quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

PLAYMOBIL – O FILME (2019) de "Lino DiSalvo"


Em primeiro longa-metragem, linha de brinquedos Playmobil leva público a uma jornada embalada por humor e ação com foco principal nas crianças sem ser memorável.

Seguindo a linha do sucesso nos cinemas alcançado por Lego, Playmobil ganha sua oportunidade nas telonas, infelizmente sem as sutilezas necessárias ou uma história empolgante para tornar o filme uma opção certeira para todos. A linha de brinquedos criada em 1974 ficou mundialmente conhecida e até hoje agrada colecionadores e crianças, porém, com uma capacidade criativa limitada, o brinquedo consiste em pequenos bonecos com partes móveis e uma série de objetos, veículos, animais e outros elementos com os quais eles se integram compondo uma série de cenários, sempre dentro de uma temática específica. Com uma mistura de Live-action com desenho animado, o maior pecado do filme é uma certa preguiça em desenvolver esses personagens e suas concepções, decepcionando pelo simplismo da sua abordagem, não há nada de especial na história. Na trama, após a morte de seus pais em um acidente de carro, a adolescente Marla (Anya Taylor-Joy) precisa cuidar de seu irmão mais novo e perde o senso de aventura. Ela o redescobre quando os irmãos são de alguma forma transportados para um mundo Playmobil. Quando Charlie (Gabriel Bateman) é sequestrado por um imperador do mal (Adam Lambert), cabe a Marla resgatá-lo e interagir com outros personagens que podem ajudá-la. O filme se concentra principalmente nos irmãos mesmo que superficialmente, a relação de Marla e Charlie não emociona o quanto deveria, Marla em vários momentos se torna irritante e cansativa. O universo mágico e animado de Playmobil no filme é resumido a um cenário de uma exposição, uma solução fácil e até justificada pelo baixo orçamento, mas pouco convincente quando tudo se torna bem limitado. Na aventura de Marla ela encontra amigos inesperados: o caminhoneiro Del, o agente secreto e carismático Rex Dasher (Dublado no original por Daniel Radcliffe), um robô rebelde, uma fada madrinha extravagante (Dublado no original por Meghan Trainor) e muitos outros. Essas interações são bastantes forçadas mesmo que necessárias para fluir a trama. Os números musicais também não funcionam. O diretor do desenho Lino DiSalvo, antigo colaborador da Disney Animation, realiza seu primeiro trabalho como diretor e roteirista sem muito primor. No geral, a mensagem principal do desenho de que é possível conseguir qualquer coisa quando se acredita em si mesmo se perde na falta de lógica da jornada composta por variados personagens que são bem superficiais. Talvez agrade crianças bem pequenas e fãs dos brinquedos. GENÉRICO.


O Longa-animado terá sessões de pré estréia nesse final de semana e estréia nos cinemas  em 19/12 pela PARIS FILMES.

O Meu Hype assistiu ao filme em sua Cabine de Imprensa realizada em Brasília.

Hype: RUIM - Nota do Crítico: 4,0

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