Com história peculiar, jovem de 17 anos que conquistou a internet lança seu primeiro e empolgante álbum de estréia.
A cantora Billie Eilish chamou a atenção ao alcançar o estrelato pop com canções simples e caseiras escritas com seu irmão mais velho e rapidamente alcançou o sucesso nas plataformas digitais além de uma estética visual adotada em suas redes sociais. A jovem cantora realizou alguns shows acumulando fãs além de participações nos principais programas de entretenimento americano como Ellen DeGeneres e Jimmy Fallon. A cantora usa bem sua metáfora de conto de fadas de uma jovem conectada ao mundo por meio da internet e muitas vezes avesso a própria realidade e a própria sociedade. “When we fall asleep, where do we go?” tem a sagacidade e identidade própria mesmo que em alguns poucos momentos sua jovem voz lembre a cantora, Lorde. Eilish também conduz sua criação artística, construindo seu próprio universo em camadas para fãs obcecados por um fluxo integrado de música, vídeos, mídia social e encenação. Musicalmente, ela combina misturas que vão de pílulas sobre a melancolia adolescente a uma leve inclusão de hip-hop de boutique que ela mesmo faz questão de concretizar que soa como pop e toca como hip-hop. O mais interessante dessa trajetória é o controle popular da cantora, Eilish tem várias músicas com milhões de reproduções no Spotify e músicas que atingiram o topo das paradas musicais porém ela mesmo em entrevistas questiona sua popularidade nem sempre tao abrangente quanto os números, fugindo completamente dos padrões da indústria. Sua música parece não transitar fora dessa bolha criada pela cantora, atualmente no Spotify segue na vigésima posição como artista mais executado, algo impressionante para um início de carreira. Isso mostra o poder da cantora que chega em seu álbum de estréia já com canções conhecidas por seu público e pronta para alçar novos vôos. Elogiada por várias frentes da música não há como resistir a cantora teen e seu retrato de uma nova geração blasé e espertamente consciente que seu astro pop precisa dar o exemplo. A artista cita o rapper "Tyler, the Creator" como uma de suas principais influências, assim como "Lana Del Rey" e "Aurora". Leia o que achamos Faixa a Faixa! !!!!! Introduz o álbum com uma mini conversa e começa com a canção "Bad Guy" uma boa balada noturna, malcriada e com tom misterioso. Essa música tem cheiro de Hit instantâneo. "Xanny" tem a melancolia de uma canção que alerta do perigo de entorpecentes em uma breve alusão ao "Xanax. "You should see me in a crown" lembra bastante a cantora Lorde pela similariedade da voz porém sua fibra pop vai um pouco além. "All the good girls go to hell" tem elementos que a tornam vibrante e ao mesmo tempo é sombria. Um hino pop desta nova geração. "Wish you were gay" já havia conquistado os fãs antes de ser incluída no álbum e tem um refrão pegajoso. "When the party is over" é outra canção já conhecida e tem toda obscuridade presente nas músicas da cantora. "8" é uma bizarra e divertida brincadeira com vocais e sons. É um sonho que pode virar pesadelo. "My Strange Addiction" tem uma gostosa e acessível batida sem ser comum. "Bury a friend" foi a música modelo para criar a estética do álbum e tem uma urgência interessante de apreensão do que vem a seguir. "Ilomilo" é uma canção deliciosa que certamente se enquadra na estética de leve desespero do álbum. "Listen before i go" é uma canção de amor que não traz conforto algum e ressalta a angústia por quem te faz mal. "I love you" segue o fim do trabalho mais concentrado na paz de espírito em uma linda canção de amor prestes a explodir a qualquer momento mas que fica só na ameaça se tornando doce e palentável. "Goodbye" é o fim da viagem com ares de que tudo assimilado pode ser bom ou ruim dependendo do que você está sentindo. Ainda é cedo para afirmar que Billie Eilish será a próxima estrela pop dessa geração mas ela segue como grande promessa a tal posto. Sua maturidade é admirável ao lidar com a fama e todos os sentimentos e sensações que a rodeiam. Essa nova revolução consciente sobre os perigos das drogas e também a necessidade da saúde mental a colocam como principal estrela pop desse atual momento, posto merecido e sempre questionável. DIÁRIO DE UMA ADOLESCENTE!
Música Favorita: Bad Guy
São 14 músicas disponíveis nas principais plataformas digitais de música!
Hype: ÓTIMO - Nota: 9,5
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