Sem brilho, o grande destaque desse drama de época sem dúvidas são as atrizes Saoirse Ronan e Margot Robbie, com pleno domínio das personagens em trama com história e roteiro novelesco.
O filme demorou meses após a estréia nos EUA para chegar aos cinemas no Brasil perdendo força e repercussão, principalmente após o vazamento na internet. Chega já apagado mesmo não sendo ruim. O filme tem qualidade técnica impecável tanto que participou do Oscar 2019 nas categorias de "Melhor Figurino" e "Melhor Maquiagem" que inclui também penteado. Chega a ser engraçado as nomeações da figurinista Alexandra Byrne para o Oscar, considerando que ela declararou que não foi fiel ao período elisabetano e incorporou materiais contemporâneos como jeans para fazer a história apelar para o público atual. Ela também realizou os trajes em "Elizabeth: A Era de Ouro", em 2007. Já a indicação de Maquiagem veio do trabalho realizado em Robbie em dois estágios: antes, ela é jovem e bela e, depois, contraí varíola, deixando seu rosto marcado por cicatrizes. Mesmo com esses dois trabalhos ganhando visibilidade sua história não chega a engrenar possuindo mais erros que acertos, dentre eles o foco central da diplomacia inglesa e escocesa sendo abordada sobre a ótica pessoal de duas irmãs em uma época aonde ser mulher já era um enorme desafio, isso poderia render muito mais do que o apresentado sem contar as subtramas superficiais sem qualquer substância! Na história, Mary (Saoirse Ronan), ainda criança, foi prometida ao filho mais velho do rei Henrique II, Francis, e então foi levada para França. Mas logo Francis morre e Mary volta para a Escócia, na tentativa de derrubar sua prima Elizabeth I (Margot Robbie), a Rainha da Inglaterra. O título original (Mary Queen of Scots) mostra que o foco principal é Mary, a Rainha dos Escoceses e suas vivências porém Elizabeth I também ganha atenção na corte britânica graças a boa atuação de Margot Robbie. As duas têm espaço para brilhar tanto que no Brasil foi dado o justo título de Duas Rainhas. O trabalho estético está alinhado porém é uma pena o roteiro, assinado por Beau Willimon (House of Cards) não sustentar a história. A novata diretora Josie Rourke traz sua experiência no teatro e possui potencial em ir adiante mesmo sendo cirúrgica demais sem surpreender. Quem gosta desse tipo de trama pode encarar sem maiores pretensões, tem todos elementos já bastante utilizados em diversas outras tramas de época. Já quem espera sair dessa zona de conforto pode achar o filme sem um propósito realmente interessante ou inovador para embarcar nessa viagem. PONTUAL!
O filme é distribuído pela Universal Pictures.
Hype: REGULAR - Nota: 6,0
Hype: REGULAR - Nota: 6,0
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