terça-feira, 25 de abril de 2017

CINEMA - VIDA


SINOPSE: Seis membros da Estação Espacial Internacional estão prestes a descobrir provas de vida extraterrestre em Marte. Entretanto, a pesquisa do grupo tem consequências inesperadas, e os alienígenas se provam mais inteligentes do que o previsto.

HYPE: FRACO

Suspense desperdiça elenco em trama batida que praticamente faz uma colagem dos inúmeros filmes espaciais e sem qualquer criatividade não leva a lugar nenhum e pouco se destaca com o mais do mesmo.     


Existem assuntos que de tanto serem explorados no cinema já causa uma repulsa automática. Um desses casos são os filmes espaciais, principalmente quando são pouco inspirados a trazer um minimo de novidade possível. O próprio estúdio Sony Pictures já havia recentemente lançado o entediante Passageiros há alguns meses atrás e novamente entra no assunto espacial com uma premissa que já foi usada em milhares de outros longas e pior, escalou um elenco interessante que conta com Ryan Reynolds, Jake Gyllenhaal e Rebecca Ferguson para pagar esse mico. Vida é um filme que você com certeza já assistiu só que com outro nome e outros personagens. A descoberta de Vida fora do Planeta Terra é a sinopse mais batida de todas e seu desenvolvimento que se torna filme de sobrevivência e suspense que enaltecido pelo som alto das cenas pode até apavorar quem não viu outros exemplares do gênero. O visual é bem produzido e o suspense até consegue esconder a falta de apego aos personagens vazios e superficiais assim como o bizarro final. O saldo final é que o filme só tem sua justificativa como passatempo para fãs de Sci-fi com poucos critérios de história e pouco conhecimento de cinema. Esquecível. 

 

CINEMA - VELOZES E FURIOSOS 8



SINOPSE: Dom (Vin Diesel) e Letty (Michelle Rodriguez) estão curtindo a lua de mel em Havana, mas a súbita aparição de Cipher (Charlize Theron) atrapalha os planos do casal. Ela logo arma um plano para chantagear Dom, de forma que ele traia seus amigos e passe a ajudá-la a obter ogivas nucleares. Tal situação faz com Letty reúna os velhos amigos, que agora precisam enfrentar Cipher e, consequentemente, Dom.

HYPE: MÉDIO

Franquia segue tentando aproveitar o que deu certo nos filmes anteriores e mesmo sem muita criatividade e rodeado de clichés consegue agradar quem já gosta do estilo tiro, porrada, explosão e piadinhas. O bom destaque vai para a vilã Cipher de Charlize Theron.   


O fim não tem fim. Como é difícil os grandes estúdios se desapegarem de franquias rentáveis. Velozes e Furiosos, quem diria atingiu esse patamar grandioso após diversas continuações e o enorme sucesso dos últimos longas. Tudo começou de forma despretensiosa lá em 2001 e após várias adições no elenco e grande investimento da Universal se criou uma fórmula até bem consolidada de como agradar o grande público que não se preocupa muito com as repetições. Velozes e Furiosos 8 tenta reorganizar tudo após a trágica morte de seu protagonista Paul Walker nas filmagens do sétimo filme e que ditou o tom melancólico do filme anterior. Porém com muitas polêmicas nos bastidores envolvendo Vin Diesel e Dwayne Johnson a franquia sempre permaneceu na mídia e na boca do povo. Nesse longa se percebe que a sinopse batida de sempre precisa de renovação pois está cada vez mais difícil encontrar as tais soluções fáceis para vilões se tornarem heróis, as grandes situações de riscos e destruição que pouco geram consequências, a superficialidade dos protagonistas e as cenas de ação descontroladas e cansativas. A desculpa pra tudo isso pode frustar os mais exigentes e a direção de F. Gary Gray beira o comum e as reviravoltas são pitorescas de previsível. O mais interessante dessa salada é como a franquia está consolidada com a segurança dos protagonistas mesmo com a guerra de egos e a abertura para participações especiais interessantes como a de Helen Mirren e as boas situações cômicas de Jason Statham são um alivio junto com a performance exagerada e fora de tom de Charlize Theron. Esquecível e divertido como um balde de pipoca.

  

quinta-feira, 13 de abril de 2017

CINEMA - T2 TRAINSPORTTING



SINOPSE: Renton (Ewan McGregor) retorna à cidade natal depois de vinte anos de ausência. Hoje, ele é um homem novo, com um emprego fixo e livre das drogas. Os amigos não tiveram a mesma sorte: Sick Boy (Jonny Lee Miller) comanda um comércio fracassado, Spud (Ewen Bremner) continua dependente de heroína e Begbie (Robert Carlyle) está na prisão. Aos poucos, Renton revela que sua realidade não é tão positiva quanto ele mostrava, e volta a praticar os crimes de antigamente.

HYPE: FORTE

Continuação do filme cult da década de 90 consegue divertir e homenagear com qualidade e criatividade o universo do primeiro longa depois de 20 anos.   


Muitas vezes não entendemos como algumas histórias mesmo fechadas são reabertas. Trainsportting se transformou em um filme cult por mostrar uma realidade verdadeira e crua com muita escatologia, drogas, violência e surrealismo em 1996. Na época causou bastante barulho e se tornou clássico e deu visibilidade ao seu diretor Danny Boyle, que mais tarde viu seu filme Quem Quer Ser Um Milionário ser premiado como melhor filme pelo Oscar. Ewan Mc Greggor ganhou importantes papéis assim como os outros atores só que em escala menor. Diante tudo isso era difícil imaginar que haveria uma empolgação para uma sequência mesmo com o material do livro Porno assumidamente sequência do primeiro longa. Foram longos anos, os tempos são outros, o que era de certa forma chocante para a época do primeiro longa, como as drogas e o tom subversivo, hoje em dia já se tornou algo já bastante abordado e banal. Lembrando que hoje em dia nossa sociedade está talvez até mais careta que em 1996. Percebemos nessa continuação um tom mais suavizado mas sem interferir e representando muito bem o universo introduzido no primeiro longa, até com um tom de homenagem muito bem introduzido na história. Também é admirável a vitalidade dos atores que mesmo 20 anos depois conseguem boas atuações. A sensação que fica é que nem sempre precisamos ter medo de mexer com histórias que estão muito bem fechadas, a nostalgia acaba tomando conta do longa que nada mais é que uma forma de celebrar um filme que marcou uma geração e mudou os rumos lá em 96 e em 2017 ainda permanece vivo na memória de quem presenciou aquele momento, quem sabe também apresenta-lo a um novo público que dificilmente entenderá essa essência vibrante de Trainsportting e o que isso representou a cultura pop daquela época. Destaque também para a ótima trilha sonora. Assista sem medo.

   

quarta-feira, 12 de abril de 2017

CINEMA - A CABANA


SINOPSE: Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.

HYPE: FRACO

Adaptação do livro de sucesso tem história bonita e comovente mas não funciona como filme. Longa duração, atuações fracas e ritmo entediante e cheio de frases de efeito, só agrada a fãs do livro.  


Já virou rotina de Hollywood adaptar histórias literárias de sucesso. Algumas atingem grande sucesso comercial com obras confusas que pouco se tornam memoráveis e na maioria das vezes só agradam aos fãs. O texto religioso de William P. Young tem um potencial reflexivo bastante forte no livro mas ao ser adaptado para o cinema pelo diretor Stuart Hazeldine esbarrou na necessidade de dramatizar demais a história a ponto de forçar a lágrima e deixar a reflexão em segundo plano. A história fantasiosa faz até sentido quando se tem um belo texto mas as atuações deixam muito a desejar. Com um elenco  formado por novatos que até cumprem bem o papel de coadjuvantes, o tom dramático desanda com Sam Worthington, totalmente desconfortável e sem carisma nenhum. Octavia Spancer já premiada pelo Oscar está irreconhecível, totalmente no automático. O desenvolvimento da trama é simples, composto por flashbacks e reviravoltas até previsíveis e normais. O principal problema é a duração do filme que com o passar do tempo fica sem ritmo, lenta e com a sensação que nunca chegará ao fim. Além do drama fraco somos bombardeados de frases de efeito, momentos de auto-ajuda e muita religiosidade, a Cabana tinha a fórmula ideal para o sucesso no cinema mas acabou decepcionado, sem surpresas e mal aproveitando todas as sacadas espertas e inteligentes do livro.  



quarta-feira, 5 de abril de 2017

TV - 13 REASONS WHY (PRIMEIRA TEMPORADA)


RAIO X: Baseado no clássico romance de Jay Asher, é a história de Clay Jensen, um estudante um pouco tímido, do ensino médio da Califórnia, volta para casa da escola um dia para encontrar um pacote enviado anonimamente, em sua porta. Após a abertura, ele descobre que é uma caixa de sapatos contendo sete fitas cassete gravada pela falecida Hannah Baker, sua colega que recentemente cometeu suicídio. Nas fitas, Hannah explica á treze pessoas como eles desempenharam um papel na sua morte, apresentando treze razões que explicam porque ela se matou. Através da narrativa de áudio Hannah revela sua dor e sofrimento, e os slides em uma depressão que acaba por conduzir a seu suicídio.

MEU HYPE: MÉDIO

Nova e corajosa série da Netflix aborda temas importantes de discussão sobre a adolescência e seus males. Tem uma narrativa interessante, trilha sonora excelente e elenco carismático. Porém mesmo sendo um importante meio de reflexão a série peca em glamourizar situações perigosas para uma geração cada vez mais fútil,vazia e sem respeito ao próximo.
 

Constantemente os adolescentes ganham histórias na TV ou no Cinema e pouca vezes notamos uma relevância em tais histórias que sempre acabam sendo clichés ambulantes de uma fase que precisa de uma atenção elevada devido ao número de transformações e acontecimentos que podem definir a vida adulta. 13 Reasons Why da Netflix logo que lançada tomou uma repercussão espetacular dentro de seu público alvo (jovens) por abordar feridas que pouco são exploradas e que muitas vezes por serem difícies e dolorosas são deixadas de lado. A trama não aborda só o suicídio mas como esse acontecimento afeta a vida de todas as pessoas que permanecem vivas. Dentro da história ainda há o Bullying, o Assédio, o Estupro e a Futilidade adolescente. São 13 episódios com uma narrativa interessante que mistura o presente com flashback de Hanna e os acontecimentos que culminaram em sua morte. A ambientação é bastante melancólica misturada com uma excelente trilha sonora de indie rock e uma direção bem coesa. O que acontece ao fim da temporada é uma mensagem de que não há nada de errado em dizer que existem momentos que precisamos de ajuda e que o ser humano não é auto-suficiente. A sensação que eu tive e que a personagem do fatídico suicídio que é martelado durante todo seriado se fechou em seu mundo e nem com sua própria família tentou solucionar o problema, essa desistência da vida ocorreu muito fácil sem buscar uma solução compatível aos seus dilemas. Daí surge o questionamento, será que essa geração de agora tem bagagem para receber essa história sem que ela não afete seu próprio dia dia!? São coisas que praticamente todas pessoas passam nessa fase e o mais interessante é que os adultos da série que deveriam ter uma postura mais firme se mostram distantes desses jovens assim como na vida real. Cada um provavelmente irá tirar uma conclusão de tudo isso e com certeza como reflexão e debate a série se torna obrigatória. Porém sua narrativa possui falhas, é repetitiva e as conclusões deixaram a desejar se tornando uma história maçante e sem muitos pontos positivos aos acontecimentos. 

terça-feira, 4 de abril de 2017

TV - THE WALKING DEAD - SÉTIMA TEMPORADA


RAIO X:  The Walking Dead conta a história de um pequeno grupo de sobreviventes de um apocalipse de zumbis, ou "walkers", como os personagens os denominam. A maior parte da história se passa nos arredores de Atlanta e, em seguida, em torno da região rural do norte da Geórgia. Os sobreviventes são vistos em busca de refúgio e de um local seguro, longe das hordas de mortos-vivos, que devoram pessoas e que cuja mordida é infecciosa para os seres humanos. Os sobreviventes tem conhecimentos limitados sobre o que realmente está acontecendo no mundo. O enredo da série é voltado principalmente para os dilemas que o grupo enfrenta, como a luta para manterem-se vivos, os sentimentos confusos e os desafios do dia-a-dia em um mundo hostil e praticamente dominado por mortos-vivos. O grupo é liderado por Rick Grimes, que ocupava o posto de vice-xerife de uma pequena cidade antes do surto de zumbis. Juntos precisam adquirir novos meios apropriados de convívio social agora que as estruturas da sociedade entraram em colapso e a realidade se tornou atípica.

SÉTIMA TEMPORADA - 
MEU HYPE: FRACO

"SEM SPOILERS"
Com inicio eletrizante, série enche linguiça e cria falsas expectativas que não levam a lugar nenhum. Temporada monótona com episódios sonolentos e foco em coadjuvantes chatos, desperdiça oportunidades e termina sem nenhum atrativo mesmo com um bom episódio final.
 

Já faz um bom tempo que os zumbis viraram coadjuvantes em The Walking Dead. Desde então as ameaças se tornaram humanas e de conflitos de interesses. Mesmo com uma Sexta Temporada um pouco abaixo do habitual e com vários clímax que enganaram os espectadores, o final da temporada foi eletrizante e culminou na chegada do novo vilão da série, Negan (Jeffrey Dean Morgan) em atuação inspirada com o temido bastão Lucille. A Sétima Temporada começa com o grande embate do grupo de Rick com o grupo de Negan culminando em novas despedidas de personagens da série. O público acabou se acostumando com os momentos impactantes da série, assim como as reviravoltas e sub-tramas que crescem e ás vezes fogem do controle. Após o acontecimento inicial chocante, a Sétima Temporada começou a desenvolver o relacionamento desses grupos e como as perdas somadas as consequências da submissão ao grupo dominante de Negan gerariam conflitos que conforme os episódios se passavam poderiam se culminar em uma grande guerra por território. Outros sobreviventes surgiram e novas questões foram iniciadas com destaque ao surgimento do interessante personagem de Ezekiel e sua tigresa que rouba a cena no último episódio da temporada. Diferente de Game of Thrones, que assim como TWD é um fenômeno global de audiência e fãs e que elimina personagens com mesma intensidade que acrescenta , desenvolve milhares de núcleos e agiliza a trama mesmo quando nem precisa, The Walking Dead engatou a marcha lenta e escolheu o caminho mais longo para explicar suas tramas e desenvolver os personagens. O embate final conseguiu minimizar o quanto foi entediante essa temporada e como o próprio público começou a se importar menos pela trama. O cenário é preocupante para a Oitava Temporada e a tal guerra anunciada está longe de acontecer e ao caminhar da carruagem até lá só os mais fortes terão paciência de acompanhar a novela de zumbis que se tornou The Walking Dead no já sonolento domingo á noite.


CINEMA - A VIGILANTE DO AMANHÃ



SINOPSE: Em 2029, é bastante comum o aperfeiçoamento do corpo humano a partir de inserções tecnológicas. O ápice desta evolução é a Major Mira Killian (Scarlett Johansson), que teve seu cérebro transplantado para um corpo inteiramente construído pela Hanka Corporation. Considerada o futuro da empresa, Major logo é inserida no Section 9, um departamento da polícia local. Lá ela passa a combater o crime, sob o comando de Aramaki (Takeshi Kitano) e tendo Batou (Pilou Asbaek) como parceiro. Só que, em meio à investigação sobre o assassinato de executivos da Hanka, ela começa a perceber certas falhas em sua programação que a fazem ter vislumbres do passado quando era inteiramente humana.

HYPE: MÉDIO

Releitura do anime japonês traz visual deslumbrante, Scarlett Johansson em boa atuação em trama moderna e ao mesmo tempo complexa. Longe de atingir o grande público mas quase fiel ao original dentro dos limites estabelecidos em live action. 


A Interessante cultura japonesa sempre desperta nos grandes estúdios a vontade de explorar e ganhar dinheiro com a ideia dos outros. O anime Ghost in the Shell tem uma legião de fãs e assim como outras obras japonesas como Akira ganharam popularidade no mundo como uma revolução na cultura pop com bastante criatividade. Não há como negar que essa adaptação A Vigilante do Amanhã se torna bastante corajosa ao pegar um mundo animado e adaptar ao live action com uma fidelidade incrível e ao mesmo tempo adaptando e acrescentando elementos que podem sim serem considerados como o melhor caminho para a história. Funciona muito bem com efeitos especiais impressionantes. Com um elenco muito bem escolhido (Takeshi Kitano, Michael Pitt e Juliette Binoche) e tentando realizar uma adaptação que acomode tanto os fãs do original como agregar essa nova geração que não conhece o universo do anime o filme consegue um equilíbrio interessante mas com restrições. O que era um debate interessante sobre a existência, tecnologia e humanidade é resumida em uma busca pessoal da personagem principal tentando deixar o filme mais comercial e menos Cult que o habitual. Falha nesse ponto de tirar toda reflexão e trocar por cenas de ação e a descoberta de sua personagem principal. Esta que gerou bastante burburinho pela escalação tendenciosa de Scarlett Johansson que pouco se iguala a personagem principal mas que com certeza já é um rosto mundialmente conhecido e que pode agregar mais público ao filme. Visualmente lembra muito outros bons longas de ficção cientifica como Blade Runner e Matrix, com uma ambientação impressionante e que se torna um elemento primordial para a criação de afeto com a história. Talvez o longa não tenha a relevância que o anime teve em seu lançamento mas com certeza é uma obra que deve ser descoberta e aplaudida pela ambição do projeto.


TV - PUNHO DE FERRO - PRIMEIRA TEMPORADA


RAIO X:  Daniel Rand (Finn Jones) é um bilionário, herdeiro da fortuna das Indústrias Rayne. Por 15 anos, todos acreditaram que ele estava morto, após um acidente de avião no Himalaia que vitimou seus pais, Wendell e Heather Rand. Mas Danny foi salvo e viveu todo esse tempo na cidade mística de K'un-Lun, uma das Sete Capitais do Céu. Lá, Danny aprendeu a canalizar o seu chi e se tornou o Punho de Ferro. De volta a Nova York, ele vai tentar retomar seu posto na empresa, agora sob o comando de seus amigos de infância Joy (Jessica Stroup) e Ward Meachum (Tom Pelphrey). Mas ele precisa convencer a todos que é realmente quem diz ser e combater o Tentáculo, com a ajuda de Colleen Wing (Jessica Henwick).

MEU HYPE: FRACO

Herói dos quadrinhos decepciona em série burocrática e sem graça. Mesmo com todos atributos e qualidades das produções da Netflix o enredo não convence, atuações no automático e vilões chatos. Primeira derrapagem  no universo Marvel da Netflix. 

Finalizando o universo dos Defensores (Reunião dos heróis Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage e Punho de Ferro) na Netflix temos a série que introduz o herói Punho de Ferro que conta sua origem. Em meio a tantas séries, filmes e universos, a expectativa sempre é alta. Demolidor até o momento foi o ponto alto dessas adaptações, Jessica Jones foi diferente e interessante. Luke Cage conseguiu se sair bem mesmo em uma série regular. Punho de Ferro é o caso mais complicado de se analisar, é uma história difícil de se adaptar a essa realidade criada pela Netflix para a junção dos heróis em Defensores. A série é preguiçosa e monótona e o herói reluta e quase não decola em sua própria série. Mesmo sem acompanhar os quadrinhos, pelo meu conhecimento o Punho de Ferro é um herói místico e acredito que tanto eu como a maioria das pessoas que tiveram esse exercício de paciência de acompanhar 13 episódios esperava isso da série e do herói, uma história mística misturada com o interessante mundo das artes marciais naquele contexto urbano criado pelos outros heróis. Mesmo não correspondendo as expectativas difícil não se irritar com os propósitos banais criados para justificar os conflitos da trama. As subtramas tem personagens que pouco nos importamos além da trama chata do tentáculo que em momento nenhum engrena. As atuações não possuem nenhum destaque e os vilões beiram o tédio. Felizmente a própria Netflix nos acostumou com tramas de qualidade, muito bem produzidas e adaptadas, quando nos deparamos com Punho de Ferro notamos que essa primeira temporada deixou a desejar. Com pouquíssimas cenas de ação e lutas fracas o que prende a atenção é a curiosidade de saber o desenrolar da história, se ela decola, e lá nos últimos episódios ela pega quase no tranco, já é muito tarde e honestamente não justifica sua existência a não ser pela presença do herói em Defensores. O jeito é aguardar e torcer que tudo se ajuste nas próximas produções, seja em Defensores ou na possível segunda temporada de Punho de Ferro.



segunda-feira, 3 de abril de 2017

CINEMA - POWER RANGERS (2017)


SINOPSE: O filme é uma reinvenção das origens dos personagens da mitologia Power Rangers e acompanha um grupo de adolescentes problemáticos que acabam ganhando poderes extraterrestres e se unem para salvar o mundo da ameaça de Rita Repulsa que pretende dominar a terra e os humanos.

HYPE: FRACO

Modernizada e requentada, origem dos heróis ganha tom dramático em meio a um filme preparado para virar franquia, com pouco saudosismo e fraco de impulsos. Efeitos especiais razoáveis, história fraca, poucas lutas e a sensação que podemos viver sem essa releitura. 


O cinema tem esse poder de mexer com nosso subconsciente e trazer a tona o passado em forma de saudosismo e transformar isso em experiência. Isso tem sido uma constante nos filmes americanos. Diante de erros e acertos, Power Rangers está mais próximo do erro. O estúdio Lions Gate apostou nos heróis japoneses de sucesso na TV para tentar impulsionar uma nova franquia e torrou 100 milhões de dólares para modernizar os heróis e tentar trazer algo mais espetacular aos cinemas. Tudo deu errado. A ambientação da cidade Alameda dos Anjos está artificial e bem próxima de estúdio, longe das batalhas grandiosas em meio as grandes cidades em Transformers, por exemplo. O tom dramático da descoberta dos poderes e a superação das dificuldades adolescentes chegam a ser constrangedores e tudo flui rapidamente como se o destino conspirasse a favor deles, resumindo, não tiveram muita preocupação em desenvolver todos personagens. Os uniformes tiram toda identidade já conhecida dos heróis e são feios. A Vilã Rita Repulsa (Elizabeth Banks) ganhou uma nova roupagem interessante mas é muito mal aproveitada em tela. Zordon (Bryan Cranston) também foi um dos poucos acertos. Elenco fraco, batalhas simplórias, dilemas que não se sustentam e a sensação que essa nova geração dificilmente irá sustentar essa franquia e suas regrinhas que ficaram batidas com o passar dos anos. Recomendados somente para fãs e estes com muita paciência de suportar mais de 2 horas de "Questões adolescentes" em tela, o único ponto positivo e terem diversificado os personagens "Cada um na sua cota cliché", o branco mimado e rico, o negro nerd, o oriental cheio de marra, a lésbica, a patricinha que não é aceita e etc. Destaque para a trilha sonora moderna e única coisa que chama a atenção no filme. São previstos mais 5 filmes e a torcida é que se esforcem o máximo pois os heróis tem uma base consolidada de fãs e merecem muito mais que uma história requentada do que já foi contado na TV e isso quem escreve é alguém que por muitos anos acompanhou os heróis na TV com muito amor!


CINEMA - FRAGMENTADO


SINOPSE: Kevin possui 23 personalidades distintas e consegue alterná-las quimicamente em seu organismo apenas com a força do pensamento. Um dia, ele sequestra três adolescentes que encontra em um estacionamento. Vivendo em cativeiro, elas passam a conhecer as diferentes facetas de Kevin e precisam encontrar algum meio de escapar.

HYPE: FORTE

Suspense bem construído do diretor M. Night Shyamalan dá o papel mais significativo da carreira de James McAvoy e mostra que o diretor consegue ainda manter a vitalidade de sua carreira. Não espere o inesperado, só viva a tensão que o filme entrega.


Já faz um tempo que Fragmentado (Split) vem chamando a atenção por onde passa.
Seu diretor M.Night Shyamalan ganhou notoriedade quando transformou o longa O Sexto Sentido em um clássico instantâneo com suas surpresas e reviravoltas que viraram mania no gênero do suspense e terror. Desta vez ele tenta fugir um pouco levando a história do jeito mais tradicional mas não espere um filme fácil de ver. Inicialmente lento e contemplativo o filme demora um pouco para se movimentar e tudo é muito embaralhado até tomar a forma interessante de até aonde vai os limites do real e do sobrenatural. O Mérito do diretor é contar com uma atuação inspirada do ator James McAvoy que consegue transitar por diversas personalidades, são 25 no total, de uma forma criativa, habilidosa e cuidadosa. O fator principal do filme é justamente instigar o expectador a viver a história sem se preocupar se o caminho escolhido por ele foi o mais correto ou até mesmo verossímil. Devido talvez ao grande número de filmes da pré temporada de verão americano aonde os estúdios tentam fugir da grande concorrência dos grandes Blockbusters, o filme demorou bastante para chegar no Brasil e convenhamos que atualmente com a internet fica difícil não receber Spoilers complicando um pouco as possíveis surpresas do filme. Mesmo assim, todo sucesso de Fragmentado vem de sua história muito bem contada e amarrada além de sua sua ligação com outros filmes do universo do diretor. Um filme que com certeza vai instigar a curiosidade de assisti-lo novamente e curtir cada detalhe.