sexta-feira, 3 de maio de 2019

TUDO O QUE TIVEMOS (2018) "What They Had" de "Elizabeth Chomko"


Hype: BOM

Após meses de atraso, chega aos cinemas brasileiros o novo drama protagonizado pela atriz vencedora do Oscar em 1999, Hilary Swank. O filme sentimental não traz nenhum frescor quanto a sua trama ou abordagem e o destaque fica para o bom elenco em roteiro que se apega em uma abordagem honesta e simples sobre a doença de Alzheimer. O filme é a estréia na direção de Elizabeth Chomko, que se inspirou em suas próprias experiências com sua avó e de sua família tentando lidar com os horrores da doença de Alzheimer. Não chega a ser um assunto novo, outras produções já abordaram o tema, recentemente o drama "Para Sempre Alice", Still Alice (2014), trouxe o tema á tona em uma abordagem mais intimista da personagem interpretada por Julianne Moore. "Tudo que Tivemos" traz o foco no ambiente familiar tentando aliviar o drama com um toque de humor na condição da família ao presenciar a evolução da doença em sua matriarca. Não deixa de ser emocionante a reunião da família em torno de um problema gerando contradições em opiniões. A trama acompanha Ruth (Blythe Danner) que tem a doença de Alzheimer no estágio seis e sua família; o marido Burt (em boa atuação de Robert Foster) não quer discutir o assunto, o filho Nick (Michael Shannonquer colocar Ruth em um "centro de memória, a filha Bridget (Hilary Swank) confusa e abalada pelo problema da mãe e a neta Emma (Taissa Farmiga). Ruth acaba não sendo o centro das atenções dentro da discussão familiar, sua doença não é o ponto focal, o filme é sobre uma família em crise em seus próprios problemas pessoais. A doença é o clímax da tratativa desse cenário. Um dos pontos fortes do roteiro é esse carrossel de emoções. No entanto, vários fatores mantêm o filme em um território neutro, a crise abordada pela personagem descreve sua condição como não tão ruim quanto realmente é (Ruth nunca se torna violenta, por exemplo). As crises que envolvem a doença muitas vezes são encaradas com humor perdendo a chance de se aprofundar em um assunto sério e de bastante delicadeza. Como impressão final, fica um pouco abaixo como uma poderosa ferramenta de discussão sobre como lidar com a doença. A diretora extrai boas performances do quarteto central no que é um filme sincero, que pode sim render momentos de sensibilidade para quem procura esse tipo de história mesmo não sendo memorável. DRAMA FAMILIAR


O filme está em cartaz nos Cinemas pela Diamond Films.

#WhatTheyHad

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