segunda-feira, 4 de outubro de 2021

VENOM - TEMPO DE CARNIFICINA (2021) "Venom - Let There Be Carnage" de "Andy Serkis"

"Novo filme do Venom reforça o desgaste das produções adaptadas de HQ"s, repetindo fórmulas e abusando da falta de senso"

       O primeiro filme da franquia Venom foi uma das produções de maior bilheteria dos últimos anos apesar das críticas negativas da imprensa especializada, o projeto encerrou sua jornada nos cinemas com o acúmulo de US$ 856,1 milhões. Uma renda invejável para um primeiro filme de um personagem específico do universo do herói Homem Aranha, de propriedade da Sony Pictures. Era questão de tempo para surgir uma sequência, independente da sua real necessidade. Venom - Tempo de Carnificina tenta repetir ou superar o feito do primeiro filme com uma simplicidade preguiçosa além de uma terrível falta de originalidade. Todos os clichês do gênero estão presentes e tudo parece feito mesmo para irritar quem espera algo mais. Os realizadores se arriscam para a comédia não intencional na interação entre Eddie Brock e “Venom”, o resultado em vários momentos chega a ser constrangedor e bagunçado. O filme é tão apaixonado por seu próprio mau gosto que fica voltando às mesmas piadas indefinidamente. Há uma piada recorrente sobre galinhas e outra envolvendo uma balconista de uma loja de conveniência que são usadas a exaustão. Fora isso, os efeitos visuais são bons ainda que sejam limitados, o vilão é legal, o clímax funciona e os créditos finais podem ser um gás necessário ao personagem tentando alcançar algo novo além da mediocridade.


     Inspirado nos quadrinhos do Homem-Aranha, a trama acompanha a evolução do relacionamento entre Eddie Brock (Tom Hardy) e Venom. O jornalista investigativo ainda está lutando com o conhecimento que ele tem de um alienígena demoníaco comedor de humanos vivendo dentro dele. Eddie geralmente pode controlar Venom, decidindo quando ele pode aparecer fora do corpo. No entanto, quando o simbionte fica com muita fome ou muito zangado (o que acontece muito), ele pode agir por sua própria vontade, o que geralmente envolve a destruição de coisas ou pessoas. Nesse meio tempo Eddie está fazendo uma história sobre Cletus Kasady (interpretado por Woody Harrelson), um serial killer condenado que aguarda sua sentença enquanto está na prisão. Os policiais acham que Cletus matou mais pessoas do que foi provado no tribunal e querem que Cletus diga onde estão os corpos antes de ser condenado. Em uma das entrevistas Cletus morde Eddie com força suficiente para tirar sangue. Cletus imediatamente percebe que o sangue de Eddie não tem gosto completamente humano. Cletus foi infectado com o mesmo DNA de Venom surgindo um alienígena demoníaco vermelho dentro dele. Essa criatura se tornará o Carnificina. O filme ainda passa alguns momentos mostrando o desenrolar da vida amorosa de Eddie com Anne Weying (interpretada por Michelle Williams) e depois é praticamente a luta final entre Venom e Carnificina.


      A boa notícia é que “Venom: Tempo de Carnificina” não é tão desigual quanto seu antecessor de 2018. Ele se desenrola exatamente como você espera, porque faz exatamente o que muitos outros filmes já fizeram em seu arco principal. O ritmo não se arrasta como no primeiro filme, mas também não há suspense real, a sensação de já ter visto esse filme antes é a pura representação da falta de novidade. Venom não tem uma história interessante a ser contada e acompanhamos um desenrolar pobre digno de um episódio piloto de uma série ruim de herói. É por essa baixa qualidade que a franquia de filmes Venom presta um desserviço aos outros filmes baseados na Marvel Comics. Certamente, de todos os personagens da Marvel destinados a ter sua própria série de filmes, ninguém esperava que Venom se tornasse o mais rentável e excêntrico do grupo. Embora possa não funcionar para todos os fãs de quadrinhos, os 97 minutos de Venom - Tempo de Carnificina não demora a passar. Venom aparece muito em tela e Carnificina também. Quem se aventurar em ver o filme devem aproveitar as batalhas entre os personagens favoritos e nada mais. BOBO E PREVISÍVEL.


 O filme estreia Exclusivamente nos cinemas nesta Quinta-feira 07/10 e terá sessões de pré-estreia nesta Quarta-feira 06/10!

O Meu Hype conferiu o filme na Cabine de Imprensa realizada pela Sony Pictures e Espaço Z

Hype: REGULAR (🌟🌟) - (Nota: 5,5)