segunda-feira, 6 de maio de 2019

CEMITÉRIO MALDITO (2019) "Pet Sematary" de "Kevin Kolsch" e "Dennis Widmyer"


Refilmagem de adaptação de Stephen King consegue ser fiel ao filme original e ainda trazer novos e interessantes elementos que o aproxima ainda mais da obra do escritor. 

Por trás de quase toda história de terror há um significado e dentro de Cemitério Maldito fica claro o tema bastante perturbador, a morte.  A existência de um lugar que pode romper essa barreira entre a vida e a morte já é algo bastante tenebroso ainda mais quando essa superstição pode se tornar real e afetar diretamente a interrupção de uma vida causando danos irreparáveis tanto no mundo dos vivos quanto dos mortos. Indo ainda mais a fundo,  nada se compara no sentimento e na dor que só a morte pode trazer e nas consequências que podemos chegar na loucura de buscar reparação quem já perdeu a vida. Essa reflexão é o ponto central da trama e a prova que o escritor realizou uma de suas mais interessante obras de sua carreira. Quanto ao filme, as modificações realizadas na refilmagem tiram aquele aspecto de "Filme B" do original (mesmo que por um lado na época de lançamento tenha funcionado) e buscam aproximar o conto de terror a nossa realidade atual. Esse crescimento após quase 30 anos de intervalo entre produções pega carona na nova onda de adaptações do famoso escritor após o sucesso de IT (2017) e algumas tramas adaptadas no Netflix. King é um dos maiores escritores do gênero e essa nova adaptação traz o realismo amparado na composição dos personagens, no terror psicológico e afastando um pouco a fantasia e o aspecto visceral Gore (que se concentra em representações gráficas de sangue e violência) do filme de 1989. O resultado é satisfatório. Na trama, a família Creed, Louis (Jason Clarke) e Rachel Creed (Amy Seimetz) acabaram de se mudar com seus dois filhos da cidade grande para a tranquila e rural cidade de Ludlow, no Maine, onde esperam estabelecer um senso de normalidade. Como médico, Louis trabalhou no turno da noite durante anos, atendendo a algumas das emergências mais terríveis e brutais. Essa mudança deve ser uma boa mudança de ritmo para a família e especialmente para os filhos, Ellie (de oito anos) e Gage (Hugo e Lucas Lavoie) mas quase de imediato a família sofre com a tragédia quando seu gato Church é atingido por um dos caminhões de combustível que se movem imprudentemente pela estrada do condado em frente à sua casa. A residência da família fica localizada nos arredores de um antigo cemitério amaldiçoado usado para enterrar animais de estimação e acaba como a solução encontrada por Louis para restabelecer a normalidade, porém, algumas coisas estranhas começam a acontecer, transformando a vida cotidiana da família em um pesadelo. Os diretores Kevin Kolsch e Dennis Widmyer conseguem melhorar o filme de 1989 em vários aspectos mesmo não conseguindo um equilíbrio nos jumpscares, (Susto de pular da cadeira!) são poucos mesmo o terço final sendo bem mais aterrorizante que no filme anterior. O romance de horror continua devastador e atual em uma meditação sobre o luto e a culpa. CALAFRIOS.



O filme é distribuído pela PARAMOUNT PICTURES.

Hype: BOM - Nota: 7,5

Filme visto na Cabine de Imprensa realizada em Brasília!


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