quinta-feira, 29 de junho de 2017

TV - ORANGE IS THE NEW BLACK (QUINTA TEMPORADA)


RAIO X:  A série se desenvolve ao redor da história de Piper Chapman, que mora em Nova York e, é condenada a cumprir 15 meses numa prisão feminina federal por ter participado do transporte de uma mala de dinheiro proveniente do tráfico de drogas quando mais jovem a pedido da sua ex-namorada, Alex Vause, que é uma peça importante num cartel internacional de drogas. Para pagar por seus crimes, Piper resolve se entregar e troca uma vida confortável pela prisão. Tragada por um universo laranja completamente distinto do seu, acaba encontrando tensão e companheirismo num grupo de detentas desbocadas, em um local em que é impossível fugir, até de si mesma.


QUINTA TEMPORADA (NETFLIX) 

MEU HYPE: MÉDIO



Nova temporada de Orange is the New Black derrapa um pouco em congelar o tempo e arrastar uma rebelião em uma temporada cheia. Demonstra maturidade e poder de suas personagens, sua história inventiva e criativa se consolida como um dos melhores seriados para se ver atualmente.

Quando se tem um bom argumento, contar uma história é apenas o pontapé inicial das infinitas possibilidades. Quando chegou na Netflix, meio tímida mas fazendo barulho junto ao público, Orange is the New Black se tornou quase um azarão, afinal, como conseguir chamar a atenção com um tema que já foi usado com bastaste exaustão na Tv e no Cinema. OITNB como é chamada carinhosamente pelos fãs foi além do que se esperava, ultrapassou o lugar comum, deixando todo mundo sempre bastante ansioso com sua criatividade a cada temporada em misturar humor, questões sociais e a realidade cruel desses personagens que possuem um enorme poder de encantamento a cada nova temporada. Nesta Quinta Temporada fica uma leve sensação de decepção, não que seja ruim, só fica mais evidente o quão poderosa foi sua Quarta Temporada. O núcleo de personagens negros e latinos ganham mais destaque em uma trama sobre o abuso do poder policial e como achar um pouco de esperança em um cenário de caos e desordem seja internamente como externamente. A rebelião que se inicia justamente com um triste fato do final da Quarta Temporada é espremida em 13 episódios dessa nova temporada, não deixa de ser ousado mas muito perigoso no ponto de vista em que poderia atrapalhar o desenvolvimento da trama e das personagens. Piper, personagem ponto de partida da série deixa o protagonismo de lado sendo uma coadjuvante de luxo de suas colegas, esse desenvolvimento das outras personagens é uma peça chave a história e aos acontecimentos. A ousadia permanece sendo o grande mérito da série e mesmo presa nessa rebelião em toda quinta temporada conseguiu se destacar e criar expectativa para sua continuidade.

  

CINEMA - AO CAIR DA NOITE


SINOPSE:  Paul mora com sua esposa e o filho numa casa solitária e misteriosa, até a chegada de uma família desesperada procurando refúgio e que afetam sua segurança. Aos poucos a paranóia e desconfiança vão aumentando e Paul vai fazer de tudo para proteger sua família contra algo que vem aterrorizando todos.

HYPE: MÉDIO


Filme de terror cria tensão agoniante mas não sai do lugar. Na espera do longa engrenar, lentidão e falta de explicações irrita o espectador mais preguiçoso que pode deixar passar um poderoso thriller apocalíptico.         


O Terror psicológico tem alcançado cada vez mais espaço em um gênero que vive em um "boom" criativo aonde as histórias são contadas de forma diferente. Ao Cair da Noite segue muito a linha de filmes que evitam o susto fácil dos barulhos, fantasmas ou criaturas do mal e sugere o terror interno de cada um. Filmes como A Bruxa, Corrente do Mal e Corra! possuem justamente esse poder de hipnotizar com a tensão e a manipulação do espectador, que geralmente muito preguiçoso, precisa pensar e se por no lugar dos personagens para se sentir assustado pois esse terror é interno, é sobre o que você não vê e não consegue se preparar para sentir. O grande defeito de Ao Cair da Noite é em não querer seguir os passos desses outros filmes que possuem uma história definida, com final anunciado e explora ao extremo as incertezas do que vai acontecer logo a frente na história, essa falta de complemento é o que incomoda e faz o filme andar em círculos e não sair do lugar, se tornando no fim das contas vazio por não ter uma história para se apegar e criar expectativas. O foco do longa é o mal estar social, como nossa sociedade transforma o simples fato de viver em um terror próprio de paranoia e "achismos". Para quem gosta de filme de Terror e Suspense escancarado deve passar longe já com o aviso de desgosto. Quem gosta de uma nova proposta aonde o terror é pensar, assista.

 

terça-feira, 27 de junho de 2017

CINEMA - BAYWATCH - S.O.S MALIBU


SINOPSE:  Mitch Buchannon (Dwayne Johnson) é um devoto salva-vidas, orgulhoso do seu trabalho. Enquanto está treinando o novo e exibido recruta Matt Brody (Zac Efron), os dois descobrem uma conspiração criminosa no local que pode ameaçar o futuro da baía.

HYPE: FRACO


Inspirado na famosa série de tv, filme paga mico com humor bizarro de situações toscas, roteiro bobo e personagens clichés. Dwayne Johnson e Zac Efron tentam de todas formas mas não evitam o fiasco.         


Fenômeno Pop na década de 90, Baywatch, que no Brasil ganhou o título de S.O.S Malibu foi por muito anos um grande sucesso na TV americana e levou ao breve estrelato David Hasselholff e Pamela Anderson e suas corridas em câmera lenta pelas belas praias de Malibu. O seriado possuía episódios que tinham foco na sensualidade e nos perigos do mar, simples assim. Após 16 anos do término da série chega esse longa que busca incorporar os elementos da série original e tentar aproximar o público moderno ao universo da clássica série e convenhamos, esse público dificilmente vai se importar. Sendo assim, nem chega a ser surpresa a presença de Zac Efron que mesmo fazendo o papel de sempre tem apelo com os jovens e também a presença de Dwayne Johnson (The Rock) que com seu carisma e habilidade com as cenas de ação conseguem aliviar um pouco a falta de substância nos personagens principais mas longe de salvar o filme. Com humor apelativo, que passa longe por exemplo do divertido Anjos da Lei e roteiro fraco e previsível fica difícil criar alguma empatia com o filme. Algumas piadas até funcionam mas a história não engrena em momento nenhum e a sexualização das piadas piora ainda mais o cenário que não é muito favorável para o filme. No fim das contas nem as constrangedoras participações especiais dos astros da série agradam os fãs da história original e o público jovem que está acostumado com comédias de ação mais interessantes como A Espiã que Sabia de Menos e Kingsman vão passar longe desse filme, se forem espertos. Fiasco.

CINEMA - A MÚMIA



SINOPSE:  Nas profundezas do deserto, uma antiga rainha cujo destino foi injustamente tirado está mumificada. Apesar de estar sepultada em sua cripta, ela desperta nos dias atuais. Com uma maldade acumulada ao longo dos anos, ela espelha terror desde as areais do Oriente Médio até os becos de Londres.


HYPE: FRACO

Filme de aventura constrangedor tenta iniciar mais uma franquia de sucesso escorada nos Monstros da Universal e em nome de Tom Cruise, atira para todos os lados e afunda drasticamente no mais do mesmo.         


A grande ambição dos estúdios gera confusões que muitas vezes são inapropriadas. O estúdio Universal que possui um grande acervo de longas clássicos de terror que são conhecidos como os Monstros da Universal vão voltar só que dessa vez a intenção do estúdio é criar um novo universo chamado Dark Universe com esses personagens clássicos em nova roupagem. O que parecia muito simples de fazer acontecer vira um quebra cabeça quando se coloca na prática fórmulas usadas a exaustão em Hollywood para se gerar muito dinheiro. A intenção é tornar tudo grandioso e fazer com que esses personagens virem "heróis". O personagem de Tom Cruise é tão superficial e gratuito, de humor bizarro que até dá saudade do pastelão personagem de Brendan Frasier na versão da Múmia de 1999. O visual do filme é bacana mas as cenas de ação pecam justamente por querer ser grande demais, a única que se destaca é a do avião que foi a mais exibida nas divulgações do filme. A Múmia que desta vez é interpretada por uma mulher tem impacto zero com argumentos fracos e poderes que se resumem a ressuscitar pessoas como zumbis e a constrangedora poeira. As soluções fáceis do filme incomoda e subestima a nossa inteligência, como a inclusão de Dr. Jekyll que provavelmente será a justificativa e o elo de ligação entre os Monstros dos próximos filmes, a julgar pela bilheteria mundial do filme, sim, teremos novos filmes mas quem sabe em outro momento eles consigam cativar e gerar uma ansiedade com substância e carisma pois não foi dessa vez, filme esquecível.



sexta-feira, 9 de junho de 2017

MÚSICA - WITNESS - KATY PERRY


RAIO X: Katheryn Elizabeth Hudson (Santa Bárbara, 25 de outubro de 1984), conhecida pelo nome artístico de Katy Perry, é uma cantora e compositora norte-americanaFilha de um casal de pastores evangélicos, começou sua carreira cantando em igrejas. Em 2008 alcançou o sucesso com polêmico single I Kissed a Girl que catapultou sua carreira que já possui inúmeros hits e a figurou entre as principais estrelas do mundo POP.

ÁLBUNS ANTERIORES: 
Prism (2013
Teenage Dream (2010)


MEU HYPE: MÉDIO

Novo álbum Witness leva a cantora a apostar em um tom menos juvenil e com composições interessantes e provocativas. Sem zona de conforto e sem perder sua essência, cantora continua sendo uma fábrica de Hits.      

Com muitas cores vibrantes e imagens provocantes, Katy Perry chega com seu novo álbum Witness, com a clara intenção de tentar se afastar um pouco da aura juvenil de seus trabalhos anteriores e afastar sua fama de ser repetitiva e se manter na zona de conforto. Quase todas as principais cantoras do Mundo POP se renovaram, algumas a ponto de mudarem completamente seu som e sua visão de mercado. Algumas ganharam uma sobrevida e outras não despertam mais interesse no público. Com essa visão, provavelmente, Katy Perry traz um trabalho mais maduro, inclusive nas melodias, uma melhora considerável ao tentar fugir de um tipo de Hit que não ganha mais repercussão como antigamente. A primeira canção Witness que dá nome ao trabalho, tem uma pegada menos sintetizada e mais focada em seu lindo vocal. Bom inicio. Hey Hey Hey tenta uma pegada hip hop sem deixar de ser pop. Roulette tem um som pop viciante sem ser comum alternando seu tom de voz. Difícil não escutar mais de uma vez. Swish Swish (Feat. Nicki Minaj) foi claramente realizada para fomentar a Rivalidade/Treta com Taylor Swift, é candidata a grande hit do álbum e tem todas as qualidade para isso sendo vibrante. Em seguida temos Dejá Vu, básica e sem muita energia, diferente de Power, que mesmo não tendo grande potencial como Hit compõe bem a mudança de Perry. Fugindo dos clichês surge a interessante Mind Maze seguida da emo descartável Miss You More. Chained to The Rhythm já estourada nas FM's tem uma pegada vintage e cresce a cada audição mas sem charme. Tsunami é o tipo de música que agrada mais não cativa e nem chega perto de ser hit. Bon Appétit (Feat. Migos) é bastante pop mas não tem carisma. Bigger Than Me e Save As Draft são as músicas mais descartáveis desse trabalho, mais focadas na letra e com pouca inovação, podem passar despercebidas na audição. Pendulum é bastante divertida e surge como surpresa quase no fim do álbum. Fechando Witness, Into Me You See é sua poesia pessoal tradicional em seus trabalhos. Sonolenta. O novo trabalho não representa grande mudança na carreira da cantora, apenas dá um pouco de gás em um cenário em que cada vez mais os novos artistas roubam espaço dos tradicionais. Por pouco a cantora não entra na mesmice.


TOP 5 - MÚSICAS OBRIGATÓRIAS

1.Roulette
2.Swish Swish
3.Witness
4.Hey Hey Hey
5.Pendulum




quinta-feira, 8 de junho de 2017

MÚSICA - ONE MORE LIGHT - LINKIN PARK


RAIO X: O Linkin Park é uma banda de rock dos Estados Unidos formada em 1996 em Agoura HillsCalifórnia. A banda sempre flertou com o som Eletrônico e o Hip Hop e seus últimos trabalhos mudaram bastante sua sonoridade. Desde a sua formação, já vendeu pelo menos 68 milhões de álbuns e ganhou dois Grammy Awards. Entre os principais integrantes estão o vocalista Chester Bennington e o produtor Mike Shinoda.  

ÁLBUNS ANTERIORES: 
The Hurting Party (2014
Living Things (2012)


MEU HYPE: MÉDIO

Grupo se assume POP de vez e entrega um trabalho sólido e bem produzido. A essência e sonoridade da banda está presente nas músicas mesmo explorando a leveza ao invés da escuridão.      

Atualmente os artistas não fogem muito do padrão pré estabelecidos para se atingir as paradas de sucesso. O público que consume música pop se mostra cada vez menos exigente quando enxergamos tantos hits com o mesmo estilo de produção. Mesmo sendo uma banda que desde sua origem já tinha bastante influência da música eletrônica, o Linkin Park se redesenhou nessa nova fase da carreira deles. Nobody Can Save Me já começa o álbum com uma ótima energia ensolarada espantando já qualquer possibilidade de melancolia ou escuridão. Good Goodbye resgata um pouco da antiga energia da banda com uma leve pitada Hip Hop. Talking to Myself é uma faixa muito parecida com as antigas músicas da banda, até o vocal é muito próximo de outros hits da banda mas o diferencial é o som limpo, leve e a pegada Good Vibes. Battle Symphony chega muito próximo do que se toca nas FM's atualmente, é uma das mais fracas do álbum junto com Halfway Right. InvisibleHeavy (Feat. Kiiara) são boas canções e podem facilmente agradar o público que curte POP. Sorry for Now é uma boa surpresa para quem não esperava muito "Punch" no álbum com uma leve explosão no vocal. One More Light pisa no freio e foca na melodia. O álbum fecha com a agitada Sharp Edges. Mesmo muito diferente do que foi o Linkin Park da década de 2000 esse trabalho mostra uma energia muito boa e a clara visão de amadurecimento dentro dessa escolha da banda, seja pessoal ou de mercado.

TOP 5 - MÚSICAS OBRIGATÓRIAS

1.Invisible
2.Good Goodbye
3.Heavy (Feat. Kiiara)
4.Sorry for Now 
5.Talking to Myself







quarta-feira, 7 de junho de 2017

MÚSICA - GORILLAZ - HUMANZ


RAIO X: Gorillaz é uma banda virtual de trip rock criada no ano de 1998 pelo líder de BlurDamon Albarn e por Jamie Hewlett, co-criador da história em quadrinhos Tank Girl. A banda é composta por quatro membros animados:  2DMurdocNoodle e Russel. A música do grupo é resultado da colaboração entre vários outros músicos, sendo Damon Albarn o único membro permanente. Seu estilo musical normalmente é classificado como rock alternativo, embora haja muita influência do britpopdub e da eletrônica.

ÁLBUNS ANTERIORES: 
The Fall (2011
Plastic Beach (2010)


MEU HYPE: FORTE

Quinto álbum de estúdio da banda virtual acaba sendo focado nos convidados e mostra mistura de estilos em que a sonoridade da banda é coadjuvante de luxo. Acaba agradando na mistureba bem produzida mas pode gerar estranhamento dos fãs mais tradicionais.  

Muito diferente do Gorillaz que surgiu em 2001 de forma despojada quase como um hobby de Damon Albarn, vocalista da banda Blur, a banda retorna com um álbum de inéditas que mais serve como uma coletânea de participações especiais incorporadas ao som da banda. Isso não chega a ser um problema pois o álbum possui canções ótimas mas decepciona quem esperava que a banda criasse algo novo e diferente dentro de sua atmosfera de hits maravilhosos sem necessidade de se entregar ao convidado da vez. Quem entrar na brincadeira certamente vai gostar da produção e das músicas que vão muito de encontro ao que é sucesso atualmente. Ascencion, colaboração com Vince Staples abre o álbum já com forte presença do Hip Hop. Na sequência Strobelite (Feat. Peven Everett) e Saturnz Barz (Feat. Popcaan) já puxam para o R&B mas sem abandonar a veia pop. De La Soul, grande parceiro da banda no grande hit Feel Good Inc. trazem a honesta e surpreendente Momentz. Na sequência temos a Good Vibes, Submission (Feat.Danny Brown e Kelela), a sombria Charger (Feat. Grace Jones) e a mais pop Andromeda (Feat. D.R.A.M). Busted and Blue sem participação especial desacelera um pouco e aposta em Carnival (Feat. Anthony Hamilton) para voltar ao ritmo lentamente. Em seguida Let Me Out (Feat. Mavis Staples & Pusha T) é a música que mais remete ao antigo Gorillaz e deixará os saudosistas satisfeitos. A noturna e moderna Sexy Murder Party (Feat. Jamie Principle & Zebra Katz) é seguida pela descolada She's my Collar (Feat. Kali Uchis). Hallelujah Money (Feat. Benjamine Clementine) talvez seja a música mais deslocada do álbum. We Got The Power (Feat. Jehnny Beth) fecha de forma vibrante o álbum normal. Na versão Deluxe temos mais cinco músicas, o R&B de Apprentice (Feat. Rag'n Bone Man, Zebra Katz & Ray BLK), a light Halfway to the Halfway (Feat. Peven Everett). A interessante porém comum Out of Body (Feat. Kilo Kish, Zebra Katz & Imani Vonshá). A fim de festa Ticker Tape (Feat. Carly Simon & Kali Uchis) entrega para a última Circle of Friendz (Feat. Brandon Markell Holmes) complementando o clima Fim de Festa. Um álbum redondinho para agradar essa geração que consume música sem se importar muito com a originalidade e sim com o FEAT. da música. Lembrando que possivelmente teremos em breve o Gorillaz em show no Brasil, provavelmente no festival Lollapalloza de 2018! 


TOP 5 - MÚSICAS OBRIGATÓRIAS

1.Let Me Out (Feat. Mavis Staples & Pusha T)
2.Strobelite (Feat. Peven Everett)
3.Andromeda (Feat. D.R.A.M)
4.Saturnz Barz (Feat. Popcaan)
5.We Got The Power (Feat. Jehnny Beth)













quinta-feira, 1 de junho de 2017

CINEMA - MULHER MARAVILHA


SINOPSE:  Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince (Gal Gadot) nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar certa de que pode parar o conflito. Lutando para acabar com todas as lutas, Diana percebe o alcance de seus poderes e sua verdadeira missão na Terra.

HYPE: FORTE


Heroína finalmente ganha os cinemas com representação excelente de Gal Gadot em adaptação digna. Quase tudo agrada e só falha nos pequenos defeitos em seu terceiro ato que não atrapalham a evolução do universo DC Comics nas telas.         


Demorou mas finalmente uma grande heroína dos quadrinhos invade os cinemas como personagem principal e nada melhor do que a Mulher Maravilha para ser esse pontapé importante nas adaptações dos quadrinhos. Difícil não falar do filme sem dizer que mesmo tendo o domínio em quantidade de longas, bilheteria e fãs, a Marvel já poderia ter realizado um filme de alguma heroína feminina, claro sem contar o catastrófico Elektra que foi muito antes dessa nova fase. Muito se questionam sobre essa nova representação da DC Comics no cinema, fase essa que se iniciou com o Homem de Aço seguido de Batman V.S Superman e do polêmico Esquadrão Suicida. Todos esses filmes não são ruins mas seus defeitos sempre ficam em evidência quando falamos deles, Zack Snyder tem um modo muito particular de adaptação, algo triunfal, espetacular e talvez meio cartunesco, fugindo inclusive da maneira que os heróis da Marvel são retratados sempre com bastante humor. Mulher Maravilha se aproxima mais desse tom familiar e juvenil, trazendo um pouco mais de leveza e ao mesmo tempo com um toque sentimental que uma heroína feminina precisa ter. O filme tem três atos bem diferentes sendo o primeiro a introdução, o segundo o encontro da amazona com a realidade e o terceiro com foco no combate. Não tem como negar que a escolha de Gal Gadot como Mulher Maravilha caiu como uma luva, ela é apaixonante, sensível e realmente convence como uma deusa. Os coadjuvantes também são bons com destaque para Robin Wright e Chris Pine. Os efeitos especiais são bons tirando alguns exageros em CGI que ficam evidenciados em tela, a história é bacana e tem uma certa coerência, os vilões mesmo sendo muito coadjuvantes cumprem o papel de apenas estarem presentes para ela dominar a tela, nada memorável. O filme tem defeitos e alguns podem incomodar fãs, exigentes e haters da DC mas quando um filme cumpre bem seu papel, tem uma lição bonita e com grande destaque a uma mulher em um universo dominado por homens sendo suas qualidades á frente de seus defeitos, não tem como não agradar.

   

quarta-feira, 31 de maio de 2017

NETFLIX - HOUSE OF CARDS - (QUINTA TEMPORADA)


Nova temporada de House of Cards mantém seriado em alto nível com muita agilidade e reviravoltas. Kevin Spacey e Robin Wright dão show de interpretação e seus personagens estão cada vez mais surpreendentes assim como a trama cada vez mais próxima da realidade.

House of Cards é uma série dramática sobre a política americana desenvolvida e produzida por Beau Willimon. É uma adaptação de uma minissérie anterior de mesmo nome da BBC baseada no livro de Dobbs Michael. A série conta a história de Frank Underwood (Kevin Spacey), democrata do 5º distrito da Carolina do Sul, que, depois de ser preterido na promoção a Secretário de Estado, decide vingar-se daqueles que o traíram. Retrato cruel e fiel da política americana e, mais amplamente, das relações humanas a série é inspirada em duas tragédias de Shakespeare (Ricardo III e Macbeth). A vida imita a arte ou a arte imita a vida? No caso de House of Cards não deixa de ser surpreendente que os acontecimentos retratados na ficção estão cada vez mais próximos da realidade politica do mundo. Não entrando muito a fundo, a série inclusive zombou o Brasil na divulgação desta temporada divulgando que estava difícil competir com os constantes escândalos vividos em nosso país que chegam a ser tão chocantes quanto aos acontecimentos da série. Essa temporada começa exatamente aonde aonde parou a quarta temporada, na tumultuada eleição aonde Frank Underwood (Kevin Spacey) que concorre ao alto cargo de poder nos Estados Unidos, a presidência e precisa lidar com seus conflitos pessoais, sua esposa Claire Underwood (Robin Wright) e seu interesse em participar cada vez mais ativamente da casa branca, seu concorrente a presidência e todas as tramas envolvidas nas temporadas passadas. Não tem nem muito tempo para respirar, tudo flui com uma rapidez sem nenhum tipo de enrolação deixando os episódios cada vez mais interessantes. Nem tem como negar que mesmo com coadjuvantes excelentes, Kevin Spacey e Robin Wright estão cada vez mais afiados dentro da história e seus personagens assim como suas nuances de indentidades estão cada vez mais claros para o expectador que muitas vezes tem a oportunidade de ficar cara a cara com eles em suas reflexões. A série passou a ter um papel importante a partir do momento em percebemos que muito do que é retratado pelo seriado se repete na politica em todo mundo, seja com as manipulações, o jogo de interesses e até aonde vai limite em busca do poder. Assistir House of Cards se torna obrigatório e se confunde com nossa triste realidade atual de corrupção e nenhum respeito ao povo que eles representam. 

    

MEU HYPE: FORTE

segunda-feira, 29 de maio de 2017

NETFLIX - WAR MACHINE


Filme original da Netflix mesmo com interessante abordagem da guerra com humor negro não engrena, Brad Pitt até se esforça em atuação segura mais trama baseada em livro pouco se difere de outros filmes que falam do mesmo tema com mais fôlego.


Baseado no livro The Operators: The Wild and Terrifying Inside Story of America's War in Afghanistan, de Michael Hastings, a trama é centrada em Glenn McMahon, um general do alto escalão do exército americano (Brad Pitt) cuja reputação e histórico letal o levam a comandar sua tropa da Guerra do Afeganistão. Determinado a ganhar a guerra de uma vez por todas com uma nova abordagem, o general e seus comandantes, ao lado de uma assessoria de imprensa, buscam aliados em todo o mundo por novas tropas e alianças internacionais, combatendo a política suja de Washington e a gestão da guerra em si. Desde o ótimo filme Três Reis de 1999 brotaram milhares de sátiras sobre a guerra e sua imbecilidade diante de um mundo tão complexo. A guerra é uma obsessão para os americanos e sua soberba de querer comandar o mundo, ter o controle. War Machine, nova produção original da Netflix busca inspiração em acontecimentos reais para satirizar com humor negro a presença das tropas americana no Afeganistão. Sem tocar muito na ferida da culpa dos americanos na morte de milhares de civis ou na destruição causada por eles, só mostra o quanto o longa foge do próprio debate que ele propõe. Se como filme de guerra não funciona, mesmo um pouco fora de tom Brad Pitt acaba sendo o principal destaque do longa, sem a imagem de galã ou herói, o ator consegue transitar bem entre o humor e a seriedade das situações vividas pelo personagem. A principal falha é não dar foco aos fatos retratados distraindo o espectador com o humor que raramente pega, os coadjuvantes de luxo que são mal aproveitados, a visão jornalística dos fatos é abordada de forma vaga e tudo isso somado deixa todo seu desenvolvimento sem impacto nenhum. A repetição do tema durante os anos deixam a trama sem fôlego e os poucos momentos de tensão também não engrenam. Dessa vez a Netflix não conseguiu aproveitar toda sua mídia para apresentar uma obra memorável e que com certeza será esquecida e somente lembrada pelos fãs de Brad Pitt, tanto que o filme chega ao catálogo do streaming sem burburinho. 


  
Hype: FRACO

CINEMA - PIRATAS DO CARIBE - A VINGANÇA DE SALAZAR


SINOPSE:  O azarado capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) encontra os ventos da má sorte soprando mais fortes quando um grupo de perigosos piratas fantasmas liderados por seu antigo inimigo, o terrível Capitão Salazar, escapa do Triângulo do Diabo determinado a matar todos os piratas do oceano, inclusive ele. A única esperança de sobrevivência de Jack é a busca do antigo Tridente de Poseidon - um poderoso artefato que dá ao seu possuidor o controle total dos mares.

HYPE: FRACO


Novo filme da franquia Piratas do Caribe é o mesmo filme contado pela quinta vez. Bobo e sem graça, história beira o marasmo da falta de criatividade e atuação preguiçosa de Johnny Depp só mostra que a fórmula se esgotou!       


Nem a Disney esperava que Piratas do Caribe fosse tão longe. Quando lançado em 2003, o interessante Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra foi um sucesso espetacular, tendo em vista que filmes sobre piratas dificilmente alcançavam essa enorme repercussão além de mostrar um Johnny Depp criativo em apresentar um pirata divertido e cheio de trejeitos. Inspirada em uma das atrações dos parques da Disney rapidamente Piratas do Caribe virou franquia e caiu nas graças do público mesmo sem ter muito o que dizer e perdendo todas as qualidades nas inúmeras  e cansativas sequências. A Vingança de Salazar é uma nova história mas que bebe de todos os elementos das histórias passadas sem praticamente nenhuma surpresa, chega a ser constrangedor quando se percebe que o filme não tem nenhuma pretensão maior que ser um mero passatempo de Sessão da Tarde. O mais assustador é perceber que o principal personagem Jack Sparrow está aparentemente cansado e é interpretado por um Johnny Depp preguiçoso sem qualquer carisma ou até mesmo vontade de divertir o espectador. O casal coadjuvante da trama também não ajuda, sem sal, passa longe da boa química de Orlando Bloom e Keira Knightley. A história é esquecível e previsível e tem apenas como destaque o sempre atuante Javier Bardem como o vilão Salazar que infelizmente não tem todo peso assustador dos trailers de divulgação. No mais o filme é recomendado para quem realmente é fã de Piratas do Caribe e quem consegue se divertir com qualquer coisa sem se preocupar em ver/assistir a mesma história de sempre como se fosse uma atração fixa e repetida de um parque da Disney só que no cinema.