quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

CINEMA - MOONLIGHT - SOB A LUZ DO LUAR


SINOPSE: Black (Trevante Rhodes) trilha uma jornada de autoconhecimento enquanto tenta escapar do caminho fácil da criminalidade e do mundo das drogas de Miami. Encontrando amor em locais surpreendentes, ele sonha com um futuro maravilhoso. 

HYPE: FORTE

Já estamos em 2017 mas nunca é tarde para assistir grandes filmes do ano passado e que demoram uma eternidade para chegar ao Brasil. Em matéria de visão crítica sem dúvidas Moonlight foi o filme mais comentado e elogiado de 2016 chegando a figurar nas principais listas de Melhores do Ano. Recentemente Moonlight ganhou o prêmio de Melhor Filme de Drama no Globo de Ouro e provavelmente estará presente entre os indicados ao Oscar 2017. O filme deve ser exaltado pela sua sensibilidade e coragem de tratar assuntos tão banalizados com soluções inteligentes, acompanhando a vida do garoto passo a passo para entender seus caminhos e seu futuro. Todos personagens por mais marginalizados que sejam são humanizados e o que vemos é um filme sobre a solidão de nós mesmos. O silêncio, as expressões, a fuga dos clichês de vitimismo, tudo com soluções criativas e atuações acima da média. Mesmo com tantas coisas positivas e um filme bonito de se ver, não deixa de ser apenas um filme correto. Como espectador senti uma falta de apego aos personagens, o final do filme é a prova maior disso, depois de viver toda a história de Black a sensação que fica é a falta de algo que desse ao filme o próprio propósito que é mostrado em tela. Acaba andando em círculos e não diz nada do que deveria falar sobre todos os assuntos tratados ali, o bullying, os problemas familiares, as drogas, a sexualidade, as relações afetivas. Todos esses assuntos são tratados de forma superficial e isso incomoda. Sinceramente, qual objetivo de viver uma história tão triste só como espectador e não ter uma mensagem de otimismo ou apenas uma demonstração verdadeira dos sentimentos ali expostos sem ser sub-entendido. Talvez de tanto querer fugir do vitimismo o filme se tornou frio demais tirando todo potencial de relevância sentimental. Para um filme independente, com pouco recursos, um diretor e elenco de novatos o filme alcançou uma repercussão surpreendente e merecida mas longe de ser uma obra prima como muitos pregam. 



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