quarta-feira, 12 de abril de 2017

CINEMA - A CABANA


SINOPSE: Um homem vive atormentado após perder a sua filha mais nova, cujo corpo nunca foi encontrado, mas sinais de que ela teria sido violentada e assassinada são encontrados em uma cabana nas montanhas. Anos depois da tragédia, ele recebe um chamado misterioso para retornar a esse local, onde ele vai receber uma lição de vida.

HYPE: FRACO

Adaptação do livro de sucesso tem história bonita e comovente mas não funciona como filme. Longa duração, atuações fracas e ritmo entediante e cheio de frases de efeito, só agrada a fãs do livro.  


Já virou rotina de Hollywood adaptar histórias literárias de sucesso. Algumas atingem grande sucesso comercial com obras confusas que pouco se tornam memoráveis e na maioria das vezes só agradam aos fãs. O texto religioso de William P. Young tem um potencial reflexivo bastante forte no livro mas ao ser adaptado para o cinema pelo diretor Stuart Hazeldine esbarrou na necessidade de dramatizar demais a história a ponto de forçar a lágrima e deixar a reflexão em segundo plano. A história fantasiosa faz até sentido quando se tem um belo texto mas as atuações deixam muito a desejar. Com um elenco  formado por novatos que até cumprem bem o papel de coadjuvantes, o tom dramático desanda com Sam Worthington, totalmente desconfortável e sem carisma nenhum. Octavia Spancer já premiada pelo Oscar está irreconhecível, totalmente no automático. O desenvolvimento da trama é simples, composto por flashbacks e reviravoltas até previsíveis e normais. O principal problema é a duração do filme que com o passar do tempo fica sem ritmo, lenta e com a sensação que nunca chegará ao fim. Além do drama fraco somos bombardeados de frases de efeito, momentos de auto-ajuda e muita religiosidade, a Cabana tinha a fórmula ideal para o sucesso no cinema mas acabou decepcionado, sem surpresas e mal aproveitando todas as sacadas espertas e inteligentes do livro.  



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