o filme com exclusividade direto no streaming com cifras milionárias mas sem sucesso. O longa marca o retorno de Daniel Craig ao papel do icônico personagem James Bond, de Ian Fleming – pela quinta e última vez. O filme carrega esse papel de fim de ciclo e acabou virando um dos principais problemas também. São quase 2h45 de duração, entre apresentações e o clímax final, a despedida de Craig é ofuscada por uma trama bem amarrada porém acomodada,  já preparando terreno para uma revitalização de uma estrutura que já mostra cansaço.


    No filme, Bond está desfrutando de uma vida tranquila na Jamaica, depois de ter deixado o serviço ativo. Contudo, sua paz dura pouco já que um antigo amigo da CIA, Felix Leiter, surge pedindo ajuda. Sua nova missão é resgatar um cientista raptado, mas tudo indica que a tarefa será mais perigosa do que o esperado, o que levará Bond à uma trilha misteriosa por um vilão altamente armado com uma nova e perigosa tecnologia. No elenco além de Daniel Craig, tem o retorno de Ralph Fiennes, Christoph Waltz, Naomie Harris, Rory Kinnear, Léa Seydoux, Ben Whishaw e Jeffrey Wright. Como novidades surge Ana de Armas, Dali Benssalah, David Dencik, Lashana Lynch, Billy Magnussen e Rami Malek. Toda estrutura da franquia 007 continua presente, abertura frenética e enigmática, apresentação da música tema, desta vez a cargo da cantora teen Billie Eilish, belos cenários, cenas de ação eletrizantes, muito charme e um vilão principal bastante ameaçador interpretado por Rami Malek. Tudo no seu devido lugar e tentando correr riscos para apresentar algo diferente. 


      O problema de Sem Tempo para Morrer é que, tanto tematicamente quanto estruturalmente, é quase o mesmo visto em Skyfall. Portanto, os riscos são visíveis a quilômetros de distância e infelizmente, não é muito surpreendente. Alguns aspectos também incomodam como excesso de personagens secundários que pouco são amarrados com dignidade. Félix Leiter (Jeffrey Wright) da CIA, não visto desde Quantum of Solace, aparece rapidamente e sua relação histórica com Bond não é aproveitada de forma suficiente. Novos personagens são igualmente marginalizados, Ana de Armas como Paloma, Billy Magnussen como Ash e Lashana Lynch como o novo 007, Nomi. Todos superficiais e explícitos como coadjuvantes. O foco quase todo é em James Bond, isso não é nada ruim de início, porém vai perdendo força ao longo da trama. Mesmo enquanto dá passos ousados ​​em direção ao futuro, Daniel Craig como 007 e Sem Tempo para Morrer parece uma mistura frustrante dos filmes que vieram antes dele. Funciona em um nível básico, passivamente divertido o suficiente no momento, mas esquecível no final. Agora é esperar os próximos passos da franquia sem Craig e após quase 15 anos à frente do papel, a despedida de fato só causa um sentimento agridoce e nada mais. O FIM NÃO TEM FIM!


O filme estreia exclusivamente nos cinemas HOJE, Quinta-feira 30/09!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Warner Bros (Distribuição no Brasil), Universal e Espaço Z!
 
Hype: BOM (🌟🌟🌟) (Nota: 7,5)


quinta-feira, 9 de setembro de 2021

MALIGNO (2021) "Malignant" de "James Wan"

                                     

"James Wan cria algo novo e também familiar ao transitar em referências do cinema de horror das décadas de 80 e 90"

O cineasta James Wan é considerado um dos mais criativos do seu tempo, com diversos sucessos de bilheteria em sua carreira, como Aquaman, Velozes e Furiosos 7 e a franquia Invocação do Mal. Wan faz parte de um seleto grupo de diretores de Hollywood que ultrapassaram a marca de US$ 1 bilhão de dólares nas bilheterias mundiais. Dessa vez ele retorna às raízes de produções independentes, James Wan apresenta um thriller de terror gótico, brutal e exagerado dentro do estilo peculiar do cinema de horror. Estrelado por um elenco quase desconhecido mas nem por isso ineficiente, o cineasta gosta de manter em sua equipe de parceiros em seus projetos, como o diretor de fotografia Don Burgess e o editor Kirk Morri, a designer de produção Desma Murphy e a figurinista Lisa Norcia, todos profissionais envolvidos nas últimas produções de Wan. Destaque também para a trilha sonora de Joseph Bishara, compositor de todos os sete filmes do universo Invocação do Mal. O resultado dessa parceria entrega um filme que se divide em duas partes, a primeira um pouco morna e típica daqueles filmes da onda "Trash" dos anos 80, que precisavam encher o tempo de tela subestimando o expectador com pouco a oferecer. A segunda metade do filme entrega tudo de forma frenética, bizarra e recheada de reviravoltas. Se a intenção do diretor era fugir do caminho comum que permeia o cinema mainstream de terror, ele consegue êxito em se desprender de tudo e entregar todas as loucuras da sua mente.


O filme começa em um hospital psiquiátrico de aparência apropriadamente fantasmagórica, precariamente situado na beira de um penhasco castigado pela tempestade. Lá dentro, uma médica exasperada declara que seu tratamento de um paciente invisível falhou e é “hora de cortar o câncer”. Em seguida, pulamos para os dias atuais, onde nossa heroína grávida, Madison (Annabelle Wallis), é submetida a alguns abusos domésticos desagradáveis ​​que a deixam com um ferimento na cabeça. Isso é seguido por uma invasão na casa onde eles moram, na qual seu marido é brutalmente assassinado e Madison hospitalizada, tendo sofrido um aborto espontâneo, apenas seu último em uma série de gestações malsucedidas. Após sua libertação, Madison começa a ter visões horríveis, testemunhando uma série de assassinatos violentos perpetrados pela mesma figura macabra que a atacou em sua casa. Tudo indica que os crimes foram cometidos por seu amigo imaginário de infância, conhecido como Gabriel. Os policiais suspeitam que Madison está desequilibrada, enquanto ela confessa à irmã (Maddie Hasson) que um espírito malévolo está se comunicando com ela e pode de alguma forma estar conectado a memórias reprimidas de sua infância misteriosa e seja a causa dos assassinatos. O elenco ainda conta com Maddie HassonMckenna GraceJake AbelGeorge YoungIngrid BisuMichole Briana White e Jacqueline McKenzie


Baseando-se em temas tão abrangentes como sonhos lúcidos, traumas de infância e espíritos malévolos, o terror de Maligno logo irá se afastar da temática sobrenatural vendida nos trailers e dará lugar a uma trama de investigação e suspense, aos moldes do subgênero Giallo, que surgiram na Itália e serviram de modelo para slashers famosos como Pânico e Halloween. A trama transita no mistério e há poucos sustos, apesar de Wan nos deslumbrar com imagens oníricas e sangrentas. O problema da falta de ritmo inicial é posto de lado, no entanto, quando finalmente se revela a verdade deliciosamente macabra da história. O que se segue é um clímax frenético e respingado de sangue de ação e violência, impulsionado por uma revelação ridiculamente audaciosa. Pode-se argumentar que Wan espera muito tempo antes de mostrar sua mão e Maligno certamente poderia se beneficiar perdendo sua acumulação excessiva de introduções. A segurança de Wan entrega um clímax desafiador e demente, executado com comprometimento com tudo que foi construído com exaustão na primeira metade. O que realmente prevalece é uma história que, dentro de suas abordagens malucas, está perfeitamente montada e é capaz de oferecer cenas memoráveis e reconfortantes para os fãs de terror. INSTIGANTE!


O filme estreia exclusivamente nos cinemas HOJE, Quinta-feira 09/09! Em breve no HBO Max!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Warner.Bros e Espaço Z

Hype: BOM (🌟🌟🌟) (Nota: 7,0)

terça-feira, 17 de agosto de 2021

FREE GUY - ASSUMINDO O CONTROLE (2021) "Free Guy" de "Shawn Levy"

 

"Uma história edificante sobre pessoas artificiais descobrindo sua humanidade em um conceito moderno, com leveza e diversão na medida certa"

     A história de Free Guy é inteiramente inspirada no mundo dos videogames, partindo da premissa de que um NPC (nome dado a um personagem coadjuvante e não jogável) toma consciência de sua condição em um mundo artificial e, a partir disso, inicia uma revolução. Guy mescla sua personalidade divertida, irônica e de cara legal entregando uma brincadeira de ação com cara de videogame, que não chega a ser sútil, vira uma sátira direta as grandes  corporações e uma comédia romântica bobinha e sincera que encanta, ainda que, não apresente nada de extremamente novo. Combinando elementos que vai de Uma Aventura Lego até O Show de Truman, a trama se passa em um jogo de mundo aberto no estilo Grand Theft Auto, grande sucesso do gênero, Free Guy é o mais recente veículo cinematográfico a contar fortemente com os truques da estrela Ryan Reynolds, que também atua como produtor. Ele faz seu trabalho de uma forma agradável, com diálogos inteligentes e ajuda de um elenco de apoio carismático com Jodie Comer e Taika Waititi.


         Na história, Guy é um caixa de banco solitário que vê sua vida mudar ao descobrir que é, na verdade, um personagem secundário em um game chamado 
Free City. Dentro dele, Guy procura uma forma de ser mais importante nessa realidade e conquistar espaço para fazer suas próprias escolhas e fugir de sua vida rotineira alimentando seu peixe dourado e trabalhando no banco. No começo do filme, Guy é uma grande metáfora da vida da maior parte das pessoas do mundo real, que vivem presas a uma rotina muitas vezes tediosa sem se perguntar se existe mais para si. Mas no caso de Guy, ele é um personagem não jogável programado para repetir sempre as mesmas coisas. Essa normativa da vida de Guy era o que os programadores da desenvolvedora fictícia Soonami acreditavam. Guy é um cara romântico e sempre buscou uma mulher idealizada. Sua vida vira de cabeça para baixo ao descobrir que ela na verdade existe quando conhece Molotov Girl (Jodi Comer), uma jogadora determinada a encontrar provas de que Free City usou como base códigos roubados de um game que ela havia criado. Buscando se aproximar dela, Guy decide sair do script e acaba descobrindo que há mais na vida e que sua cidade, que é na verdade um jogo. Guy é o primeiro a quebrar essa barreira e isso é o ponto de partida para a trama decolar.


    Algo importante é que não necessário ser um jogador de videogame para apreciar totalmente a comédia de aventura, ainda que, isso é um ponto muito central do filme para entender as piadas e conexões. Os amantes de games ganham uma abundância de "fan-service escondidos por toda parte e visualmente o filme é bastante atraente e semelhança com filmes como Detona Ralph "Quebrando a Internet" e Jogador Número 1Free Guy tem alguns pequenos problemas, é um pouco longo demais para sustentar a trama, Reynolds praticamente segura o filme por quase 2 horas de duração e cansa um pouco. Mesmo que consiga transitar bem entre o público jovem, o filme acaba não adequado para crianças devido a uma linguagem forte e isso pode desagradar famílias desavisadas. O vilão interpretado por Taika Waititi é tão incrivelmente exagerado que beira o ridículo. Felizmente esses detalhes não atrapalham a experiência, o diretor Shawn Levy torna muito fácil ir e voltar do mundo do videogame para o mundo real. Ryan Reynolds captura o público com seu papel de nerd charmoso e carismático, nada muito novo ou diferente do que ele já entregou em outras oportunidades, Free Guy é divertido e uma boa surpresa. VALE VER!


O filme estreia exclusivamente nos cinemas na Quinta-feira 19/08!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Disney/Fox e Espaço Z

Hype: BOM (🌟🌟🌟) (Nota: 7,5)

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

O ESQUADRÃO SUICIDA (2021) "The Suicide Squad" "James Gunn"

                                   


 "Um acerto em praticamente todos os requisitos, novo Esquadrão Suicida subverte a fórmula batida do filme de "herói" em uma loucura bastante divertida"

        A ideia de investir novamente no grupo de antagonistas da DC Comics soava improvável mesmo com o sucesso comercial do filme de 2016 que teve péssima recepção da crítica e do público. Seguindo sem engrenar e sem empolgar, a DC logo percebeu que uma revitalização de seus filmes era inevitável para ainda conseguir algum prestígio em um meio praticamente dominado pela rival Marvel Studios. Conseguiram superar o fracasso de Esquadrão Suicida com filmes como Mulher Maravilha, Aquaman, Shazam e Aves de Rapina. Com essa empolgante sequência cinematográfica da DCEsquadrão Suicida ficou apagado totalmente. A Warner Bros. apostou no talento e brilhantismo de James Gunn com a missão de dirigir e roteirizar um produto que precisava convencer ou ser cancelado de uma vez. O novo Esquadrão Suicida é um espetáculo criativo e superviolento, o cineasta traz um filme digno dos melhores momentos do HQ no cinema e ainda consegue impor uma originalidade própria com pitadas de acidez. O filme não pode ser considerado um reboot e sim uma continuação do filme que já vimos no cinema mesmo sendo completamente diferente, criativo, com ritmo caótico e sem se apegar a um universo cinematográfico, tudo pode acontecer a qualquer momento em uma diversão imprevisível e insanamente alinhada e coesa.


      O novo filme parte da mesma premissa do longa de 2016: um grupo de super vilões é recrutado pelo governo americano para uma missão secreta, sob o comando de Amanda Waller (Viola Davis). Desta vez, o serviço precisa ser realizado na remota ilha de Corto Maltese, na América do Sul para destruir Jotunheim, uma prisão e laboratório da era nazista que mantinham presos políticos e conduzia experimentos. O filme apresenta um grande elenco, além de Margot Robbie, que protagoniza grandes cenas de ação, o filme traz de volta outros personagens antigos como Amanda Waller (Viola Davis), Capitão Bumerangue (Jai Courtney) e Rick Flag (Joel Kinnaman). Entre os novos nomes do elenco o destaque vai para Idris Elba e John Cena, nos papéis de Sanguinário e Pacificador, respectivamente. O novo Esquadrão, também traz vários atores da Marvel para o time, como a atriz portuguesa Daniela Melchior, como a Caça-Ratos 2, David Dastmalchian, como Bolinha, Sylvester Stallone emprestando a voz a Nanaue, o Tubarão-Rei. A brasileira Alice Braga também está no filme como a guerrilheira Sol Soria, que se alia aos protagonistas contra os inimigos. O Brasil também é representado com três músicas na trilha sonora com músicas de Drik Barbosa, Marcelo D2 e CéuMesmo com vários personagens cada um tem seu momento de brilhar e distante daquela bagunça do filme anterior. Aliás, James Gunn chega a DC com uma liberdade impressionante que faz Deadpool ser brincadeira de criança, tudo graças ao trabalho impecável do diretor, com uma segurança e domínio que chega a igualar as criações de Zack Snyder no estúdio.


      O filme vai muito rápido e nunca dá a chance de recuperar o fôlego. O que pode parecer uma premissa simples deslancha de maneira surpreendente. É uma viagem emocionante e imprevisível que se estende por mais de duas horas sem nunca se perder. O elenco super talentoso e familiar se reveza mastigando o cenário enquanto a praticamente desconhecida Daniela Melchior triunfa como a alma do filme, uma boa revelação. Impossível também não destacar como Margot Robbie entrega uma Arlequina (Harley Quinn) cada vez mais irresistível. O Esquadrão Suicida é sobre criminosos forçados a missões com risco de vida com a promessa de liberdade e a ameaça de morte, ainda assim, por trás de toda ultraviolência muito bem fotografada está algo muito doce e até gentilmente profundo. Essa sensibilidade subversiva de filme B presenteia o fã de quadrinhos com sequências de ação inesquecíveis que certamente constrói um novo e empolgante cinema da DC. Este é sem dúvida o filme mais empolgante de Gunn, um blockbuster bombástico, com coração e traços de terror que adicionam uma profundidade brutal. O roteiro do filme sugere uma busca por redenção para os personagens e até mesmo para Gunn. É uma história sobre pessoas más que ainda merecem amor e esperança. Que o DCEU, carinhoso apelido do Universo Estendido da DC continue voando em alto nível. UMA SURPRESA DIVERTIDA


O filme estreia nos cinemas nesta Quinta-feira 05/08! Em breve no HBO Max!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Warner.Bros Pictures e Espaço Z!

Hype: ÓTIMO (🌟🌟🌟🌟) (Nota: 8,5)