terça-feira, 17 de dezembro de 2019

MINHA MÃE É UMA PEÇA 3 (2019) de "Susana Garcia"


Dona Hermínia, personagem de grande sucesso interpretado por Paulo Gustavo ganha terceiro filme que repete todos os acertos dos anteriores com bastante humor, sensibilidade e carisma.

Nos últimos anos, as comédias nacionais tentaram a todo custo se renovar dentre uma enxurrada de lançamentos sofrendo com o desgaste e a repetição de temas. Um dos comediantes que conseguiu  contornar isso talentosamente foi Paulo Gustavo, que mesmo sem grandes inovações continua apurado em seu humor desbocado com Dona Hermínia, personagem inspirado em sua própria vivência com sua mãe e sucesso no teatro. A história desse terceiro filme é bem simplista, Dona Hermínia (Paulo Gustavo) vai ter que se redescobrir e se reinventar porque seus filhos estão formando novas famílias. Essa supermãe vai ter que segurar a emoção para lidar com um novo cenário de vida: Marcelina (Mariana Xavier) está grávida e Juliano (Rodrigo Pandolfo) vai casar. Para completar as confusões, Carlos Alberto (Herson Capri), seu ex-marido, que esteve sempre por perto, agora resolve se mudar para o apartamento ao lado. Tudo acontece como se fosse uma sequência direta do segundo filme e sem grandes truques, todo foco está em Dona Hermínia que brilha naturalmente em tela como um teatro dentro do cinema. As piadas funcionam com facilidade, o espectador já se sente parte da familia, compartilhando as tensões e emoções. Diferente do segundo filme que  possuia piadas mais contidas e elaboradas, nessa continuação o tom é bastante escrachado, sem papas na língua, e qualquer lugar vira palco para a protagonista. Limitado de pretensões, a trama até busca interação com outros personagens que se mostram pouco iluminados até pela falta de um roteiro forte. Para quem procura uma comédia de situações cotidianas, o filme cumpre muito bem seu papel mesmo com alguns furos, entre eles, repetir o clichê de uma viagem que movimenta os personagens para outro país, desta vez, para Hollywood e sem qualquer necessidade na trama. Uma outra coisa difícil de entender é a decisão de não ter o beijo do casal gay protagonizado pelo filho de Herminia em seu próprio casamento, em um filme que tenta ser inclusivo positivamente foi a única coisa que faltou, algo tão simples e que não deveria ser motivo de corte pelo comediante, que ao final do filme, inclusive, dedica a produção ao seu marido. No geral, é uma comédia que muitos vão se identificar e se divertir curtindo cada momento da personagem, que faz humor com qualquer coisa e isso é um grande ponto forte além das piadas ácidas e descontroladas. Fique até o final pois os créditos mostram Paulo Gustavo e sua família em aparição hilária. DIVERTIDO.


O filme estréia em 26/12 nos cinemas com distribuição da PARIS FILMES, DOWNTOWN FILMES e GLOBO FILMES.

O Meu Hype assistiu ao filme em sua CABINE DE IMPRENSA realizada em Brasília.

Hype: BOM - Nota: 7,0


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