quarta-feira, 5 de abril de 2017

TV - 13 REASONS WHY (PRIMEIRA TEMPORADA)


RAIO X: Baseado no clássico romance de Jay Asher, é a história de Clay Jensen, um estudante um pouco tímido, do ensino médio da Califórnia, volta para casa da escola um dia para encontrar um pacote enviado anonimamente, em sua porta. Após a abertura, ele descobre que é uma caixa de sapatos contendo sete fitas cassete gravada pela falecida Hannah Baker, sua colega que recentemente cometeu suicídio. Nas fitas, Hannah explica á treze pessoas como eles desempenharam um papel na sua morte, apresentando treze razões que explicam porque ela se matou. Através da narrativa de áudio Hannah revela sua dor e sofrimento, e os slides em uma depressão que acaba por conduzir a seu suicídio.

MEU HYPE: MÉDIO

Nova e corajosa série da Netflix aborda temas importantes de discussão sobre a adolescência e seus males. Tem uma narrativa interessante, trilha sonora excelente e elenco carismático. Porém mesmo sendo um importante meio de reflexão a série peca em glamourizar situações perigosas para uma geração cada vez mais fútil,vazia e sem respeito ao próximo.
 

Constantemente os adolescentes ganham histórias na TV ou no Cinema e pouca vezes notamos uma relevância em tais histórias que sempre acabam sendo clichés ambulantes de uma fase que precisa de uma atenção elevada devido ao número de transformações e acontecimentos que podem definir a vida adulta. 13 Reasons Why da Netflix logo que lançada tomou uma repercussão espetacular dentro de seu público alvo (jovens) por abordar feridas que pouco são exploradas e que muitas vezes por serem difícies e dolorosas são deixadas de lado. A trama não aborda só o suicídio mas como esse acontecimento afeta a vida de todas as pessoas que permanecem vivas. Dentro da história ainda há o Bullying, o Assédio, o Estupro e a Futilidade adolescente. São 13 episódios com uma narrativa interessante que mistura o presente com flashback de Hanna e os acontecimentos que culminaram em sua morte. A ambientação é bastante melancólica misturada com uma excelente trilha sonora de indie rock e uma direção bem coesa. O que acontece ao fim da temporada é uma mensagem de que não há nada de errado em dizer que existem momentos que precisamos de ajuda e que o ser humano não é auto-suficiente. A sensação que eu tive e que a personagem do fatídico suicídio que é martelado durante todo seriado se fechou em seu mundo e nem com sua própria família tentou solucionar o problema, essa desistência da vida ocorreu muito fácil sem buscar uma solução compatível aos seus dilemas. Daí surge o questionamento, será que essa geração de agora tem bagagem para receber essa história sem que ela não afete seu próprio dia dia!? São coisas que praticamente todas pessoas passam nessa fase e o mais interessante é que os adultos da série que deveriam ter uma postura mais firme se mostram distantes desses jovens assim como na vida real. Cada um provavelmente irá tirar uma conclusão de tudo isso e com certeza como reflexão e debate a série se torna obrigatória. Porém sua narrativa possui falhas, é repetitiva e as conclusões deixaram a desejar se tornando uma história maçante e sem muitos pontos positivos aos acontecimentos. 

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