terça-feira, 6 de outubro de 2020

CAIXA PRETA (2020) - "Black Box" de "Emmanuel Osei-Kuffour Jr."

"Temática que mistura suspense e ficção científica é o primeiro acerto da produtora de terror Blumhouse Television com a Amazon Studios." 


O longa "Caixa Preta" chega no Especial "Welcome To The Blumhouse" no Prime Video, contrato de oito filmes a serem realizados pelo novo selo Blumhouse Television e apresenta uma história que lida com diversas questões morais e éticas com interessante atuação do ator Mamoudou Athie (Notas de Rebeldia) que praticamente leva o filme nas costasO mais interessante do filme é o bom trabalho de suspense para conectar o expectador ao seu personagem principal, Nolan, além de um bom trabalho também com a criança que interpreta sua filha. As cenas da sessão de hipnose onde Dra. Lilian leva o personagem de Nolan para acessar suas memórias com a ajuda da Caixa Preta são bem conduzidas ainda que teriam um potencial ainda maior. Tal aparelho é a única opção para Nolan tentar desvendar sua amnésia. O longa segura suas informações quase até o final, quando temos, enfim, uma resposta sobre o que de errado acontece com o rapaz e com sua médica, provando que memórias podem ser traiçoeiras e até mortais se usadas de maneira incorreta. As reviravoltas e soluções do roteiro elevam essa produção como uma boa história de terror com um toque de ficção científica sem necessidade de extravagâncias.


     A trama nos situa algum tempo depois do incidente que aflige Nolan (Mamoudou Athie), fotógrafo profissional, com amnésia. As cenas de abertura são apropriadamente estranhas, pois são feitas para nos contextualizar a um personagem para o qual seguimos por sua mente. Sua filha, Ava (Amanda Christine), se comporta como se fosse uma mulher adulta no corpo de uma criança de 10 anos, e leva algum tempo até descobrirmos que o acidente de carro que Nolan sobreviveu força Ava a assumir o papel de cuidadora de seu pai. Embora Nolan se esforce para recuperar suas memórias e, por extensão, seu eu passado, flashes de uma personalidade atormentada que Ava não consegue reconhecer indicam que ele mudou para sempre. Então, quando a neuropsiquiatra Dra. Lillian Brooks o convida para participar de um tratamento experimental usando um dispositivo indutor de hipnose chamado Caixa Preta, que pode devolver suas memórias, ele se envolve em algo sobrenatural e ao mesmo tempo recebe respostas sobre seu atual estado.


  A surrealidade floresce com um terceiro ato sinuoso que espanta a timidez inicial do longa e joga com os limites dessa ciência, mas também adiciona nuances emocionantes sobre memória e identidade. As lembranças de Nolan de ser pai e marido não são apenas as boas, e o roteiro ganha momentos dolorosos que você talvez nunca tivesse pensado que iria acontecer. A produção é aquele tipo de filme indie de ficção científica que cresce e estabelece suas próprias regras, em seu clímax atinge temas grandiosos em seus próprios termos e nas mãos confiantes de Osei-Kuffour Jr., eles são como pedaços bizarros que mostram como a Caixa Preta é única. O filme mantém o padrão dos bons momentos das produções da Blumhouse de James Blum, ou seja, espere um grande número de engates psicológicos dentro do longa, trabalhando intensamente dentro da mente humana com as lembranças e os pesadelos de Nolan, é aonde o filme consegue atrair o máximo da atenção dos espectadores mantendo uma abordagem segura até o final. BOA SURPRESA.


Disponível no Amazon Prime Video

Hype: BOM - Nota: 7,0

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