EUFÓRICO
💥 Intencionalmente provocante,
os novos episódios do seriado de sucesso da HBO/A24 conseguem mobilizar uma
nova geração com elementos saborosos ainda que não seja para todos os gostos.
Por mais que sejamos rápidos em celebrar atores experientes que impressionam
infalivelmente em todos os papéis, às vezes deixamos de reconhecer
adequadamente o novo grupo de talentos que se junta à indústria, especialmente
aqueles que estão tão maduros em potencial. A atuação de Zendaya na segunda
temporada de Euphoria organiza esse descuido. A ex-estrela da Disney não
apenas surpreende, mas seu desempenho é uma confirmação sólida de que o futuro
da indústria está em boas mãos. Podemos também apenas parar por um segundo e
simplesmente apreciar as proezas de Zendaya como Rue Bennett, uma adolescente
viciada em drogas tentando entender a dor da perda e da vida enquanto, ao mesmo
tempo, está confiante em sua sexualidade. Tudo ganha contorno como um batismo
de fogo no mundo da adolescência. Em meio a essa jornada de Rue, vários
personagens estão às voltas com inúmeras lutas também, relacionamentos
flácidos, desejos proibidos, lutas mentais e falta de confiança para
simplesmente tentar sobreviver a uma situação ruim. Entre os destaques da
temporada, difícil não enaltecer os inúmeros atos musicais que a produção
proporciona, afinal, qual série seria capaz de viralizar um hino atemporal de Sinead O'Connor em um dos momentos mais emocionantes da TV em 2022 ou
simplesmente resgatar para nova geração Bonnie Tyler e também exaltar o talento
de Labrinth. Dentre os episódios todos possuem destaques além do maior ato
dessa temporada, o episódio (05) "Stand Still Like The Hummingbird",
digno de prêmio. Euphoria prega as nuances da vida adolescente com uma
irreverência subjugada por regras ou normas sociais, é livre porém consciente e
provocativa. Ela suprime suas emoções e atraí de forma viciante.
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