terça-feira, 12 de janeiro de 2021

"UMA SOMBRA NA NUVEM" - "Shadow in The Cloud (2020) - "Roseanne Liang"




"Praticamente levando o filme nas costas, Chloe Grace Moretz embarca em produção que não foge de seu objetivo de Filme B e diverte sem maiores compromissos"

     Talvez seja difícil falar desse filme sem citar um episódio meio maluco, é uma história com viés feminista escrito por um roteirista acusado de abusar sexualmente de 8 mulheres, Max Landis foi afastado do projeto e o roteiro foi reescrito pela diretora Roseanne Liang. Mesmo assim a obra passa muito tempo ofendendo a protagonista por ser uma mulher em um ambiente que quase sempre é a representação do machismo estrutural, chega a incomodar um pouco e mostra o quanto é necessário se desapegar de qualquer análise mais profunda sobre Shadow in the Cloud, lançado nos EUA diretamente em VOD. O filme é uma bagunça assumida, divertida e absurda, chega a lembrar filmes de ação como Transformers e Velozes e Furiosos, onde é necessário se desligar da realidade para viver a experiência oferecida cheia de atrativos. 


      Um dos destaques vai para a atriz Chloe Grace Moretz que consegue segurar a onda tanto na parte dramática quanto nas cenas de ação. Ela sempre é uma graça atuando mesmo em um papel que exige dela o protagonismo, a personagem é realizada de maneira natural por ela. O filme é um exercício de tensão bem executado e claustrofóbico, praticamente todo filme se passa dentro de um avião e nem isso atrapalha o seu desenvolvimento, a duração do longa é curta e agradável e em resumo, seria bem mais interessante se fosse um episódio de alguma série antológica como Além da Imaginação, por exemplo, como longa metragem sofre da falta de recurso e de uma história mais elaborada e menos prática ainda que nada disso atrapalhe a experiência bem executada da trama.


       Shadow In The Cloud pode ser considerado um suspense de mostro e sua estrutura é parecida com o sucesso alternativo Cloverfield (2008), sua estrutura de Filme B assumida cai muito bem para esconder suas falhas, sua fotografia é charmosa e sem maiores desafios, a trilha sonora é bastante atrativa e inspirada nos anos 80 além de efeitos especiais práticos e legais. No geral e tão divertido quanto um filme pode ser. A sua força é justamente em se desprender de ser maior do que realmente é, principalmente no domínio de manter a atenção em menores espaços, funciona em não perder seu poder de instigar, assista sem expectativas, tome isso como uma ficção absurda que você terá momentos divertidos com um final insano como recompensa. BOM PASSATEMPO.


O filme está disponível no streaming do TelecineCom esse link você tem 30 dias grátis, vem: http://teleci.ne/MeuHype

Hype: BOM  - (Nota: 7,0

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