terça-feira, 14 de maio de 2019

JOHN WICK 3 - PARABELLUM (2019) de "Chad Stahelski"


Hype: ÓTIMO

Terceiro capítulo da saga estrelada por Keanu Reeves não decepciona com cenas de ação alucinantes e lutas incríveis, o expectador tem pouco tempo para respirar e traz ação ainda mais impressionante que seus antecessores. O filme só decepciona quem espera que a trama saia do lugar. A franquia começou com o sucesso inesperado de "De Volta ao Jogo" de  (2014), sem se prender a necessidade de ser um blockbuster, o filme apresenta o personagem  John Wick ao público com insanos combates para vingar a morte de seu cachorro. "Um Novo Dia para Matar" (2017) aprofunda a relação de John Wick com uma organização secreta de assassinos, ele termina por quebrar as regras, expulso e perseguido. "Parabellum" começa exatamente aonde o último filme terminou, com o personagem enfrentando desafios cada vez maiores para continuar vivo. Reeves, que atualmente não consegue emplacar um grande sucesso atuando em filmes independentes ruins, pelo menos se entrega ao personagem sendo a alma de John Wick. Ele tem um equilíbrio interessante nos momentos de ação e também nos dramáticos. O ator, aos 54 anos, tem a ajuda de uma equipe de coreógrafos e dublês, mas é parte essencial da trama o vínculo que ele cria com o público. Na trama, após assassinar o chefe da máfia Santino D'Antonio (Riccardo Scamarcio) no Hotel Continental, John Wick (Keanu Reeves) passa a ser perseguido pelos membros da Alta Cúpula sob a recompensa de U$14 milhões. Agora, ele precisa unir forças com antigos parceiros que o ajudaram no passado enquanto luta por sua sobrevivência. No momento em que fica difícil de entender por que o ex-matador luta tanto pela sobrevivência, ele mostra que seu único objetivo é poder continuar lembrando da mulher, vítima de uma doença terminal. A explicação dá um pouco mais de coração a um filme que poderia ser só lutas e tiroteios, John Wick não declarou guerra contra o mundo por causa apenas de um cachorrinho. A cada cena o vislumbre da estética das lutas é a grande sacada. A ação vai desde cavalos usados quase como armas na mão do protagonista, uma luta sensacional em motos e também a participação de cachorros em uma fuga alucinada, Parabellum brilha nas maneiras mais inacreditáveis em que apresenta seus confrontos. Grande parte do processo evolutivo da franquia vai na adição de bons coadjuvantes, dois mestres das artes marciais como adversários aumenta ainda mais a dificuldade  do personagem. Mark Dacascos (Pacto dos Lobos e milhares de filmes B de ação) tem boa participação além de Yayan Ruhian (Operação Invasão) que protagoniza uma das cenas mais atordoantes. Não para por aí, temos Ian McShane (Deuses Americanos), Lawrence Fishburne (Matrix), Halle Berry (A Última Ceia) e Anjelica Houston (A Familia Addams). Essas participações acontecem sem muitas explicações e cumprem o papel de apenas serem um complemento na jornada de Wick ao longo do filme e ajudam a expandir a história do assassino e são bastante interessantes. Parabellum dificilmente  será o fim do personagem de Wick e a sensação é essa quando acaba o filme, que a história não avançou suficientemente para ser decretado como final e isso não é de forma alguma negativo se o estúdio souber conduzir a franquia. São mais de duas horas alucinantes em uma saga que agrada muito bem seu público alvo e cresce como blockbuster com capacidade de angariar mais fãs. IMPERDÍVEL.


O filme estréia nos cinemas nesta Quinta (16/05) pela PARIS FILMES.

Filme visto na Cabine de Imprensa realizada em Brasília.

Nenhum comentário:

Postar um comentário