domingo, 21 de abril de 2019

SPECIAL - Temporada 1 (2019)


Special conquista o expectador com a história de Ryan, rapaz gay que possui Paralisia Cerebral e sua jornada em busca da felicidade. 

Com oito episódios de 15 minutos cada, é possível conferir a produção em uma rápida maratona. O misto de comédia e drama é agradável e o principal destaque sem dúvidas é seu protagonista interpretado por Ryan O’Connel, que também é o roteirista e produtor da série lançada pela plataforma de streaming. Em tempos aonde a tecnologia e os aplicativos de relacionamentos tenta nos dar a sensação de que tudo é mais fácil, a vivência das relações interpessoais vira um desafio considerável, esse é o foco da bem humorada série que sem dúvida trata de assuntos delicados com uma abordagem cuidadosa da mesma maneira que já foi realizado em outro bom seriado também da Netflix, Atypical (que conta o drama de um jovem autista que deseja arranjar uma namorada). O personagem principal de Special deseja coisas que em grande parte não depende somente dele e esse é o principal conflito da trama, como ele vai lidar em suas decisões, com a insegurança, o julgamento, o medo de situações que podem ser consideradas normais como a tensão de um primeiro encontro (mesmo após conversas pelo celular), primeira transa, morar só, fazer amigos entre outros temas, que na vida de uma pessoa com paralisia cerebral é diferente e são esses aspectos que Special consegue trazer á tona de forma honesta sem vitimismo e sem fantasiar. Em resumo a trama traz Ryan Hayes (vivido por Ryan O’Connel) que sofre com uma paralisia que retardou o movimento de uma de suas pernas e dificulta um pouco seu mundo pós-jovem. Cansado e com uma autoestima surpreendentemente alta, ele decide aceitar um estágio não remunerado em uma agência de textos online para dar voz a sua vida pouco agitada. Nesse meio tempo sua preocupação é conseguir viver sua sexualidade: ele tenta marcar seus primeiros encontros com a ajuda de aplicativos de relacionamento gay. Sua vida começa a entrar nos eixos com a aparição de Kim (Panum Patel), sua colega na agência que o incentiva a sair de casa e conhecer pessoas, e quando decide morar sozinho - mesmo que seja completamente dependente de sua mãe, Karen (Jessica Hetch). Graças ao bom coração e simplicidade de Ryan ao lidar com suas questões, cada reflexão em cada episódio nos aproxima cada vez mais da história mostrando dois paralelos bem complicados quanto a sua adaptação ao mundo gay e quanto a sua personalidade própria em levar adiante seus sonhos independente da Paralisia e o preconceito sofrido diariamente. A sensibilidade das vivências do personagem tornam o seriado uma agradável surpresa, a história é inspirado um relato pessoal do seu criador ganhando contornos ainda mais surpreendentes e deixando a trama ainda mais próxima da realidade. A VIDA PODE SER ESPECIAL, SÓ DEPENDE DE VOCÊ


São 8 episódios disponíveis na Netflix


Hype: ÓTIMO

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