quarta-feira, 8 de maio de 2019

TUNGA - O ESQUECIMENTO DAS PAIXÕES (2018) de "Miguel de Almeida"


Hype: REGULAR

Cinebiografia do primeiro artista contemporâneo do mundo e o primeiro brasileiro a expor no Museu do Louvre, em Paris ganha as telas de cinema com relatos sobre sua vida e obra. Para quem gosta de Documentário é uma boa opção. Considerado um dos artistas contemporâneos mais importantes no Brasil, Antônio José de Barros Carvalho e Mello Mourão, seu nome verdadeiro, transitou entre a escultura, a performance, o cinema e o desenho. Aos 22 anos, em 1974, fez sua primeira mostra individual, no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. Tunga morreu em 2016, em decorrência das complicações de um câncer de garganta. Hoje, sua obra ocupa duas galerias permanentes no museu Inhotim, em Brumadinho (MG) e integra o acervo do museu Guggenheim nas unidades de Nova York e Veneza. O documentário mostra a trajetória do escultor, desenhista e artista performático que ficou mundialmente conhecido como Tunga, ele nasceu em Pernambuco e estudou arquitetura, urbanismo, literatura, filosofia, psicanálise, teatro, cinema e ciências exatas e biológicas para realizar seus trabalhos. Desenhista, escultor e artista performático, ele é considerado um dos criadores brasileiros mais representativos da arte contemporânea e o filme aborda os fragmentos de suas performances, instalações e obras. O diretor Miguel de Almeida constrói sua visão da vida e da obra do artista e relatos de Gerardo Mello Mourão, pai de Tunga, trazendo material diversificado de um dos maiores artistas plásticos contemporâneos. O filme é quase como um questionamento não só do trabalho de Tunga como também da própria arte com imagens e esculturas complexas e impactantes, grande parte com à narração da cantora Marina Lima e embalado pelo rock and roll psicodélico e tropicalista dos anos 1960 e 1970. Os questionamentos servem  como forma de conflito ao trabalho do artista que rompeu as fronteiras da arte contemporânea e fez sua extensa obra de esculturas, performances e experimentações rodar o mundo inteiro. O Esquecimento das Paixões não chega a ser um trabalho definitivo até pelas imagens a depoimentos estarem bem compactos. Esta não-ficção termina como uma breve visão da inquietação do próprio artista sem tomar partido e deixando ao expectador tirar suas próprias conclusões de suas obras. A quem se permitir, o documentário não chega a ser um registro para apreciação, tanto que é um pouco apressado e os depoimentos podem acrescentar pouco em um vasto campo de obras. A obra conta com os depoimentos de Miguel Rio Branco, Paulo Sergio Duarte, Cildo Meireles, Bernardo Paz, Murilo Salles, Fernando Sant’Anna, Arthur Omar, Cosmo Tomé da Silva, Leonardo Gomes Guimarães e Zé Mario Pereira. Tunga, o esquecimento das paixões traz um mergulho no reconhecimento do artista contemporâneo e termina como uma leve revisitação a sua memória e cada vez mostrando que o regional pode sim ser universal. ARTE!


O Documentário chega nos cinemas em circuito limitado nesta Quinta-Feira 09/05 pela CUP!

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