segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

CINEMA - EU NÃO SOU SEU NEGRO


SINOPSE: Narrado por Samuel L. Jackson, o documentário constrói uma reflexão sobre como é ser negro nos Estados Unidos. Em 1979, James Baldwin iniciou seu último livro, “Remember This House”, relatando as vidas e assassinatos dos lideres ativistas que marcaram a história social e politica americana: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr. Baldwin não foi capaz de completar o livro antes de sua morte, e o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck, que combina esse material com um rico arquivo de imagens dos movimentos Direitos Civis e Black Power, conectando essas lutas históricas por justiça e igualdade com os movimentos atuais que ainda clamam os mesmos direitos.

HYPE: FORTE

Documentário dá uma aula de como o preconceito extermina vidas e como a intolerância agride a vida de milhares de pessoas.  

Um dos grandes favoritos do Oscar 2017 na categoria Melhor Documentário, Eu não sou seu negro se torna uma obra obrigatória na vida das pessoas para entender e compreender todas as feridas do preconceito racial. Totalmente politizado, o filme aborta o tema com uma urgência bastante relevante e com dados interessantes sobre épocas importantes e dramáticos vividos pela comunidade negra nos Estados Unidos. São abordados de forma ágil três importantes ícones da luta racial: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr. Mesmo tendo muito o que dizer deles Baldwin consegue com agilidade acrescentar em sua história momentos importantes, mérito também do diretor Raoul Peck completar o livro e transformar tudo isso em imagens e uma critica muito bem abordada com os acontecimentos reais e com referência a tudo que consumimos. Uma das melhores metáforas usa o exemplo de um ícone do cinema, Jonh Wayne para explicar que a sociedade cria uma realidade extremamente concentrada no héroi branco e nos selvagens, nunca dando representatividade a quem eles consideram selvagens. É revoltante, impactante como a intolerância foi vivida por aquelas pessoas e como isso ainda reflete em uma sociedade que permanece intolerante as diferenças.  Excelente trabalho e mesmo que ainda se tenha um pouco de resistência do grande público aos documentários, merece ser visto e discutido.Uma obra que reflete que ainda estamos longe de entender como o ser humano consegue ser tudo, menos humano.

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário