quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

AMOR SUBLIME AMOR (2021) "West Side Story" de "Steven Spielberg"


 Revisitação da história por Spielberg é impecável em quase todos aspectos ainda que seja um programa direcionado a amantes de musicais.

        AMOR, SUBLIME AMOR é uma adaptação cinematográfica de um musical da Broadway baseado em "Romeu e Julieta" e explora as consequências de um amor avassalador e proibido entre jovens representantes de gangues inimigas, os brancos (Jets) e os porto-riquenhos (Sharks), na Nova York da década de 1950. A história já ganhou vida nos cinemas no filme 1961 dirigido por Jerome Robbins e Robert Wise, exaltado na época do lançamento, o filme ganhou dez Oscars em 1962, incluindo o de Melhor Filme e se tornou um clássico do cinema. Esse tipo de projeto de atualizar obras definitivas sempre é muito questionável, ainda que Amor Sublime Amor encontre-se meio datado para essa geração atual, nesse ponto é bem-vinda diferença na retratação da comunidade latina por Spielberg abandonando os estereótipos e com uma rotina mais presente e viva na tela, o bairro de imigrantes ganha contornos mais reais. Muito ajuda também a escalação de um elenco realmente latino para os papéis necessários, alguns outros detalhes obviamente seriam uma missão bastante complicada e objeto de comparações. Mesmo com as mudanças necessárias, alguns expectadores ainda devem ter dificuldades para engolir a paixão avassaladora de poucas horas entre o casal de protagonistas e momentos clássicos para uma geração pouco  acostumada a passos de balé e ao ritmo do jazz. Com mais de duas horas e meia, "Amor, sublime amor" não é um exatamente um filme fácil para quem não está acostumado às grandes montagens da Broadway.



      Dirigida pelo vencedor do Oscar,  Steven Spielberg, a partir de um roteiro do vencedor do prêmio Pulitzer e de um Tony, Tony Kushner e adaptado de um musical da Broadway, Amor, Sublime Amor, conta a clássica história de rivalidade e amor juvenil na cidade de Nova York em 1957. As gangues Jets, estadunidenses brancos, e os Sharks, descendentes e/ou porto-riquenhos, são rivais que tentam controlar o bairro de Upper West Side. Maria (Rachel Zegler) acaba de chegar à cidade para seu casamento arranjado com Chino (Josh Andrés Rivera), algo ao qual ela não está muito animada. Quando em uma festa a jovem se apaixona por Tony (Ansel Elgort), ela precisará enfrentar um grande problema, pois ambos fazem parte de gangues rivais; Maria dos Sharks e Tony dos Jets. Nesta história inspirada por Romeu e Julieta, os dois pombinhos precisarão enfrentar a tudo e todos se quiserem celebrar este romance proibido. A nova adaptação do cativante musical ainda é protagonizada por: Ariana DeBose (Anita), David Alvarez (Bernardo), Mike Faist (Riff), Ana Isabelle (Rosalía), Corey Stoll (Tenente Schrank), Brian d’Arcy James (Oficial Krupke) e Rita Moreno (como Valentina, a dona da loja da esquina onde Tony trabalha).


        A nova versão não é perfeita. A partir do relacionamento complicado entre o casal de protagonistas, ainda há personagens menos interessantes da trama, o enredo está mais interessado em explorar as complexidades da rivalidade desnecessária entre os grupos marginalizados jogados uns contra os outros por aqueles que detém o poder. O caráter histórico respeitado por Spielberg corre poucos riscos dentro da complexidade dos assuntos atuais de nossa sociedade. Algo positivo são as nuances do novo elenco, mais dinâmico, sendo brilhantemente fotografado com um  visual deslumbrante. Nesse sentido, é possível dizer que a nova versão supera em muito a original, com seu olhar mais delicado e distanciado pelo tempo e pelas convenções sociais atuais, sobre as delicadas dinâmicas da época. Ainda assim falta uma firmeza consistente no discurso da real rivalidade das gangues e de todo propósito da guerra entre os personagens. Assistir a nova versão da emblemática história de amor musical, 60 anos após a estreia da versão original se torna uma experiência muito interessante e cinematográfica. Steven Spielberg se sai bem ao deixar sua zona de conforto e enfrentar, pela primeira vez, o desafio de produzir e dirigir um musical. Esta revitalização é pouco atualizada, o filme reproduz o ambiente original do período com impressionantes manipulações digitais de Nova York do final dos anos 50, cujos detalhes autênticos coexistem com uma teatralidade descarada. Falta um pouco de Cultura Pop e as músicas são adultas demais, pode se tornar cansativo e não muito divertido em alguns momentos, ainda assim é um espetáculo muito recomendado para qualquer fã de musical. VÍVIDO E LINDO.


O filme entra em cartaz exclusivamente nos cinemas hoje 09/12!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Disney e Espaço Z

Hype: MUITO BOM (🌟🌟🌟🌟) (Nota: 8,0)



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