quarta-feira, 10 de abril de 2019

ESTRADA SEM LEI (2019) "The Highwaymen" de "John Hancock"


Hype: REGULAR

"Novo filme original da Netflix usa a referência de Bonnie e Clyde, o casal de criminosos mais famosos e eternizados da história americana para uma thriller sob a perspectiva dos dois policiais que conseguiram conter a dupla. O resultado é um filme com elementos interessantes que não vai muito além de uma trama de perseguição com interessante olhar e pouco a oferecer. O casal de bandidos do Texas foram condenados por impulsivos crimes nos anos 30 e foi marcado por um excesso de glamour pela ótica da mídia e de quem exaltava tais atitudes. O casal foi o maior sinônimo de uma era marcada pela rebeldia em torno do capitalismo atingido pelos bancos, Bonnie era de certa forma uma referência de mulher elegante e que portava um rifle automático e não se intimidava a cometer crimes. Os homens geralmente ocupavam o foco central em roubo de bancos e a condução de carros conversíveis. A versão á tona em Estrada Sem Lei pela visão dos policiais ressalta o quão equivocado foi a abordagem em volta do casal que realizavam atrocidades como assassinos cruéis. No filme não é mostrado o rosto dos criminosos até o ato final. Esse mistério é o ponto alto do filme assim como a presença de Kathy Bates como a Governadora "Ma Ferguson", responsável por convocar dois policiais aposentados para a missão de eliminar o rastro de terror dos criminosos. Dirigido por John Hancock, acostumado a dirigir dramas elaborados, sua mão pesou um pouco no resultado final, com excesso de duração e falta de efetividade na ação. Na trama Frank Hamer (Kevin Costner) e Maney Gault (Woody Harrelson) são dois policiais aposentados quando Bonnie e Clyde começam sua onda de assaltos e assassinatos. Porém, quando o FBI se mostra incapaz de capturar os bandidos, eles são recrutados como investigadores especiais para resolver o caso. A história tem toda uma atmosfera plástica graças a fotografia e no centro disso tudo um certo machismo muito presente da época porém com abordagem cuidadosa, mulheres são coadjuvantes na trama e Hamer e Gault expoem também a velhice e como eles ainda são capacitados e relevantes para missão. Bonnie e Clyde terminam sem relevância e pouco convincentes no argumento. O legado de Bonnie Parker e Clyde Barrow está intensamente ligado  ao filme de 1967 de Arthur Penn, que ganhou o título no Brasil de "Uma Rajada de Balas" e que figura como um clássico sobre o assunto, eles não foram os únicos ladrões de banco que enfrentaram a morte em uma chuva de balas após anos em fuga mas são eternamente lembrados. Essa diferenciação de abordagem faz com que os Texas Rangers, Frank e Gault sejam a identificação que o expectador precisa como referência e coloca Bonnie e Clyde como monstros sem rosto, cuja presença existe para alimentar os homens determinados a derrubá-los. Acaba como uma alternativa de entendimento desse mito americano aonde conhecemos o outro lado de uma saga investigativa. O drama produzido pela Netflix tem estilo dos antigos filmes policiais de Hollywood. A dupla tem uma boa química mas cai em um padrão de trocas sonolentas de argumento tornando essa saga aparentemente um lugar comum e sem contar a melhor história possível para deixar os bandidos em segundo plano. No fim das contas Costner e Harrelson são o atrativo mesmo sem brilhantismo juntamente com o design de produção do período e a ótica dos "heróis". O pseudo "road movie" não apresenta algo que o torne obrigatório no catálogo do streaming sendo um interessante passatempo para um dia sem opções. OS HERÓIS AMERICANOS."  


O filme está disponível no streaming Netflix.

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