segunda-feira, 27 de julho de 2020

A COR QUE CAIU DO ESPAÇO (2019) - "Color Out Of Space" de "Richard Stanley"




Adaptação da história de H.P. Lovecraft tem estilo original com visual encantador e pertubador.

   A produção tem uma missão bastante complicada, adaptar uma obra de Howard Phillips Lovecraft, mais conhecido por H. P. Lovecraft, adorado escritor americano que revolucionou o gênero de terror, atribuindo-lhe elementos fantásticos. Suas obras já receberam diversas adaptações no cinema, Re-Animator (1985) foi uma das mais conhecidas no Brasil pois reprisava sempre nas sessões de filmes do SBT na década de 90 e outras produções exibidas no Cine Trash da Band. Suas criações no universo do terror sempre são usadas em outras sagas, como na franquia A Morte do Demônio, que tem sua trama inspirada no livro dos mortos, um objeto do conto "Necronomicon" do escritor. Seu legado dessa vez ganha o reforço de uma produção bastante caprichada, ainda que realizada por vários estúdios independente, dentre eles a SpectreVision, a mesma do filme indie Mandy (2018), sua intenção é adaptar outras obras do gênio do terror. "Color Out Of Space" de Richard Stanley é a quinta adaptação ao cinema desse conto e merece ser descoberto, principalmente agora que chega oficialmente ao Brasil pelo Telecine.



   A nova versão consegue modernizar os elementos originais do conto utilizando a temática da fantasia e da ficção científica, incorporando o poder artístico que uma história de terror pode ter, com uma pegada de Filme B e lindas cenas de conteplação visual  sem deixar de explorar o bizarro do que pode ser o desconhecido. Na trama, os Gardners, liderados por Nicolas Cage, são uma família que se muda para uma fazenda remota na zona rural para escapar da agitação da cidade grande. Eles estão ocupados se adaptando à sua nova vida quando um meteorito cai em seu quintal. O misterioso aerólito parece fundir-se com a terra, infectando tudo ao seu redor com uma estranha cor sobrenatural. Essa força alienígena está gradualmente transformando e modificando todas as formas de vida que ela toca, incluindo eles. A história original se passa no final do século XIX, e aqui se passa nos dias atuais. Essa é algumas mudanças que surgem nessa adaptação assim como o ponto de vista de um geólogo, que está na região fazendo um estudo sobre o solo, vamos descobrindo junto com ele o que acontece naquele lugar. 


    Uma adaptação sempre sofre de escolhas na transposição de mídia, ainda mais quando nem tudo exposto em um livro consegue ganhar forma em um filme. Ainda que os fãs mais exigentes do escritor vão achar motivos para comparar as experiências, é necessário um desprendimento para se conectar a essa versão e tentar aceitar as diferenças. O diretor quase desconhecido, Richard Stanley tem paciência em desenvolver os personagens e tranformar o início lento da trama em algo intenso e único na metade final, ainda que minimize a melancolia presente no texto original e estimule uma afetação de Cage. São  problemas pequenos de uma experiência satisfatória e lúdica, com um trabalho de fotografia espetacular que esconde as falhas no roteiro e também deixa a linha trash mais suave. Uma produção cheia de requinte e com bom potencial para agradar os fãs do gênero.  DELEITE VISUAL.



O filme entra no catálogo do Telecine nesta Sexta-Feira dia 31/07.

Hype: ÓTIMO  - Nota: 8,0

terça-feira, 21 de julho de 2020

O CHALÉ (2019) - "The Lodge" de "Severin Fiala" e "Veronika Franz".


Pertubador terror psicológico é uma armadilha claustrofóbica.

    O longa metragem é aquele famoso caso de filme que se perde na confusa janela de lançamentos no Brasil, passou pelo Festival de Sundance no começo de 2019, entrou em circuito limitado nos EUA e nunca tinha dado as caras oficialmente por aqui. No Brasil o filme surge distribuído pela Sony e direto em VOD (Aluguel Digital). O filme é a estréia americana da dupla responsável pela direção do aclamado filme "Boa Noite, Mamãe!" (2014), filme de terror austríaco que virou um clássico instantâneo em sua época de lançamento, com relativo sucesso entre a crítica e os fãs do terror mais sério e contemplativo. Este estilo ganhou cada vez mais força principalmente por títulos como A Corrente do Mal e Babadock lançados também em 2014 e depois com A Bruxa (2015) e Hereditário (2018). O Chalé investe neste tipo de terror, sendo recomendado caso goste de algum destes títulos citados acima. A beleza da estética fria, solitária e monótona é a solução encontrada para segurar uma trama simplória mas com bons truques. A violência gráfica que assusta e choca já no início do filme, também é arquitetado em detalhes que mesmo simples se tornam bem tenebrosos, ainda que se percam em uma cansativa armadilha de "plot twist" no ato final.


   Na trama, depois que Richard (Richard Armitage) diz a sua esposa (Alicia Silverstone) que ele quer o divórcio ele termina por ficar em definitivo com as crianças. Os filhos do casal, Aiden (estrela de "It", Jaeden Lieberher) e Mia (Lia McHugh) mal têm tempo para se adaptar a mudança antes do pai anunciar planos de se casar com sua nova namorada, Grace (Riley Keough), que escapou da morte em um culto evangélico extremista que serviu de assunto de um dos livros escritos pelo futuro marido. As crianças demonstram pouco interesse no novo romance do pai, mas ele está interessado em estabelecer uma oportunidade para eles se relacionarem, e planeja que eles passem alguns dias juntos em uma cabana de inverno no feriado natalino. Tentando aproveitar a situação para realizar uma maior aproximação, Grace percebe que terá problemas quando diversos eventos atípicos e bizarros começam a tomar conta do local isolado e rodeado de neve quando Richard precisa trabalhar e ela fica sozinha com as crianças. Enquanto as crianças começam a se entender com sua futura madrasta, alguns acontecimentos ameaçam desenterrar demônios do passado de Grace da época em que ela era membro do culto religioso sinistro. 


    A expressão atordoada de Grace sugere que ela ainda está se recuperando de suas próprias lutas passadas, o filme avança em momentos subjetivos e no clima inquietante de mistério sem fazer algo substancial com isso. A primeira virada na história, por exemplo, muda a natureza do ambiente dos personagens e os leva ao modo de sobrevivência. O filme desperdiça várias possibilidades durante grande parte de seu tempo de execução, a escolha de não desenvolver o suficiente nenhum de seus três personagens principais não torna o mistério da história mais interessante. Esses jogos mentais com personagens indefinidos se tornam vazios na revelação final, mas isso não quer dizer que o filme não tenha uma atmosfera assustadora, ou mesmo que não seja uma viagem agoniante. Sua imersão acontece em detalhes como uma bizarra casa de bonecas onde as crianças brincam, a neve e seu aspecto sufocante ou nos corredores estreitos e sombrios onde Grace vagueia no chalé após o anoitecer. Conforme os personagens ficam mais desesperados com seu isolamento as poucas opções surgem para o inevitável confronto final onde o pior cenário possível acontece em direção ao clímax escuro em uma trajetória dramática e quase sem rumo. Uma produção pouco confortável e imperfeita nas escolhas. CALAFRIOS.


O filme estréia nesta Quarta - Feira (22/07) nas principais plataformas digitais:  Apple Store, Google Play, Looke, Microsoft Filmes, Xbox, PlayStation Store, NOW, Oi Play, SKY Play e Vivo Play.

Hype: BOM - Nota: 7,0

segunda-feira, 20 de julho de 2020

BOCA A BOCA (2020) de "Esmir Filho" e "Juliana Rojas" (Primeira Temporada)


Série brasileira da Netflix traz história sobre surto epidêmico para discutir questões sociais em trama jovem e moderna.

     A criativa série do diretor Esmir Filho (Os Famosos e os Duendes da Morte) e Juliana Rojas (Trabalhar Cansa), chegou a Netflix com pompa de disputar espaço com grandes estreias do streaming, dialogando com a atualidade por conta de um aspecto específico da história: a trama retrata a epidemia de uma doença transmitida pelo beijo que se espalha numa cidade fictícia no interior do Brasil. A série leva o espectador a misteriosa cidade de Progresso, um lugar que parece ter se isolado do mundo em prol do "controle" de seus jovens. O município fictício teve a cidade de Goiás Velho - GO como inspiração visual, é considerada uma cidade modelo, em que pais e professores prezam pela tradição e pelos bons costumes. Em resumo, é quase como uma maneira de discutir a ascenção da direita conservadora e religiosa e sua mania de limpeza de desejos. Boca a Boca chega no meio da quarentena do Covid-19 e faz com que ela se torne ainda mais necessária que qualquer outra produção adolescente do streaming. A mensagem da história traz reflexão e trabalha as relações humanas com afeto e humanidade, com foco central nos personagens assim como suas convicções. Sem dúvidas uma produção que merece uma espiada de quem tá zapeando em busca de uma boa novidade.


   A história ganha desdobramentos pelo ponto de vista de um trio de protagonistas: Alex (Caio Horowicz), Fran (Iza Moreira) e Chico (Michel Joelsas). Alex é o filho do maior fazendeiro de Progresso e vive um conflito dentro de casa por ser vegano e não compactuar com os princípios da família. Fran é filha de Dalva (Grace Passô), funcionária da principal fazenda da região, as duas sofrem o risco de serem despejadas da Colônia devido a problemas de saúde de Dalva. Chico é o menino da cidade grande que vai morar com o pai e percebe todo esse tradicionalismo e conservadorismo tóxico dessa comunidade. É por meio dos protagonistas que a série discute questões de conflitos familiares, diferenças sociais, sexualidade, drogas e redes sociais. Os adolescentes estão simplesmente querendo experimentar seus desejos e surge uma epidemia que assusta todos da cidade, esse surto é uma simbolia à repressão dos próprios corpos, é algo que faz com que esses personagens tenham que lutar para serem mais fortes. O elenco tem ainda grandes nomes como Denise Fraga e Bruno Garcia.


   A epidemia misteriosa que acontece em progresso é o ponto de partida para discutir as nossas relações em tempos difíceis como agora e sobre nossas fraquezas, cada personagem tem em si suas inseguranças em meio a coragem de seguir suas vontades. Com um visual arrebatador e uma fotografia atraente, a série é cheia de bons momentos graças ao seu apelo visual bastante colorido em neon e com várias tomadas bonitas graças também a ótima trilha sonora recheada de música indie eletrônica, que vai de artistas conceituados como "The Knife" e "Chromatics" a boas revelações nacionais como "Bacu Exu do Blues" e "Trupe Chá de Boldo". A temporada é promissora e só escorrega em sua conexão com o sobrenatural, usando o misticismo como uma saída para resolver questões da doença, lançando mistério que pode também ser um gancho importante para uma continuidade e traça paralelos com a ficção científica. As dificuldades desses jovens expõe uma causa social, é também uma importante fonte de reflexão ao que vivemos neste momento na vida real. A série acerta bastante e consegue fisgar o expectador mesmo com alguns direcionamentos questionáveis, principalmente com o personagem principal Chico e algumas soluções fáceis na trama, ainda assim não decepciona. INTRIGANTE!


A série tem 06 (seis) episódios e está disponível na Netflix.

Hype: ÓTIMO - Nota: 8,0

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Lançamentos de ROCK - Primeiro Semestre - 2020!


Aproveitando o DIA MUNDIAL DO ROCK o Meu Hype analisou os principais lançamentos do primeiro semestre de 2020 no Rock mundial e suas suas principais vertentes. 

5 Seconds of Summer – “Calm” – (Pop/ Rock – Austrália)



A banda segue sua jornada onde é amada pela senso comum e odiada pelos fãs de rock tradicional. A banda cresceu bastante nos últimos anos se tornando muito popular, o grupo tornou-se famoso através do YouTube, publicando vídeos de si mesmos fazendo "covers" de canções de vários artistas por volta de 2011. As influências de músicas dos anos 1990 e começo dos anos 2000 ressalta esse rock que divide opiniões em um álbum jovem e eficiente.

Escute: "Easier"

Hype: BOM


All Time Low - "Wake Up, Sunshine" - (Pop/Rock - EUA)



Seguindo em frente com o seu oitavo álbum de estúdio, uma das mais bem sucedidas bandas de pop punk dos anos 2000, o quarteto de Baltimore tentam criar algo novo e nostálgico sem fugir das características principais da banda em formular hits radiofônicos e transformar o rock em algo jovem e atual para essa geração de milleniuns, não chegar a ser brilhante mas contagia moderadamente.

Escute: "Monsters"

Hype: REGULAR


Bombay Bicycle Club – “Everything Else Has Gone Wrong” – (Indie Rock – Inglaterra)



O quinto álbum de estúdio da banda britânica é eficiente em apresentar canções arejadas com melodia agradável e desenvoltura em seguir os caminhos estabelecidos nos trabalhos anteriores. Não apresenta nada novo mas se mantém bem produzido e musicalmente atraente.

Escute: "Eat, Sleep, Wake ( Nothing But You)"

Hype: BOM


Bob Dylan – “Rough and Rowdy Ways” – (Folk Rock – EUA)



Passado, presente e futuro se confundem nas canções do primeiro trabalho de inéditas de Bob Dylan desde Tempest (2012), o registro nasce como um resgate das histórias e experiências vividas pelo músico. São canções que costuram seis ou mais décadas de referências, citações a personagens esquecidos assim como recordações pessoais compartilhadas pelo artista. Suas composições é um passeio delicado e estrurado pelo blues e a melancolia sempre genial do artista. Obrigatório aos fãs.

Escute: "Goodbye Jimmy Reed"

Hype: EXCELENTE


Caribou - "Suddenly" - ( Indie Rock Eletrônico e outros estilos - Canadá)



O décimo e mais recente álbum de estúdio do artista que também se apresenta como Manitoba e Daphni é uma extensão de tudo aquilo produzido desde o início da década passada pelo artista. São canções que transitam por entre gêneros e sonoridades sempre distintas, porém, conceitualmente amarradas pela base eletrônica que serve de sustento ao disco muito bem amarrado. Mesmo com toda pegada eletrônica quando transita no Indie Rock funciona bem!

Escute: "Never Come Back"

Hype: ÓTIMO


Courteeners – “More. Again. Forever.” – (Indie Rock – Inglaterra)



A banda chega ao sexto álbum com energia de sobra para canções energéticas, muito bem construídas e fora de obviedades. Talvez seja a banda indie inglesa mais injustiçada e que menos conseguiu espaço para crescer como deveria. Repleto de bons momentos, cresce a cada audição. Boa chance para conhecer.

Escute: "Heavy Jacket"

Hype: ÓTIMO


DMA’s – “The Glow” – (Indie Rock – Austrália)



Terceiro álbum da banda traz melodias maravilhosas, refrões cativantes e um punhado de ganchos para sinalizar que a estrela dos DMAs está cada vez mais brilhante. Retornando descaradamente ao final dos anos 80 e início dos anos 90, as influências indie passam por Stone Roses, Oasis, Happy Mondays e The Charlatans. Álbum delicioso.

Escute: "Silver"

Hype: ÓTIMO


Destroyer - "Have We Met" - (Rock Melódico - Canadá)



Os veteranos do Destroyer lançaram seu décimo-terceiro disco com bastante vigor e musicalidade que lembra o rock romântico que infestou as rádios FM nas décadas passadas. Difícil imaginar algo interessante nesse gênero que já não tivesse sido feito. Méritos também da voz atrativa e envolvente do vocalista Dan Bejar que desenvolve as canções com um tom romântico sem ser cafona, os sintetizadores são agradáveis em uma combinação que funciona hbem e põe muito artista veterano no chinelo. Um álbum bem realizado.

Escute: "It Just Doesn't Happen"

Hype: BOM


Fiona Apple - "Fetch the Bolt Cutters" -  (Alternative Rock e outros estilos - EUA)



Canções metafóricas, temáticas psicológicas e melodias bem trabalhadas fizeram com que Fiona Apple conquistasse cedo o apreço do público e dos críticos. Em seu quinto álbum de estúdio não foi diferente, o trabalho é diferenciado e único, composto por longas e improvisadas gravações de sons inconvencionais, como o latido da cachorra da cantora, sons de sinos e miados. A mixagem foi feita através do programa GarageBand e finalizando durante a pandemia do Coronavirus. São composições de essência caótica, sempre autobiográficas com conceito reforçado com o tema central do trabalho, a exploração da liberdade da opressão.

Escute: "I Want You To Love Me"

Hype: EXCELENTE


Grave Digger – “Fields Of Blood” – (Heavye Metal – Alemanha)



O titã do heavy metal alemão regressa no ano em que marca 40 anos do grupo e trazem um álbum com uma sonoridade épica e de batalha, finalizando a trilogia dedicada às Terras Altas da Escócia. Sem quebrar barreiras sonoras, nem comprometendo uma marca tão definida o som da banda continua obrigatório para fãs do gênero.

Escute: "Freedom"

Hype: BOM


Green Day – “Father of All…” – (Punk Rock – EUA)



O décimo terceiro álbum da popular banda de rock de Billie Joe Armstrong, já com 34 anos de carreira é um trabalho diferente, que transita na variedades de estilos e se perde em canções que não tem a significância de antigamente, a tracklist é desconexa, a duração é curta e foge da relevância de outros trabalhos da banda.

Escute: "Stab You in the Heart"

Hype: REGULAR


Guided By Voices – “Surrender Your Poppy Field” – (Alternative Rock – EUA)



A banda de Dayton, Ohio é uma das mais difíceis de acompanhar, já sofreu várias mudanças de pessoal ao longo das décadas, mantendo apenas Robert Pollard na posição de principal músico e compositor. A banda já lançou mais de 24 álbuns e diversos EPs e singles. Neste mais recente lançamento o rock garagem da banda se revela bem produzido e com estética musical atraente de uma banda lendária que adora produzir.

Escute: "Man Called Blunder"

Hype: BOM

Hayley Williams - "Petals for Armor" - (Pop/Rock - EUA)


O primeiro álbum solo da cantora Hayley Williams, vocalista da banda Paramore surpreende positivamente. O tom do álbum é emocional, falando a respeito dos problemas pessoais que passou na vida nos anos anteriores a este trabalho. Bem produzido e com alguns destaques é um caminho promissor e efetivo.

Escute: "Sudden Desire"

Hype: BOM


Hatari - "Neyslutrans" - (Punk Rock e Techno - Islândia)



O cenário que melhor descreve o conceito deste projeto multimidia de BDSM anti-capitalista é sua luta contra o ódio e a opressão. Os HATARI são brutalmente ecléticos e em "Neyslutrans" o grupo mostra um produto de consumo que aporta uma mensagem fortemente vincada sobre os caminhos ruins que a sociedade moderna continua a escolher com muita um som contagiante e cheio de atitude.

Ouça: "Engin Miskunn"

Hype: ÓTIMO


Hollywood Undead – “New Empire, Vol. 1” – (Rap Rock – EUA)



A banda continua fazendo um rock nervoso usando rimas de hip hop sem muita ousadia porém eficientes. Todos os membros da banda usam pseudônimos e cada um deles tem uma máscara original, a maioria delas são baseados no design comum de goleiro de hóquei. Nesse que já é o sexto álbum da banda, segue sem impressionar embalado por músicas que melhoram a cada novo trabalho.

Escute: "Empire"

Hype: REGULAR


Ira! – “IRA” – (Rock Nacional – Brasil)



Após 13 anos sem álbum de inéditas a banda retorna ao estúdio com a dupla Nasi e Edgard Scandurra após afastamento entre os integrantes. Com músicas maduras e delicadas o trabalho pode compor uma nova fase para a histórica banda de rock. O álbum tem bons momentos.

Escute: "Eu Desconfio de Mim"

Hype: BOM

Ist Ist - "Architecture" (Alternative Rock - Inglaterra)



O grupo ganhou popularidade no cenário musical de Manchester no boca a boca, depois de shows em locais como The Ritz, Gorilla e The Deaf Institute. Depois de vários singles lançou esse ano o empolgante primeiro álbum, com diversas referências ao rock dos anos 80 e bastante atitude nas melodias. Estréia promissora.

Escute: "Discipline"

Hype: ÓTIMO


Joe Satriani – “Shapeshifting” – (Hard/Instrumental Rock – EUA)



Como se estivesse em início de carreira, Joe Satriani mantêm a média de um álbum novo a cada dois anos. Algumas coisas do passado se misturam com alguns caminhos diferentes de um artista único em seu estilo musical. Em seu décimo sétimo álbum solo de estúdio, o guitarrista realiza uma obra coesa com sua história e bem amarrado na escolha do repertório.

Escute: "Nineteen Eighty"

Hype: BOM

Kiko Loureiro – “Open Source” – (Metal/Instrumental – Brasil)



Em atividade com o Megadeth, o conceituado guitarrista Kiko Loureiro, arranjou tempo para trazer um novo trabalho solo, o quinto nesse formato, intitulado "Open Source". Para a empreitada ele trouxe os ex parceiros de Angra, Felipe Andreoli no baixo e Bruno Valverde na bateria, além das participações do ex Megadeth, Marty Friedman e de Mateus Asato, ambos guitarristas. É um trabalho muito consistente e delicioso para quem curte o gênero.

Escute: "Imminent Threteat"

Hype: ÓTIMO

Lamb of God – “Lamb of God” – (Groove Metal – EUA)



O novo álbum do Lamb of God é o primeiro da banda em 5 anos e marca a estreia de Art Cruz em estúdio. O baterista ocupa a vaga de Chris Adler, que, após algum tempo afastado, deixou oficialmente a formação. Duas participações especiais de vocalistas chamam atenção na tracklist. São elas: Chuck Billy, do Testament e Jamey Jasta, do Hatebreed. São músicas pesadas comprovando que a banda está em forma e agrada em cheio seu público.

Escute: "Bloodshot Eyes"

Hype: ÓTIMO


Mark Lanegan – “Straight Songs Of Sorrow” – (Alternative Rock – EUA)



Straight Songs of Sorrow é o décimo segundo álbum de estúdio do cantor americano que praticamente fundou o grunge nos anos 90. O álbum foi inspirado ao escrever suas memórias "Sing Backwards and Weep", que foi publicado em 28 de abril de 2020. São canções com clima sombrio, amarguras e produção caprichada.

Escute: "Bleed All Over"

Hype: ÓTIMO

Mystery Jets - "A Billion Heartbeats" (Indie Rock - Inglaterra)



O sexto álbum da banda simplesmente coloca os holofotes para eles, oferecem uma resposta empolgante e agressivamente otimista à crise global em forma de música, embora as composições abordem temas pesados para a atualidade como a ascensão do fascismo, tudo combina de forma muito amarrada nas músicas."

Escute: "Screwdriver"

Hype: ÓTIMO


Morrissey – “I Am Not a Dog on a Chain” – (Alternative Rock – Inglaterra)



Em meio a tantas polêmicas, é normal se desanimar com Morrissey ainda que neste trabalho ele resolve fazer o que faz de melhor: música. O vocalista que ganhou fama com o The Smiths segue carreira solo desde 1988, e depois de alguns anos com trabalhos pouco chamativos parece ter se reencontrado em "I Am Not a Dog on a Chain". Cheio de bons momentos ainda que o cantor acabe soando como alguém que faz questão de se reafirmar a todo momento.

Escute: "Once I Saw the River Clean"

Hype: BOM


Nada Surf – “Never Not Together” – (Alternative Rock – EUA)



O nono álbum de estúdio da banda segue a perseguir uma visão humanista do mundo através de músicas rock, com letras bem desenhadas e ternura. Gravada no início deste ano no lendário Rockfield Studios em Monmouthshire, país de Gales, o álbum revela a capacidade do grupo de evocar e refletir emocões, seja através de solos de guitarra arrebatadores ou vocais sussurrados.

Escute: "Just Wait"

Hype: ÓTIMO


New Found Glory – “Forever + Eever x Infinity” – (Punk Rock – EUA)



Chegando já ao décimo álbum, a banda segue firme e não sentiu a necessidade de modernizar seu som e nem experimentar outros gêneros. O repertório transmite a mesma jovialidade dos álbuns anteriores, é um convite para ouvir sua música e se divertir. Lembra muito adolescência.

Escute: "Stay Awhile"

Hype: BOM


Nightwish – “Human. :II: Nature” – (Symphonic Metal – Finlândia)



O nono álbum de estúdio da banda finlandesa de metal sinfônico é o primeiro álbum duplo da banda , com o segundo CD completo com música orquestral ao invés de metal. A banda construiu sua marca em torno da mistura de heavy metal e música orquestral e o divórcio direto desses dois elementos pode ser um passo longe demais para todos, exceto os mais fervorosos fãs. Perde seu referencial marcante e busca novos caminhos.

Escute: "Noise"

Hype: BOM


Of Montreal – “UR FUN” – (Alternative Rock – EUA)



Com letras espertas e melodias viciantes, em grande parte evocando os anos 70 e 80, Kevin Barnes mostra vitalidade com um Of Montreal divertido e menos inovador. O músico norte-americano transita por entre gêneros sempre distintos com proposta que vai do glamrock ao pop futurístico, da psicodelia à música eletrônica. Uma delícia de escutar.

Escute: "Peace To All Freaks"

Hype: ÓTIMO


Os Mutantes – “ZZYZX” – (Rock Nacional –Brasil)



Zzyzx é o décimo primeiro álbum de estúdio da banda brasileira. É o terceiro álbum desde o fim do hiato da banda e conta com Sérgio Dias como único músico da formação original presente. É um trabalho totalmente desconexo com a discografia da banda e cheio de obviedades, desde simular som dos Beatles a evocar músicas da década de 50 e 60. É um trabalho estranho que não funciona como deveria e pouco lembra a genialidade subestimada da banda clássica.

Escute: "We Love You"

Hype: REGULAR


Ozzy Osbourne – “Ordinary Man” – (Metal – Inglaterra)



O novo álbum do rockstar chega 10 anos após seu último esforço solo. O artista ainda sofre com seu estado de saúde e anunciou recetemente que passará por um tratamento de Parkinson. Ordinary Man surpreende pela boa produção e a voz peculiar do músico ainda com vigor, ele reúne convidados diversos, desde Elton John a Post Malone, para uma jornada pesada e sombria como um bom álbum de um rock precisa ter.

Escute: "Eat Me"

Hype: ÓTIMO


Pearl Jam – “Gigaton” – (Alternative Rock – EUA)



Como um dos principais nomes do Rock na ativa, o grupo liderado por Eddie Vedder continua seguindo em frente já com 30 anos de carreira de forma forte, coesa e segura do que quer. O décimo primeiro disco de estúdio do Pearl Jam é uma viagem intensa por estilos, gêneros e instrumentais que influenciaram os músicos da banda, há muito tempo eles não acertavam tanto.

Escute: "Dance of the Clairvoyants"

Hype: BOM


Pet Shop Boys – “Hotspot” – (Synth-pop e Pop/Rock - Inglaterra)



Hotspot é o décimo quarto álbum de estúdio da dupla. Embora o grupo nunca tenha caído abaixo de um certo nível, será difícil repetir o sucesso comercial de que gozou nos anos 80 e no início da próxima década. Neil Tennant e Chris Lowe têm o dom de organizar melodias cativantes e encapsulá-las com tons suaves de sintetizadores.

Escute: "Dreamland"

Hype: BOM


Poppy - "I Disagree" (Post-Rock, Nu Metal e outros - EUA)


Poppy é uma cantora, compositora, atriz, modelo, dançarina e youtuber americana com uma proposta curiosa de Pop/Metal, ainda que nem tudo funcione perfeitamente ela pode ser considerada corajosa por seguir seus impulsos em um terceiro álbum aonde ela finalmente alcança vôos maiores na carreira musical. Bastante jovem e teatral, o trabalho vale uma conferida.

Escute: "BLOODMONEY"

Hype: BOM


Rina Sawayama - "Sawayama" - ( Pop/Rock e outros estilos. - Inglaterra)



A estréia da cantora, compositora e modelo nipo-britânica Sawayama é promissora em uma combinação de pop, metal alternativo, hip-hop e wonky reminescente dos anos 90 e 2000 em uma mistura frenética. Um registro inteligente e inovador com melodias de atitudes agressivas e emocionalmente bem amarrado e diversificado. Impressiona.

Escute: "STFU!"

Hype: ÓTIMO


Sepultura – “Quadra” – (Thrash Metal – Brasil)



"Quadra"é o décimo-quinto álbum da banda que está longe de se mostrar cansada. O trabalho é conceitual e baseado em numerologia, sua inspiração veio do livro Quadrivium, obra publicada em 2010 que fala sobre as quatro artes liberais: cosmologia, geometria, matemática e música. "Quadra" questiona o conhecimento das pessoas e por quais razões elas acreditam nisso ou naquilo. Trata-se de um dos trabalhas recentes da banda que mais se aproxima da qualidade dos melhores discos da carreira do quarteto.

Escute: "Fear, Pain, Chaos, Suffering"

Hype: BOM


Soul Asylum – “Rush Up & Wait” – (Alternative Rock – EUA)



O 12º álbum de estúdio lançado pelo grupo de Mineápolis que estourou internacionalmente no início da década de 90 mostram que a capacidade da banda em criar hits continua firme e forte. São canções bem produzidas que é no mínimo um novo gás para o gênero e mostra que o grupo, na estrada desde 1981, ainda tem muito a entregar pro público.

Escute: The Beginning

Hype: BOM


Stone Temple Pilots – “Perdida” – (Alternative Rock – EUA)



Perdida é o oitavo álbum de estúdio da banda, é o segundo álbum com Jeff Gutt como vocalista e é um registro acústico amplamente gravado em instrumentos antigos. Scott Weiland (falecido vocalista original da banda) faz muita falta mas o grupo continua vivo sem o mesmo peso. A leveza das músicas se aproxima de um “Unplugged” da MTV feito em estúdio. Um trabalho intimista porém monótono.

Escute: Fare thee Well

Hype: REGULAR


Tame Impala – “The Slow Rush” – (Alternative Rock – Austrália)



A banda se reinventa em seu quarto e mais recente álbum de estúdio, Parker segue de onde parou há cinco anos, porém, se permite avançar criativamente sem errar a mão. Parcialmente distante das guitarras e atmosfera densa que marca os trabalhos anteriores, é evidente o esforço do grupo em dialogar com um táa parcela maior do público e mergulhar de vez em outros estilos, principalmente o eletrônico. Um álbum para se escutar mais de uma vez e de entendimento meio indefinido porém satisfatório.

Escute: "Is it True"

Hype: ÓTIMO


Testament – “Titans Of Creation” – (Thrash Metal – EUA)



Os veteranos do Thrash Metal americano lançaram seu 13º trabalho sem muita inovação. O álbum não foge muito ao estilo de seus antecessores com riffs matadores, um baixo muito presente e o inconfundível vocal de Chuck Billy. Eles conseguiram manter o estilo pesado, técnico e inconfundível que os fizeram respeitados mundo afora como legítimos representantes da cena Thrash oitentista dos EUA.

Escute: "Night of the Witch"

Hype: BOM


The 1975 – “Notes on a Conditional Form” – (Alternative Rock – Inglaterra)



Ambicioso quarto álbum de estúdio da banda inglesa dividiu crítica e público. O que era para se tornar um trabalho moderno e genial infelizmente peca justamente por não funcionar por completo em uma mistura descompensada de estilos que não combinam entre si. Não chega a decepcionar mas como álbum falha em não ter um caminho definido.

Escute: "If You"re Too Shy (Let Me Know)"

Hype: BOM


The Strokes – “The New Abnormal” – (Alternative Rock – EUA)



O sexto álbum de estúdio da banda americana se mostra atrativo e afastando a fase ruim. Sem a pressão de antigamente e tentando se reencontrar em meio a crise que afetou seus integrantes, o The Strokes consegue oferecer neste álbum um repertório interessante mas longe de empolgar por completo. É o trabalho mais inspirado da banda após um início de carreira promissor.

Escute: "Bad Decisions"

Hype: BOM


Tristes Tigres - "Mínima Luz" - ( Indie Rock - Portugal)



Ana Deus e Alexandre Soares voltam após hiato de 20 anos na carreira e apresentam "Mínima Luz", um álbum que ressalta a qualidade musical da banda portuguesa com experimentalismo e eficácia, com canções pesadas e instrumentais que verdadeiramente nos surpreendem com a utilização de loops, sample, guitarradas e paredes de som. Quem não conhece a banda essa é a hora certa.

Escute: "À Tona"

Hype: ÓTIMO


Vivendo do Ócio – “Vivendo do Ócio” – (Rock Nacional – Brasil)



A banda baiana vem sendo uma das principais bandas do cenário do rock brasileiro contemporâneo e estava quase 5 anos sem lançar álbum. Esse trabalho que leva o nome da banda aborda temas distintos que passam por liberdade, perdão, tempo e amor. O trabalho passeia pelo indie rock enquanto não nega referências da bossa nova, no reggae e no neo soul. Continuam bem!

Escute: "Massagem de Ego"

Hype: BOM


Wolf Parade – “Thin Mind” – (Alternative Rock – Canadá)



O trio canadense entrega no quinto e mais recente álbum de estúdio da carreira quase uma sequência ao material apresentado no antecessor Cry Cry Cry (2017), o registro parte de inquietações e instantes de doce melancolia que se completam em meio a guitarras versáteis. A banda continua eficiente mesmo sem um trabalho espetacular.

Escute: "Agaist the Day"

Hype: BOM


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