sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

O GRITO (2020) - "The Grudge" de "Nicolas Pesce"


Reboot da versão americana do terror japonês repete a mesma história com pouca criatividade e erros em sua condução.

Em 2002, o remake americano do japonês Ringu, O Chamado, chegou aos cinemas e se tornou um grande sucesso para o gênero. O filme inspirou uma enorme onda de remakes americanos de filmes de terror asiáticos, que inclui O Grito, mais conhecido no país de origem como Ju-on, criado por Takashi Shimizu, o filme foi um grande sucesso gerando várias continuações. Sua adaptação americana foi lançada em 2004 e gerou 3 filmes. A saga baseia-se numa maldição folclórica japonesa, a qual se diz que quando uma pessoa morre num momento de extremo  ódio, uma maldição nasce, tomando a forma das vítimas e habitando o local da morte, assombrando e matando qualquer um que entre em contato com ela. Os eventos desse novo filme buscam se conectar com a história original servindo tanto como uma reinicialização como uma sequência direta. A produção segue uma direção que se perde constamente, principalmente pela falta de novidade. O elenco não consegue entregar um bom trabalho e isso transparece nas soluções fáceis, encontradas em um roteiro tecnicamente pobre que usa e abusa dos clichês do gênero, são personagens superficiais em uma trama fria que anda em círculos e não chega a lugar nenhum. Outro ponto negativo é o erro de tom, principalmente em se apegar em sub-tramas dramáticas que não são importantes para a conclusão do filme, além da banalidade que se tornam os atos sobrenaturais que surgem em tela o tempo todo faltando um toque de originalidade e requinte. Na trama, em uma residência repleta de mistérios, nasce uma maldição poderosa após determinada pessoa morrer. Voraz, a entidade maligna evocada faz vítimas e uma policial local investiga o caso correndo sério risco de ser atingida pela maldição. O diretor Nicolas Pesce até consegue criar imagens desagradáveis de pesadelo, o cineasta trabalha com um elenco forte mas quando evoca algumas imagens assustadoras, esse rancor não consegue se justificar e quase nada funciona no filme, o bom ritmo da trama se contrapõe na necessidade de sustos facéis em um filme em guerra consigo mesmo. Toda vez que o filme começa a acumular medo suficiente se lança a diálogos desajeitados ou adiciona cenas que não tem absolutamente nenhum propósito. Chega a ser dificil se conectar ao filme com mais eficácia e em sua totalidade deixa muito a desejar. "FRACO".


O filme estréia nos cinemas em 13/02 pela Sony Pictures.

Hype: RUIM  - Nota: 3,0

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