segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

SÉRIE - 3%





SINOPSE: A série apresenta um mundo pós-apocalíptico em um lugar não especificado do Brasil, a maior parte da população sobrevivente mora no Continente, um lugar miserável, decadente, onde falta tudo: água, comida, energia e outros recursos. Aos 20 anos de idade, todo cidadão tem direito de participar do Processo, uma seleção que oferece a única chance de passar para o Maralto, onde tudo é abundante e há oportunidades de uma vida digna. Mas somente 3% dos candidatos são aprovados no Processo, que testa os limites dos participantes em provas físicas e psicológicas, e os coloca diante de dilemas morais.

Meu Hype de hoje analisa 3% primeira produção brasileira realizada pela Netflix. Com uma premissa bem atual que gera bastante discussão e um pouco de semelhança com outras produções atuais como Jogos Vorazes e Divergente, a série vale a pena ser vista pelo ótimo potencial que possui. Começa morno e isso pode incomodar algumas pessoas sem contar o ambiente meio artificial e a pouca ousadia em retratar a favela e as desigualdades dessa sociedade. Inicialmente a impressão que dá é que dificilmente a história ganhará peso, relevância e que chamará a atenção de quem já ficou com preguiça logo nos primeiros episódios que mais parecem uma mistura da premissa do filme Elysium e o elemento Reality Show de Supermax. Temos personagens de certo modo perdidos em cena e um talentoso ator, João Miguel em atuação apagada. Os tais testes são decepcionantes e as tramas demoram a engrenar. O forte é a fotografia que se destaca em alguns episódios e o tal processo que ganha um debate interessante seja dos limites ali impostos até as consequências dos atos dos personagens baseado em seus interesses. O clímax da trama também se destaca entregando o que precisamos saber no momento certo sem estragar as surpresas além da diversidade do elenco e o esforço em dar veracidade a uma história que flerta com o absurdo. Com um gancho surpreendente para a segunda temporada que já foi confirmada pela Netflix, acaba sendo uma produção corajosa que pode crescer bastante e desenvolver todos os conflitos expostos nos episódios finais. Fica a impressão não só de boa intenção mas de coragem em contar uma historia dentro da nossa realidade de uma forma universal, atual e pontual, porém, ainda fora de tom e com muitos ajustes a serem feitos.


HYPE: MÉDIO


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