quarta-feira, 13 de novembro de 2019

AS PANTERAS (2019) "Charlie's Angels" de "Elizabeth Banks"


A nova geração das Panteras surgem em filme bem realizado, divertido e na medida certa para agradar antigos e novos fãs.

A multifacetada Elizabeth Banks (A Escolha Perfeita) dirige nova adaptação das icônicas personagens, agora compostas por Kristen Stewart (Crepúsculo), Naomi Scott (Aladdin) e Ella Balinska em sua estréia no cinema. O serviço secreto de detetives comandado pela Agência Townsend já movimenta a cultura pop desde a década de 70 aonde o seriado, Charlie's Angels, no Brasil batizado de As Panteras, fez relativo sucesso na TV sendo finalizado em 1981, após cinco temporadas. A série mantém um status cult até os dias de hoje como o início do empoderamento feminino na TV, mesmo depois no futuro sendo alvo de críticas pela sexualização de suas protagonistas. Nos anos 2000, McG dirigiu sua versão para os cinemas, atualizando as detetives e se baseando levemente no seriado de televisão, essa repaginada foi muito celebrada mesmo não agradando totalmente os fãs da série e até ganhou uma continuação em 2003. Desta vez, pela primeira vez na história da franquia, sendo dirigido por uma mulher, as novas Panteras conseguem impor um ritmo atual e ao mesmo tempo natural, entregando um frescor ao ressaltar a importância das mulheres no legado construído pelo misterioso Charles Townsend, essa condução de imaginar a Agência Townsend 40 anos depois, em uma nova era global com uma rede internacional de Panteras e Bosleys é uma revigoração inteligente, ao mesmo tempo que se integra as antigas versões, como um "fan service" que funciona bem. O novo filme consegue construir um novo caminho e ter substância na medida certa para um bom entretenimento sem subestimar o expectador, algo que muitas vezes atrapalhava os filmes anteriores. As cenas de ação são bem filmadas sem necessidade massiva de efeitos especiais, compravando que a ótima produção, Kingsman, fez escola em incorporar um novo conceito de apresentar tais cenas ao público com elegância e envolvimento. Outro mérito da produção foi encontrar atrizes que não se ofuscam, cada uma consegue o seu protagonismo necessário e alinhado ao todo, subvertendo padrões da indústria que cada vez mais se abre as mulheres de forma sincera, sem precisar ser político. A mistura de reboot e sequência não atrapalha, as piadas são discretas e equilibradas, sempre pontuando e zombando do machismo, algo bastante presente no filme é sua trilha sonora pop, ao som de grandes artistas da atualidade como Ariana Grande, Miley Cyrus, Lana Del Rey e outros, incluindo a brasileira Anitta, um trecho do filme se passa no Brasil, inclusive. Tudo se encaixa de uma forma em que o filme se faz atual e nostálgico ao mesmo tempo. O risco de mexer em um produto tão adorado é apresentado de maneira aceitável mesmo que não saia do lugar comum entre filmes de origem, as reviravoltas é um atrativo e também um passo confortável, inofensivo e divertido na franquia. OBS: Há cenas pós créditos!  FILME PIPOCA.



O filme estréia nesta Quinta-Feira 14/11 nos cinemas pela Sony Pictures.

O Meu Hype assistiu ao filme em sua Cabine de Imprensa realizada em Brasília.

Hype: BOM - Nota: 7,5

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