terça-feira, 4 de abril de 2017

CINEMA - A VIGILANTE DO AMANHÃ



SINOPSE: Em 2029, é bastante comum o aperfeiçoamento do corpo humano a partir de inserções tecnológicas. O ápice desta evolução é a Major Mira Killian (Scarlett Johansson), que teve seu cérebro transplantado para um corpo inteiramente construído pela Hanka Corporation. Considerada o futuro da empresa, Major logo é inserida no Section 9, um departamento da polícia local. Lá ela passa a combater o crime, sob o comando de Aramaki (Takeshi Kitano) e tendo Batou (Pilou Asbaek) como parceiro. Só que, em meio à investigação sobre o assassinato de executivos da Hanka, ela começa a perceber certas falhas em sua programação que a fazem ter vislumbres do passado quando era inteiramente humana.

HYPE: MÉDIO

Releitura do anime japonês traz visual deslumbrante, Scarlett Johansson em boa atuação em trama moderna e ao mesmo tempo complexa. Longe de atingir o grande público mas quase fiel ao original dentro dos limites estabelecidos em live action. 


A Interessante cultura japonesa sempre desperta nos grandes estúdios a vontade de explorar e ganhar dinheiro com a ideia dos outros. O anime Ghost in the Shell tem uma legião de fãs e assim como outras obras japonesas como Akira ganharam popularidade no mundo como uma revolução na cultura pop com bastante criatividade. Não há como negar que essa adaptação A Vigilante do Amanhã se torna bastante corajosa ao pegar um mundo animado e adaptar ao live action com uma fidelidade incrível e ao mesmo tempo adaptando e acrescentando elementos que podem sim serem considerados como o melhor caminho para a história. Funciona muito bem com efeitos especiais impressionantes. Com um elenco muito bem escolhido (Takeshi Kitano, Michael Pitt e Juliette Binoche) e tentando realizar uma adaptação que acomode tanto os fãs do original como agregar essa nova geração que não conhece o universo do anime o filme consegue um equilíbrio interessante mas com restrições. O que era um debate interessante sobre a existência, tecnologia e humanidade é resumida em uma busca pessoal da personagem principal tentando deixar o filme mais comercial e menos Cult que o habitual. Falha nesse ponto de tirar toda reflexão e trocar por cenas de ação e a descoberta de sua personagem principal. Esta que gerou bastante burburinho pela escalação tendenciosa de Scarlett Johansson que pouco se iguala a personagem principal mas que com certeza já é um rosto mundialmente conhecido e que pode agregar mais público ao filme. Visualmente lembra muito outros bons longas de ficção cientifica como Blade Runner e Matrix, com uma ambientação impressionante e que se torna um elemento primordial para a criação de afeto com a história. Talvez o longa não tenha a relevância que o anime teve em seu lançamento mas com certeza é uma obra que deve ser descoberta e aplaudida pela ambição do projeto.


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