"A magia das animações Disney ganham uma
representação que sua fórmula clássica continua em ascensão para as novas
gerações"
Raya e o Último Dragão é
o 59º longa-metragem de animação da Walt Disney Animation Studios e mostra o
crescimento do estúdio tanto na beleza visual estonteante quanto na competição
acirrada com a Pixar por um patamar de qualidade cada vez mais difícil
de se alcançar, tamanha a competição e criatividade dos principais estúdios de
animação. Os filmes da Disney possuem ultimamente a busca pelo tom
da comédia sendo atualizados com gírias contemporâneas e até, com
moderação, referências à cultura pop, isso é bom para algumas pessoas e pode
decepcionar quem busca algo mais tradicional. O material mais importante a
se levar em conta é um modelo já esculpido a décadas pelo estúdio que precisa
se modernizar para um nova geração sem deixar de lado o encantamento dos
personagens e sua mensagem positivista. A mitologia de Raya é construída de
maneira fluida e quase automática, mas tem seu lado negativo também, sua condução não dá tempo
necessário para nos permitir conhecer os personagens, ou o mundo, ou
simplesmente curtir uma narrativa, a história avança constantemente em alta
velocidade, arrastando consigo seus personagens e diversas possibilidades. São
detalhes importantes de citar mas que não tiram o brilho do longa animado.
Na história, há muito tempo atrás, no mundo de
fantasia de Kumandra, humanos e dragões viviam juntos em harmonia. Mas
quando monstros sinistros conhecidos como Druun ameaçaram a terra, os dragões
se sacrificaram para salvar a humanidade. Agora, 500 anos depois, esses
mesmos monstros voltaram e cabe a uma guerreira solitária, Raya, rastrear o
último dragão para finalmente parar o Druun para sempre. No entanto, ao
longo de sua jornada, ela aprenderá que será necessário mais do que magia de
dragão para salvar o mundo - também será necessário a confiança e união entre 5
reinos diferentes. Não é necessário analisar muito para chegar a conclusão que
é uma história generosa e confortável que ainda consegue algumas sacadas
importantes e trabalhe com um
roteiro sofisticado usando uma interessante distopia. São poucas coisas que não
funcionam e seu entusiasmo frenético para a ação deve funcionar principalmente
para as crianças mais ansiosas por aventura.
A animação tem um fotorrealismo soberbo,
combinado com alguns efeitos de encher os olhos, alguns desses momentos
protagonizados pelo dragão que manipula a água, em todas as suas formas, o que
significa muitos respingos, muita chuva, muita neblina, e sua névoa mágica,
com tendência cintilante na chuva mágica que o dragão
pode transformar em uma escada, com salpicos de cor iluminando onde seus pés
tocam as gotas de chuva. Isso é sem dúvidas a magia da animação CGI que a
Disney apresenta de forma impecável como pouco visto em suas últimas produções. Raya é
um filme incrivelmente lindo, bem desenhado, iluminado, animado e
encenado. Sua narrativa forte e seus personagens encantadores são tão
requintados que agrada tanto as crianças como os adultos em um filme divertido e cheio de magia. UMA SAGA SOBRE CONFIANÇA.
O filme tem sessões nos cinemas abertos do
Brasil porém em um dos momentos mais tensos da pandemia com cidades em Lockdown
e cinemas fechados. A opção segura é ver em casa pelo "Premier Acess",
um acesso pago dentro do Disney Plus por R$69,99. O
desenho estará disponível sem custo adicional aos assinantes brasileiros da
Disney Plus no dia 23 de abril.
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