"Praticamente levando o filme nas costas,
Chloe Grace Moretz embarca em produção que não foge de seu objetivo de Filme B
e diverte sem maiores compromissos"
Talvez seja difícil falar desse filme sem citar um
episódio meio maluco, é uma história com viés feminista escrito por um
roteirista acusado de abusar sexualmente de 8 mulheres, Max Landis foi afastado do
projeto e o roteiro foi reescrito pela diretora Roseanne Liang. Mesmo
assim a obra passa muito tempo ofendendo a protagonista por ser uma mulher em
um ambiente que quase sempre é a representação do machismo estrutural, chega a incomodar um pouco e mostra o quanto é necessário se desapegar de
qualquer análise mais profunda sobre Shadow in the Cloud, lançado nos EUA diretamente em VOD. O filme é uma bagunça assumida, divertida e
absurda, chega a lembrar filmes de ação como Transformers e Velozes e Furiosos,
onde é necessário se desligar da realidade para viver a experiência oferecida cheia de atrativos.
Um dos destaques vai para a atriz Chloe Grace
Moretz que consegue segurar a onda tanto na parte dramática quanto nas cenas de
ação. Ela sempre é uma graça atuando mesmo em um papel que
exige dela o protagonismo, a personagem é realizada de maneira natural por
ela. O filme é um exercício de tensão bem executado e claustrofóbico, praticamente todo
filme se passa dentro de um avião e nem isso atrapalha o seu desenvolvimento, a
duração do longa é curta e agradável e em resumo, seria bem mais interessante
se fosse um episódio de alguma série antológica como Além da Imaginação, por
exemplo, como longa metragem sofre da falta de recurso e de uma história mais
elaborada e menos prática ainda que nada disso atrapalhe a experiência bem
executada da trama.
Shadow In The Cloud pode ser considerado um
suspense de mostro e sua estrutura é parecida com o sucesso alternativo
Cloverfield (2008), sua estrutura de Filme B assumida cai muito bem para esconder suas
falhas, sua fotografia é charmosa e sem maiores desafios, a trilha sonora é bastante
atrativa e inspirada nos anos 80 além de efeitos especiais práticos e legais. No geral e
tão divertido quanto um filme pode ser. A sua força é justamente em se desprender de ser maior do que realmente é, principalmente no
domínio de manter a atenção em menores espaços, funciona em não perder seu
poder de instigar, assista sem expectativas, tome isso como uma ficção
absurda que você terá momentos divertidos com um final insano como recompensa.
BOM PASSATEMPO.
Hype: BOM - (Nota: 7,0)
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