sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

CINEMA - EU, DANIEL BLAKE


SINOPSE: O filme conta a história de um carpinteiro de 59 anos que está se recuperando de um ataque do coração e precisa de ajuda do Estado para se manter. Ele conhece a mãe solteira Katie e seus dois filhos, Daisy e Dylan, e eles acabam apoiando um ao outro.

HYPE: FORTE

O grande vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2017 já pode ser visto no Brasil nos cinemas. Com certo atraso mas nunca deixando de ser um tema atual a ser debatido em qualquer parte do mundo. Depender do estado é uma triste realidade que na época atual em que vivemos, com a crise e a corrupção podem desfavorecer um cidadão e fazer de sua vida uma eterna odisseia burocrática. Os acontecimentos relatados em Eu, Daniel Blake podem facilmente se encaixar em qualquer lugar, em qualquer país e com qualquer pessoa que ás vezes busca um direito que lhe é negado sem nenhum critério ou rigor. O filme é basicamente o dia dia desse cidadão em busca da ajuda de um sistema que falha em a todo custo dificultar o acesso de quem precisa de ajuda, essa que quando ocorre é feita da maneira mais complicada possível. Sua vida ganha contornos épicos e sua batalha em prol do seu direto comove e nos faz refletir em todas as mentiras que escutamos de quem nos representa lá no poder, em algum momento eles já se colocaram no nosso lugar para pelo menos serem menos ambiciosos e mais humanos. Talvez todos nós em algum momento da vida seremos Daniel Blake. O filme consegue em seu tempo de tela passar sua mensagem e tem cenas dramáticas que fogem um pouco do cliché habitual desse tipo de história. O ponto negativo vai para o fato de ser um pouco previsível seu final, sem muita ousadia, só assistimos a queda de um homem bom sem muita coragem de ir além na abordagem da luta dos direitos e o excesso de dosagem da carga emotiva criando um filme meio frio e calculista, como o próprio sistema abordado por ele.


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