quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

O CASO DE RICHARD JEWELL (2019) "Richard Jewell" de "Clint Eastwood"


O diretor Clint Eastwood, como um bom contador de histórias traz em seu novo filme várias ferramentas de reflexão sobre um caso que abalou uma família americana na década de 90.

O tema do homem comum enfrentando o sistema ao seu redor é novamente utilizado pelo aclamado e premiado diretor em filme que possui muitas semelhanças com outra obra recente dele: Sully: O Heroi do Rio Hudson (2016). É aquela velha história onde alguém que realiza um grande feito é alvo de desconfianças e precisa provar sua inocência. O diferencial desta história é o toque experiente e humano de Eastwood, ele tem todo cuidado em apresentar a vida de Richard Jewell de maneira honesta com erros e acertos, desde o começo do filme se cria  vínculos de simpatia pela sua história de vida, graças também a uma emocionante atuação do ator Paul Walter Hauser em seu primeiro grande papel. Outro destaque dentro do elenco é Kathy Bates que brilha em atuação de destaque como a mãe do personagem. O elenco ainda conta com o vencedor do Oscar, Sam Rockwell, Olivia Wilde e Jon Hamm nos papéis principais. O filme é baseado em um artigo publicado pela revista Vanity Fair em 1997 e nas crônicas da vida de Richard Jewell durante os eventos que levaram ao atentado nos Jogos Olímpicos de 1996 em Atlanta, Geórgia.  Jewell trabalha como um guarda de segurança para a AT&T, quando ele descobre a conspiração que resultou no Atentado ao Parque Olímpico Centenário. Ele então heroicamente salva vidas depois que uma bomba foi detonada durante as Olimpíadas de 1996. No entanto, o FBI identifica-o como principal suspeito e isso leva a sua injusta difamação por jornalistas e pela imprensa. Dirigido e produzido por Clint Eastwood e escrito por Billy Ray, o drama biográfico causa diferentes reações, tanto que sua estréia foi bastante ofuscada por diversos protestos do direcionamento escolhido pelo diretor, principalmente em relação a abordagem bastante agressiva sobre a mídia, e a todo estrago realizado pela imprensa no caso abordado, inclusive no filme é realizado uma sugestão de troca de informações por sexo entre uma jornalista e um integrante do FBI.  Polêmicas a parte, o filme conta uma história simples porém emocionante e muito bem amarrada sobre como a imprensa e o FBI acabaram com a vida de um herói que foi acusado por algo que não fez e que tentou ao máximo evitar, criando um fato que se reflete bastante até mesmo com a atualidade, aonde as pessoas cada vez mais julgam antes mesmo de ter o conhecimento da verdade ou a apuração dos fatos, principalmente em tempos de internet e fake news. CAOS REAL.


O flme estréia em 02 de Janeiro de 2020 nos cinemas pela Warner Bros.

O Meu Hype assistiu ao filme em sua Cabine de Imprensa realizada em Brasília.

Hype: BOM - Nota: 6,0

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