sexta-feira, 1 de março de 2024

DUNA: PARTE DOIS (2024) de "Denis Villeneuve"

 


Um novo clássico do cinema!

     Duna: Parte Dois do diretor Denis Villeneuve, não apenas chega tão perto quanto se poderia esperar de um blockbuster, mas também supera a conquista já significativa do primeiro filme. Esta sequência, praticamente impecável, enche os olhos com uma mitologia provocante e atual, com uma fotografia arrebatadora e um elenco de primeira. Uma experiência refinada como em grandes obras-primas do cinema fantástico de Hollywood.

  A jornada mítica de Paul Atreides (Timothée Chalamet) é iniciada algumas horas depois dos acontecimentos do primeiro filme e mostra a integração de Paul e sua mãe, Jessica (Rebecca Ferguson), na cultura e nas tribos Fremen. Nesse tempo, Paul e Chani (Zendaya) se apaixonam, e juntos iniciam uma campanha contra os seus inimigos opressores. Paul se aproxima de um de seus piores pesadelos - o cumprimento de uma profecia que ele previu, uma guerra santa travada em seu nome.

  A adaptação cinematográfica de Duna consegue ser tão relevante quanto a importante obra da literatura de ficção científica. São poucos manuscritos do gênero que manipulam com tanta maestria uma vasta diversidade de temas que permeiam atualmente a sociedade.

Na obra literária original (1965), Frank Herbert se aprofunda nas questões acerca do planeta Arrakis, um deserto de grande importância: o único lugar capaz de extrair o mélange – a especiaria. Tendo a criação de mundo como o principal alicerce de sua obra, o autor aborda temas fundamentais como a religião e as guerras santas em nome do protagonista, Paul Atreides, além da ecologia do planeta e todas as tramas políticas que envolvem o Imperium, uma espécie de feudalismo intergaláctico. Denis Villeneuve se consagra e não se perde na riqueza de Duna, tudo está no seu devido lugar.

   Em linhas gerais, os elementos fantásticos de Duna provocam o espectador a uma das indagações filosóficas mais interessantes desde Star Wars, a tendência natural da humanidade de se render, de tempos em tempos, à uma figura messiânica e de abriram mão de seu próprio livre-arbítrio. Além da representação clara da figura messiânica em Paul Atreides, a história abrange também as consequências de uma filosofia de governo pautadas na religiosidade. Os exércitos fremen partem para um jihad – uma guerra santa e cometem genocídios em nome de seu profeta. 

  A jornada de Duna é bastante rica de questionamentos confrontando o futuro com o que se vive agora. O cinema entregue por Denis Villeneuve é vivido, lindo e atemporal, uma obra prima!


⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ Novo Clássico!

👀 Em cartaz nos cinemas! 

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