"Sequência entrega algo fantasmagórico e eficiente que agrada aos fãs da
franquia de sucesso"
A franquia Invocação do Mal lançou
quatro derivados ao longo dos últimos cinco anos após o seu último filme em 2016. Agora a saga principal retorna às
telonas sem James Wan na direção, a equipe é constituída de colaboradores
frequentes, quem assina o roteiro é David Leslie Johnson-McGoldrick (Invocação
do Mal 2) e a direção de Michael Chaves, de A
Maldição da Chorona. Enquanto cineastas como Ari Aster e Robert Eggers
revelam uma essência mais elaborada e artística do terror, a série Invocação do
Mal começa a trabalhar esses elementos em meio ao formato
"blockbuster" conquistado pela série de filmes, que tem um alto
investimento, efeitos especiais bem produzidos além de se inspirar nos casos
reais que envolve a história principal. Ainda que o tema possessão demoníaca
seja um clichê nas produções atuais de terror, em Invocação do Mal 3 ela consegue
se destacar pela condução elaborada e gótica, seus personagens principais estão
cada vez mais a vontade na tela. Se os sustos arquitetados começam a se repetir
em um possível desgaste da fórmula de sucesso, os criadores conseguem ingerir
novos elementos além de referências visuais
mais clássicas, se desapegando dos adorados "Jumpscares". Um caminho
interessante ainda que perigoso para a franquia.
A trama do filme é baseada no mórbido caso real
de Arne Cheyenne Johnson, o primeiro réu a se defender de uma
acusação de homicídio sob a justificativa de ter sido possuído pelo demônio.
Ocorrido em 1981, todo o julgamento teve bastante atenção midiática, e a
família de Johnson inclusive buscou ajuda com o casal Ed e Lorraine Warren. A
versão do longa dramatiza o evento real. Vale citar que o título original usa o
mesmo nome popular do caso: The Devil Made Me Do It (ou
“O Demônio Me Obrigou”, em tradução livre). Para lidar com um caso delicado
desses, a tradicional fórmula de casa assombrada dos antecessores é deixada de
lado, e o longa coloca os protagonistas em uma verdadeira investigação policial
para tentar reunir evidências palpáveis que justifiquem o ato horrendo cometido
pelo rapaz de 19 anos.
Conforme o universo de Invocação do Mal é
expandido, é uma jogada inteligente introduzir novos gêneros e estilos para
continuar mantendo a franquia viva. A fórmula de detetive solucionando o
mistério de um assassinato em condições misteriosas é o modelo adotado para Ed
(Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) nesse filme, eles que já
abordam os casos de maneira investigativa, tentam ajudar o rapaz acusado de
assassinato e também entender a motivação sobrenatural do crime. Essa mistura
de thriller investigativo com aparições demoníacas e possessões assustadoras
dão um ar interessante a proposta do filme, ainda que não seja nenhuma novidade.
O grande trunfo dos realizadores é deixar o espectador cada vez mais curioso em
acompanhar o casal e seus casos sobrenaturais tamanho o cuidado com tudo que os
envolve em tela. Não é o melhor filme da franquia, nem o mais assustador mas
consegue um entretenimento de qualidade. TERROR ATMOSFÉRICO!
O
filme tem sessões nos cinemas abertos do Brasil a partir de 03 de Junho.
O
filme estará disponível sem custo adicional aos assinantes brasileiros da HBO
Max assim que o serviço for disponibilizado no país no fim de Junho.
O
Meu Hype conferiu o filme a convite da Warner.Bros e Espaço Z na Sessão de
Imprensa realizada em Brasília!
Hype: BOM (🌟🌟🌟)
(Nota: 7,5)
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